10 Dezembro 2024 | Redação
“Salomé” vence principais prêmios do 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
Filme pernambucano do diretor André Antônio levou oito Candangos para casa
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O último sábado (7) foi um dia de premiações em Brasília durante a 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o mais antigo em atividade no país. Em cerimônia apresentada pelas atrizes Ana Luiza Bellacosta e Gleici Damasceno, foram distribuídos ao todo 49 prêmios e duas menções honrosas, atribuídos pelos júris compostos por 32 profissionais atuantes em todos os setores do audiovisual. O filme pernambucano Salomé foi o grande destaque da noite ao acumular oito prêmios, entre eles os de melhor longa-metragem pelos Júris Oficial e Popular.
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Em 2024, o Festival de Brasília recebeu mais de 30 mil pessoas em sua estrutura montada no Cine Brasília, em Taguatinga, Planaltina e no Gama. Com mais de 600 participantes nas atividades do Ambiente de Mercado e Conferência Audiovisual, e 180 convidados nacionais, o projeto impactou a economia criativa local com a injeção de pelo menos 600 empregos diretos durante sua 57ª edição.
Na premiação de longas-metragens da Mostra Competitiva Nacional, produções de Pernambuco e Minas Gerais se destacaram e levaram alguns dos principais prêmios distribuídos pelo festival.
Como dito anteriormente, o pernambucano Salomé, uma produção queer do diretor André Antônio, conquistou oito Candangos e, além dos prêmios já citados, também levou para casa os títulos de melhor atriz coadjuvante com Renata Carvalho, melhor roteiro, direção de arte e trilha sonora.
Suçuarana, dos mineiros Clarissa Campolina e Sérgio Borges, arrebatou cinco troféus, incluindo os de melhor atriz para Sinara Teles e ator coadjuvante para Carlos Francisco, além dos prêmios técnicos de fotografia, edição de som e montagem.
A melhor direção ficou nas mãos de Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna por Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá; o brasiliense Wellington Abreu venceu melhor ator por Pacto da Viola; e Ruy Guerra recebeu uma menção honrosa do júri por A Fúria, conclusão da trilogia iniciada em Os Fuzis (1964).
A categoria de curtas-metragens da Competitiva Nacional rendeu Candangos a produções de Pernambuco, São Paulo, Distrito Federal, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O Júri Popular premiou Javyju – Bom Dia, de Kunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães, e o Júri Oficial laureou Mar de Dentro, filme de Lia Letícia. Ela também levou o prêmio de melhor direção.
E Seu Corpo é Belo, produção carioca de Yuri Costa, saiu com três Candangos da cerimônia: melhor ator para João Pedro Oliveira, melhor direção de arte e melhor edição de som. Carlandréia Ribeiro, atriz mineira, venceu melhor atriz por Mãe do Ouro, de Maick Hannder, filme que arrebatou também melhor fotografia. A melhor trilha foi para a original de Kabuki, de Tiago Minamisawa.
Nicolau, artista brasiliense, conquistou prêmio de melhor roteiro por Descamar e a consagrada Cristina Amaral saiu vencedora pela montagem de Confluências, de Dácia Ibiapina. O curta carioca Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro, foi motivo de menção honrosa por parte do Júri.
A 57ª edição do Festival de Brasília contou com apoio da Câmara Legislativa do DF, Cinemateca Brasileira, Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial, Cine Brasília, Canal Brasil, Canal Like, Telecine, Globo e Metrópoles. Foi realizado pelo Instituto Alvorada Brasil e Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, em gestão compartilhada que se estende às três próximas edições do festival, culminando em 2026, na 59ª edição. Também teve patrocínio do Sebrae e patrocínio master do Banco de Brasília – BRB.
Conheça a lista completa de prêmios da 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro:
Prêmios da Mostra Competitiva Nacional – Longas-metragens
- - Melhor Longa-metragem pelo Júri Oficial - Salomé (PE), de André Antônio
- - Melhor Longa-metragem pelo Júri Popular - Salomé (PE), de André Antônio
- - Melhor Direção - Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna por Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá (MG)
- - Melhor Ator - Wellington Abreu por Pacto da Viola (DF)
- - Melhor Atriz - Sinara Teles por Suçuarana (MG)
- - Melhor Ator Coadjuvante - Carlos Francisco por Suçuarana (MG)
- - Melhor Atriz Coadjuvante - Renata Carvalho por Salomé (PE)
- - Melhor Roteiro - André Antônio por Salomé (PE)
- - Melhor Fotografia - Ivo Lopes Araújo por Suçuarana (MG)
- - Melhor Direção de Arte - Maíra Mesquita por Salomé (PE)
- - Melhor Trilha Sonora - Mateus Alves e Piero Bianchi por Salomé (PE)
- - Melhor Edição de Som - Pablo Lamar por Suçuarana (MG)
- - Melhor Montagem - Luiz Pretti por Suçuarana (MG)
- - Prêmio Especial do Júri - Ruy Guerra, diretor de A Fúria (RJ)
Prêmios da Mostra Competitiva Nacional – Curtas-metragens
- - Melhor Curta-metragem pelo Júri Oficial - Mar de Dentro (PE), de Lia Letícia
- - Melhor Curta-metragem pelo Júri Popular - Javyju – Bom Dia (SP), de Kunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães
- - Melhor Direção - Lia Letícia por Mar de Dentro (PE)
- - Melhor Ator - João Pedro Oliveira por E Seu Corpo é Belo (RJ)
- - Melhor Atriz - Carlandréia Ribeiro por Mãe do Ouro (MG)
- - Melhor Roteiro - Nicolau por Descamar (DF)
- - Melhor Fotografia - Fernanda de Sena por Mãe do Ouro (MG)
- - Melhor Direção de Arte - Caroline Meirelles por E Seu Corpo é Belo (RJ)
- - Melhor Montagem - Cristina Amaral por Confluências (DF)
- - Melhor Trilha Sonora - Ruben Feffer e Gustavo Kurlat por Kabuki (SC)
- - Melhor Edição de Som - Kiko Ferraz e Ricardo Costa por E Seu Corpo é Belo (RJ)
- - Menção Honrosa do Júri - Dois Nilos (RJ), de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro
Prêmios da Mostra Brasília – 26º Troféu Câmara Legislativa
- - Melhor Longa-metragem pelo Júri Oficial - Tesouro Natterer, de Renato Barbieri
- - Melhor Longa-metragem pelo Júri Popular - A Câmara, de Cristiane Bernardes e Tiago de Aragão
- - Melhor Curta-metragem pelo Júri Oficial - Via Sacra, de João Campos
- - Melhor Curta-metragem pelo Júri Popular - Manequim, de Danilo Borges e Diego Borges
- - Melhor Direção - Adriano Guimarães pelo filme Nada
- - Melhor Ator - Eduardo Gabriel Ydiriuá pelo filme Manual do Heroi
- - Melhor Atriz - Gleide Firmino pelo filme Via Sacra
- - Melhor Roteiro - Andrea Fenzl, Victor Leonardi, Renato Barbieri, Neto Borges e Rodrigo Borges pelo filme Tesouro Natterer
- - Melhor Fotografia - Emília Silberstein pelo filme Xarpi
- - Melhor Montagem - Silvino Mendonça pelo filme A Sua Imagem na minha Caixa de Correio
- - Melhor Direção de Arte - Maíra Carvalho, Marcus Takatsuka e Nadine Diel pelo filme Nada
- - Melhor Edição de Som - Guile Martins e Olívia Hernández pelo filme Nada
- - Melhor Trilha Sonora - Márcio Vermelho e Pedro Zopelar pelo filme Tesouro Natterer
- - Menção Honrosa do Júri - Juliana Drummond pela excepcional performance nas apresentações da Mostra Brasília – Troféu Câmara Legislativa da 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
Prêmios da Mostra Caleidoscópio
- - Melhor Filme - Filhas da Noite (PE), de Henrique Arruda e Sylara Silvério
- - Prêmio Especial do Júri - Topo (SP), de Eugenio Puppo
Prêmio de Melhor Filme de Temática Afirmativa - Candango concedido pelo Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial (Codipir) ao filme exibido pelo festival que melhor evidencia temáticas afirmativas
- - Confluências (DF), de Dácia Ibiapina
Prêmio Zózimo Bulbul - Prêmio concedido por júri indicado pelo Centro Afrocarioca de Cinema e a Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN). (Excepcionalmente em 2024, o júri decidiu premiar dois curtas ao invés de um curta e um longa-metragem)
- - Melhor Curta-metragem - Mar de Dentro (PE), de Lia Letícia
- - Prêmio Especial do júri - Dois Nilos (RJ), de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro
Prêmio Marco Antônio Guimarães - Prêmio concedido ao filme exibido que melhor trabalha memória e arquivo do audiovisual brasileiro, com júri indicado pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro (CPCB)
- - Barreto, fotógrafo das Lentes Nuas (RJ), de Miguel Freire
Prêmio Abraccine - Prêmio concedido por júri indicado pela Associação Brasileira dos Críticos de Cinema
- - Melhor Longa-metragem - Salomé (PE), de André Antônio
- - Melhor Curta-metragem - Kabuki (SC), de Tiago Minamisawa
Prêmio Canal Brasil de Curtas - Prêmio no valor de R$ 15 mil concedido pelo Canal Brasil ao Melhor Curta-metragem segundo júri montado pelo próprio canal)
- - Kabuki (SC), de Tiago Minamisawa
Troféu Saruê - Prêmio concedido pelo jornal Correio Braziliense ao melhor “momento” do Festival de Brasília)
- - A Fúria (RJ), de Ruy Guerra e Luciana Mazzotti
Prêmio Canal Like - Prêmio no valor de R$ 50 mil em apoio de mídia e publicidade em veiculação no Canal Like, concedido ao filme vencedor de Melhor Longa-metragem pelo Júri Oficial)
- - Salomé (PE), de André Antônio
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