02 Julho 2014 | Redação
Governo Federal lança programa de apoio ao audiovisual
Evento foi realizado no Palácio do Planalto, em Brasília
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O Governo Federal, em parceria com o Ministério da Cultura e a ANCINE, anunciou ontem (01-07) as diretrizes e ações do programa Brasil de Todas as Telas em evento especial realizado no Palácio do Planalto (Brasília).
Na ocasião a Presidenta Dilma Rousseff anunciou investimento de R$ 1,2 bilhão para incentivar a produção audiovisual nos próximos 12 meses, que será utilizado principalmente na descentralização da produção para cinema, na capacitação de mão de obra e na expansão dos complexos de cinema.
“O Brasil de Todas as Telas é parte do nosso esforço para fazer jus à criatividade do nosso país. Com esse programa vamos fortalecer nossa indústria audiovisual, ofertando recursos e criando melhores e mais adequadas condições para a produção audiovisual em nosso país”, disse Dilma.
Estiveram também no encontro a Ministra da Cultura Marta Suplicy, o Ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante e Eli Jorge de Lima, da exibidora Centerplex e Presidente do Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas de São Paulo, que homenageou a presidenta pelo apoio à classe exibidora.
“Nos meus 44 anos de cinema, nunca vi um governo federal que aplicou tanto no cinema como no da Dilma Rousseff. O mercado voltou a ficar aquecido, só que agora ainda está melhor, por que está se digitalizando” contou seu Eli Jorge Lins de Lima.
Ao citar a prioridade do governo federal pela inclusão social, tendo o cinema como fio condutor, a Ministra Marta Suplicy comemorou o projeto e parafraseou o diretor Cacá Diegues ao dizer que o Brasil está num dos períodos mais férteis, produzindo 150 filmes por ano.
“Hoje é um dia excepcional para a Cultura, que vai transformar o Brasil num grande pólo cinematográfico de produção e exibição. Então, nas áreas de criação, capacitação, financiamento e regionalização, tudo será beneficiado. O cinema produz conhecimento e é um poderoso instrumento de construção de imagem de um país”, falou Marta Suplicy.
O projeto
Logo na abertura, o ator Cauã Reymond apresentou um vídeo produzido pela ANCINE que mostrou o crescimento da produção nacional e sua importância para o parque exibidor, que passou de 1600 para 2600 salas espalhadas em diversas regiões.
Manoel Rangel, diretor-presidente da ANCINE, reforçou essa realidade de crescimento do setor audiovisual e mostrou as diretrizes do projeto, que incluem também a “expansão da produção independente com diversidade e qualidade, apoio a TV por assinatura e VOD com base no fortalecimento das programadoras brasileiras”.
O projeto utiliza recursos do FSA e articula parcerias público privadas. Segundo a ANCINE, o objetivo é estimular o desenvolvimento do segmento e promover o acesso de um número cada vez maior de brasileiros aos conteúdos produzidos pelo mercado nacional, transformando o Brasil num dos cinco maiores centros produtores e programadores de conteúdos do mundo. Principalmente descentralizando a produção do eixo Rio-São Paulo para todas as regiões do País.
“Esses mecanismos focalizam a inovação dos gargalos da produção e difusão de conteúdos. São várias linhas que atuarão na produção de cinema e televisão, visando garantir um volume expressivo de produção que possa corresponder às obrigações de conteúdo de carregamento que a TV por assinatura tem e a vontade que os brasileiros têm de se verem nas telas de cinema”, disse Manoel Rangel.
Para atingir os objetivos do projeto, estão previstos novos projetos de apoio as obras brasileiras, difusão dos conteúdos no cinema e na televisão, capacitação profissional (bolsas de estudo, pesquisas) e implantação e modernização das salas.
“O Brasil dispõe hoje do mais moderno parque exibidor da sua história, o ritmo de abertura das salas se acelera. O interior e o nordeste apresentam os maiores índices de crescimento. Foram 245 salas implantadas com recursos públicos ao longo dos últimos três anos. Continuaremos com o foco de levar salas a todos os municípios com mais de 100 mil habitantes que não tem salas”, reforçou Manoel Rangel.
A previsão é que o programa Brasil de Todas as Telas resulte em 300 longas-metragens; 2 mil horas de conteúdo para todas as plataformas de exibição; Desenvolvimento de 450 projetos para cinema e TV, 5 mil bolsas de capacitação; e a Digitalização de 100% do parque exibidor de cinema.
“ É sem dúvida o maior programa de apoio já realizado no País”, ressaltou a presidenta Dilma Rosseff.
Veja fotos oficiais do evento aqui.
Assista ao discurso da Presidenta:
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