04 Julho 2014 | Redação
Energia solar é alternativa em cinemas no Brasil e no mundo
Cinema itinerante nacional e salas nos EUA utilizam energia alternativa
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No Brasil e no mundo, diversas experiências envolvendo sustentabilidade tem se mostrado uma forma viável de exibição de filmes. Entre as alternativas voltada ao meio ambiente, destaca-se a utilização de energia solar.
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O Cinesolar percorre o Brasil em uma estação móvel equipada com placas solares que possibilitam, através de um sistema conversor de energia solar para elétrica, a exibição de longas. O diferencial desta iniciativa é que o próprio veículo possui toda a estrutura para realizar esse tipo de ações, desde cadeiras para o público até uma cabine de DJ.
“O Cinesolar é mais que um cinema itinerante. Através deste projeto buscamos sensibilizar as pessoas para as questões relacionadas à arte e, principalmente, à sustentabilidade. Procuramos levar estes conceitos para diversos lugares, e apresentar o Cinesolar como uma proposta prática de ação sustentável e de democratização do acesso à cultura”, diz Cynthia Alario, diretora da Brazucah Produções, responsável pela iniciativa.
Os filmes exibidos sempre apresentam a temática de sustentabilidade, a partir dos 3 eixos principais: meio-ambiente, social e econômico. Além das sessões, são realizadas atividades artísticas, como música orgânica, oficina de produção de instrumentos (tambor, chocalho, reco-reco e etc) com material reciclado e produção de musica coletiva e ecografite, oficina que utiliza técnicas do grafite e produz tintas com pigmentos naturais, como urucum, café e casca de cebola para a realização de um painel.
A programação para o próximo mês de julho inclui uma exibição de Saneamento Básico – O Filme no dia 22 em Ibiúna e, em agosto, uma apresentação do mesmo longa em Guarulhos, ambas as cidades ficam no interior de São Paulo. Confira a programação completa aqui.
Apesar de ainda parecer algo inédito e distante dos exibidores fixos no Brasil, o projeto de energia solar existe nos EUA desde 2004. Foi neste ano que o Palm Theatre se tornou o primeiro cinema do país a utilizar esse tipo de energia após instalar 98 painéis.
Energia solar nos EUA
A história do Palm Theatre começou em 1973 quando os então estudantes Jim Dee e Paul Karlen realizavam eventualmente exibições de uma variada seleção de curtas e longas sob a bandeira de San Luis Obispo Zoopraxographical Film Society, ou Cinema Zoo. As exibições aconteciam em diversos lugares em San Luis Obispo e normalmente apresentavam um bom público.
Poucos anos depois, o Cinema Zoo se tornou parte do Savannah Dinner Theater, também em San Luis Obispo. Desta vez, filmes alternavam com apresentações ao vivo, mas a parceria durou apenas um ano e o nome Cinema Zoo foi aposentado com o fechamento do Savannah.
Em 1979, Jim Dee se juntou com Patty Dee e, no lugar onde estava o Savannah Dinner Theater, eles criaram o Rainbow Theatre: uma sala onde eram exibidos filmes estrangeiros e locais, além de clássicos como The Rocky Horror Picture Show.
O sucesso fez com que a dupla expandisse e, por isso, compraram o prédio na rua Palm e, após uma grande reforma, transformaram o local em um cinema com duas salas com um amplo escritório. Contudo, os custos de reforma ficaram altos e, por isso, os negócios diminuíram nos anos 80 e 90, forçando o fechamento do Rainbow Theater em 1989. Em 1993, o escritório foi removido e a terceira tela nasceu no Palm.
Os painéis solares chegaram em 2004 e, com ela, o cinema passou a colaborar com a comunidade também de uma forma sustentável. Recentemente, o Palm foi totalmente digitalizado e conta, inclusive, com som Dolby digital 5.1 em todas as três salas.
Confira aqui uma galeria com fotos dos dois projetos.
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