Exibidor

Publicidade

Notícias /mercado / Coletiva de imprensa

25 Abril 2025 | Gabryella Garcia

"Homem Com H" mostra potência de Ney Matogrosso e seu enfrentamento ao autoritarismo

Trama acompanha conflitos do cantor com a figura autoritária de seu pai desde a infância até os dias atuais

Compartilhe:

(Foto: Azul Serra)

Homem Com H (Downtown/Paris) chega aos cinemas no dia 1º de maio com a proposta de mostrar o homem Ney Matogrosso, para além do aclamado artista. O filme explora um arco temporal abrangente, indo da infância do cantor até os dias de hoje, e destacando o enfrentamento de Ney Matogrosso a qualquer tipo de autoritarismo para poder viver sua liberdade de forma plena e verdadeira.



O filme mostra enfrentamentos de Ney Matogrosso desde sua infância, e também o início de sua carreira como artista à frente da banda Secos e Molhados, até sua carreira solo, que chega até os dias de hoje e vai mostrando cada vez mais sua personalidade, totalmente sem filtros.

Em coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira (23), após a exibição do longa, a produtora Veronica Stumpf, da Paris Entretenimento, comemorou o resultado final do filme e também pediu que as pessoas fossem aos cinemas para prestigiar Homem Com H.

"Fazer cinema é um esporte coletivo e muita gente nos ajudou e passou por essa jornada. O filme é muito especial e é um trabalho que vem desde 2017 em um esforço enorme. Começamos sem muita grana e fomos construindo esse orçamento e esse desafio, e chegamos nesse filme maravilhoso. Peço que todo mundo divulgue, fale e convide as pessoas para terem essa experiência incrível que é conhecer um pouco mais deste homem, desse artista e dessa potência que é Ney Matogrosso", disse.

O diretor Esmir Filho, experiente em produções independentes, sempre procura trazer para seus filmes temas relacionados a desejo, expressão artística, respeito e diversidade e, diante de um arco temporal tão abrangente, optou por destacar o enfrentamento do cantor "às regras" para poder vivenciar sua liberdade.

"A vida do Ney conversava com coisas que eu gostava de conversar no cinema. O livro ‘Vira-Lata de Raça’, das memórias do Ney, começa com uma frase bem impactante que é 'eu sempre reagi ao autoritarismo', e aquilo me dragou para a história também. No capítulo ele disserta muito sobre a relação complexa que teve com pai, onde dizia que foi a maior autoridade que enfrentou na vida e que muitas das suas escolhas foram calcadas em confrontá-lo e tentar desafiá-lo, e para mim isso era uma força motriz para um personagem e para um artista que já estava ali querendo brotar. A partir dali eu consegui pensar em um recorte, que começa com o pai, mas ele vai atravessar todas as figuras, autoridades e imagens de controle que tentaram de alguma forma reprimi-lo ou encaixá-lo em alguma caixinha e ele foi lá, enfrentou e disse 'eu sou assim, eu danço assim, eu amo assim, eu desejo assim'. Por isso ele emanou tanta liberdade para todo mundo e esse foi o recorte escolhido", destacou o diretor, que também assina o roteiro do filme.

Ney Matogrosso, aliás, não interferiu no filme. Apenas acompanhou alguns tratamentos de roteiros e fez algumas visitas ao set de filmagem, além de fazer um pedido especial ao diretor.

"As pessoas falam muita loucura, escrevem muita loucura a meu respeito que são mentiras. Nesse filme não pode ter mentira e tudo que a gente colocar nele tem que ser verdade e assim foi. Fiquei muito satisfeito quando vi o filme porque tudo o que está ali é verdade, sem nenhum pudor de contar minha vida com meu pai, com minha família e com os meus amores. Esse tipo de pudor não cabe dentro desse filme", revelou o cantor.

Na produção, Ney é protagonizado pelo ator Jesuíta Barbosa que, também durante a coletiva de imprensa, afirmou que viu o cantor como uma referência de liberdade e, em uma atuação brilhante, conseguiu reproduzir com maestria os gestos corporais e olhares de Ney Matogrosso.

"Tentamos trabalhar Ney Matogrosso a partir de um lugar muito cheio de integridade, que acho que é o que representa o Ney da melhor forma, essa coisa íntegra que ele tem. Nossa vontade era de produzir uma força e uma energia que partisse de algo próprio e fosse meu também, então existia a figura, o enigma e o mistério do Ney que precisava ser reproduzido, então é uma representação de uma força que existe", destacou.

Vale destacar que todos os fonogramas do filme são fonogramas de Ney Matogrosso, que inclusive dublou algumas situações da produção, e a produtora Veronica Stumpf revelou que um grande desafio foi o licenciamento de 17 músicas, tornando-se também um desafio orçamentário, e que isso faz de Homem Com H uma das biografias com mais músicas do cinema brasileiro.

Por fim, a produtora também reforçou o convite para que as pessoas assistam o filme nos cinemas. "Modestamente o nosso filme é uma super produção e conseguimos entregar uma experiência cinematográfica. É um filme para ser visto na tela grande e vale a pena sair de casa para sentar em uma sala de cinema e experimentar esse universo", finalizou.

Compartilhe:

  • 1 medalha