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05 Agosto 2014 | Redação

Congresso discute o valor de cinema 4K

Formatos HD e 3D também entram em pauta

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(Foto: Arquivo Exibidor)

O Congresso Panorama Audiovisual Broadcast & Cable, que foi realizado entre os dias 30 de julho e 01 de agosto, no Centro de Exposições Imigrantes, contou com uma palestra para debater os formatos HD, 3D e 4K.

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O evento reuniu especialistas como Valdecir Becker, diretor do Laboratório de Aplicações de Video Digital da UFPB, o cineasta Alexandre Ache e o diretor técnico Luiz Gonzaga de Luca, da Cinépolis. Valdecir questionou a necessidade das novas tecnologias como 3D e 4K para o grande público, lembrando que ela pouco acrescenta ao espectador comum. Valdecir ressaltou que, nos EUA, o lucro vem do merchandising em torno dos filmes e que o cinema por lá é, sobretudo, uma plataforma para novas tecnologias de exibição. 

Para ele, uma realidade bastante diferente da brasileira. "Por aqui, a tecnologia não chegou além do HD. Não existe 3D ou 4K na televisão. E em segmentos como a Telemedicina, que era a grande aposta de aplicação, a tecnologia que existe hoje está longe de atender às necessidades dos médicos". O debate em torno das tecnologias continuou com Alexandre Ache, que destacou o impacto de custos do 4K nas produções e mostrou como a tecnologia de diferentes equipamentos podem encarecer um projeto cinematográfico.

Ele defendeu a produção em 4K mesmo diante da impossibilidade de exibição desse formato nas salas brasileiras. "Produzir em 4K gera um valor agregado e impacta também a produção final, garantindo maior capacidade de edição e manipulação do arquivo para pós-produção e efeitos. Além disso, existe ganho real quando se exibe 4K em Full HD", afirmou.

Para Ache, o orçamento não deve ser o principal fator para definir a migração às novas tecnologias de mercado, mas sim o objetivo que se tem em mente. "Há diversas opções de bons equipamentos para filmagem em 4K com preços acessíveis. Toda a experiência é muito interessante e, além disso, é uma prova de que, sim, haverá futuro para as novas tecnologias".

Luiz Gonzaga de Luca traçou um painel do cinema digital brasileiro, que em 2002 era um dos mais destacados do mundo quando se falava em HD, mas que até hoje sofre com a falta de digitalização. "As empresas cinematográficas só investem em equipamento quando ele fica sem uso. A troca é feita quando ele já excedeu em muito o tempo de vida útil que deveria ter".

Ainda falando em termos de tecnologia, De Luca lembrou que o 4K só é perceptível em salas com doze metros no mínimo e que ainda não nos preparamos para isso, nem em termos de espaços físicos e muito menos em produção. "A Copa do Mundo foi um excelente período para exibição dessa nova tecnologia, no entanto, não havia o que exibir. No Brasil, o cinema ainda será 2K por um bom tempo", finalizou.

Confira uma galeria de fotos aqui.

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