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19 Março 2025 | Entrevista: Renata Vomero | Texto: Yuri Codogno

"Câncer com Ascendente em Virgem" debate o câncer de mama na sociedade: "Não é minha história, mas de milhares de mulheres"

Portal Exibidor conversou com Clélia Bessa, produtora do filme

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(Foto: Divulgação)

Com estreia programada para o dia 27 de março, Câncer com Ascendente em Virgem (Downtown/Paris) é inspirado no blog e livro “Estou com câncer, e daí?”, escrito pela autora Clélia Bessa, que também assina a produção do longa. O Portal Exibidor conversou com a produtora, que contou um pouco mais sobre sua trajetória e das expectativas para o lançamento do filme. 

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Na trama, uma professora de matemática faz o maior sucesso como influencer educacional em seu canal na internet. Bem humorada, sarcástica e às vezes debochada, gosta de manter tudo sob controle, mas vai precisar aprender a lidar com a vulnerabilidade quando descobre que tem câncer de mama. Com coragem e resiliência, ela enfrenta dias ruins e outros melhores ao lado da família e de amigas leais e, enquanto luta pela cura, tem a chance de celebrar a vida e de ressignificar seus relacionamentos.

“O roteiro partiu do blog ‘Estou com câncer, e daí?’, que agora saiu em livro pela editora Cobogó. Um dos maiores desafios foi manter o tom do blog, que trata do assunto com humor e responsabilidade. O equilíbrio do drama e da comédia foi o nosso maior desafio. Acho que a [protagonista] Clara é uma mulher do nosso tempo, que ‘equilibra os pratinhos’ todos os dias. Solteira, por volta dos 40 anos, mãe de adolescente e com certa independência, ela é dona da sua própria vida. Essa mulher é muito parecida com milhares de brasileiras, independente da classe social”, contou Clélia.

O elenco do filme conta com Suzana Pires (que dá vida a Clara), Marieta Severo, Nathália Costa, Fabiana Karla, Maria Gal, Giovana Lima e Mariana Costa, que terão a missão de passar as sensações descritas por Clélia em suas escritas. A direção, por sua vez, é de Rosane Svartman. O filme foca bastante na dinâmica entre as três gerações de mulheres: Clara, a filha Alice e a mãe Leda, de modo que reforça a importância dessa troca geracional.

“Quando vivemos uma situação extrema, como um diagnóstico de câncer, o núcleo familiar é o mais impactado. É onde precisamos ressignificar as relações. Uma pessoa adoece, mas a família adoece junto. Impossível que o núcleo não seja afetado. O que mostramos no filme é a sororidade dessas mulheres, incluindo também as amigas Dircinha (Fabiana Karla) e Paula (Carla Cristina Cardoso)”, ressaltou a autora. 

O filme também busca misturar, de maneira delicada, drama e comédia, equilibrando os dois gêneros em meio à mensagem do longa. E essa foi a intenção, visto que “faz parte da experiência humana viver esses sentimentos”, como lembrou Clélia. Assim, o que a personagem aprende e o que o filme deseja passar ao público é que a vida precisa ser vivida com toda a intensidade que merece, tido como um dos maiores trunfos do longa.

Sobre ver seus relatos virarem filme, Clélia ressaltou: “Estou muito feliz que conseguimos fazer o filme que queríamos, que vai impactar e tocar as pessoas. O cinema tem um poder extraordinário, traz temas importantes para a sala de jantar, é gatilho para mudanças pessoais e estruturais, é sempre um ato político. Que o filme ajude a tirar o câncer de mama do armário, que ajude as mulheres e suas famílias a encarar de forma mais positiva. E que possa ajudar nas políticas públicas a favor do diagnóstico precoce. Não é mais a minha história, mas de milhares de mulheres, somos mais de 75 mil diagnosticadas com câncer de mama por ano”.

Aliás, Câncer com Ascendente em Virgem será lançado no Mês da Mulher e a temática central, de fato, gira em torno da superação de uma mulher diante de um diagnóstico de câncer. Desta forma, a produção tem realizado testes e encontrado resultados emocionantes, como as seguintes frases definindo o longa: "essa é a minha história”, “me identifiquei” ou “sou eu todinha”.

Por fim, Clélia comentou sobre as expectativas do lançamento: “Aqui na torcida para que ele ganhe o coração dos brasileiros. Nosso cinema merece. Sou uma produtora orgulhosa do que faço”.

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