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28 Novembro 2024 | Redação

Entidades do audiovisual enviam carta para Prefeitura de SP pela continuidade de projetos da Spcine

Associações elogiam a atuação da Spcine e de Lyara Oliveira no ano de 2024 e se mostram abertas ao diálogo

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(Foto: Divulgação)

Uma carta assinada por 12 entidades que possuem alguma atuação no audiovisual paulistano foi enviada ao prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e a Lyara Oliveira, presidente da Spcine, pedindo que o governo priorize o diálogo com as associações de audiovisual e também mantenha à frente da Spcine pessoas comprometidas com a continuidade e aprimoramento do atual projeto de gestão.

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O documento elogia a expansão do Circuito Spcine neste ano e também destaca o audiovisual como um "setor estratégico, de baixo impacto ambiental e enorme retorno em receitas, empregos e circulação de capital". Além disso, também destaca uma pesquisa recente feita pela FIPE, e encomendada pela Spcine, que mostra que um emprego criado para o setor audiovisual na cidade de São Paulo cria outros 4,89 empregos diretos e indiretos.

Apesar de citar cortes orçamentários realizados pela Prefeitura de São Paulo, o documento enfatiza que as últimas gestões da Spcine conseguiram conquistar importantes avanços para o audiovisual. Por fim, as entidades pedem igualdade de oportunidades por meio de políticas afirmativas e destacam a necessidade de expandir as produções audiovisuais para regiões de menor IDH para que haja maior desenvolvimento e fomento da economia local através de comércio, serviços, alimentação e transporte.

As seguintes entidades assinam o documento: Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas (ABD), Associação Brasileira de Roteiristas Autores (ABRA), Associação dos Montadores de Cinema (AMC), Associação das Distribuidoras Audiovisuais Independentes (ANDAI), Associação Paulista de Cineastas (APACI), Associação de Produtoras Independentes do Audiovisual Negro (APAN), Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro (API), Associação de Profissionais Trans do Audiovisual (APTA), Associação de Profissionais de Edição Audiovisual (EDT), Fórum de Festivais, Pesquisadores de Audiovisual, Iconografia e Conteúdo (PAVIC), e + MULHERES Lideranças do Audiovisual Brasileiro.

Confira a íntegra do documento:

Prezado Senhor Ricardo Nunes, Prefeito da Cidade de São Paulo

Prezada Senhora Lyara Oliveira, Presidente da Spcine

As entidades que subscrevem essa carta cumprimentam o Prefeito Ricardo Nunes pela vitória na eleição de 2024 e se colocam à disposição para colaborar com as mais virtuosas políticas públicas em prol do Audiovisual paulistano.

As entidades também parabenizam a Presidente da Spcine Lyara Oliveira e sua equipe pela condução da empresa esse ano, principalmente pela expansão do Circuito Spcine, levando ainda mais salas de cinema de qualidade aos moradores de bairros periféricos.

Solicitamos, portanto, que o Prefeito, em seu novo mandato, priorize o diálogo com as entidades do audiovisual e mantenha à frente da Spcine pessoas comprometidas com a continuidade e aprimoramento do atual projeto de gestão.

O audiovisual é um setor estratégico, de baixo impacto ambiental e enorme retorno em receitas, empregos e circulação de capital. Uma produção audiovisual é uma construção coletiva que emprega centenas de pessoas com diversidade de perfis profissionais, que vão de contadores a motoristas, de atrizes a marceneiros, músicos a cozinheiros e tantas outras funções, produtos e serviços. Além disso, as produções audiovisuais de São Paulo têm papel central na identidade de nossa cidade e seus habitantes.

Nossas obras viajam o globo e atraem olhares e dividendos. Uma recente pesquisa da FIPE, encomendada pela Spcine, traz o seguinte dado: “A atividade audiovisual no município de São Paulo tem um multiplicador de 4,89. Assim, o incremento de 1 emprego (ocupação) no setor audiovisual paulistano irá criar outras 4,89 ocupações (soma dos efeitos inicial, direto, indireto e induzido)”. Daí a relevância, para o município, de políticas de investimento robustas e perenes no fomento à produção, formação, difusão de obras, preservação de acervo e realização de eventos do setor.

Desde o início das suas atividades, em 2015, a Spcine prima por uma gestão institucional dedicada ao contínuo desenvolvimento da indústria audiovisual paulistana. Apesar dos cortes orçamentários impostos pelo executivo municipal e dos efeitos da pandemia no setor, as últimas gestões da Spcine conquistaram importantes avanços. É fundamental que haja olhar estratégico para aprofundar e aprimorar as políticas de um setor que enfrenta grandes desafios.

Um dos deveres do poder público é trabalhar pela igualdade de oportunidades, papel que a atual gestão da Spcine se propôs a executar por meio de suas políticas afirmativas. Novas tecnologias aliadas a políticas públicas de inclusão social deram voz a quem era, historicamente, excluído do cenário da produção artística.

Expandir a produção audiovisual nas regiões de menor IDH colabora com o anseio de prosperidade dos seus moradores. Produções beneficiam, direta e indiretamente, a economia local: comércio, serviços, alimentação, transporte etc.

Assim sendo, é imperativo reconhecer os ganhos econômicos e culturais resultantes do fomento a um audiovisual plural dentro e fora das telas, considerando a diversidade nos modos de produção, de seus agentes econômicos e em suas expressões estéticas. Além de proporcionar oportunidades, inclusão e mobilidade social, as políticas afirmativas contribuem com o espírito empreendedor do paulistano.

As entidades que subscrevem esta carta representam majoritariamente o setor audiovisual paulistano. Somos associações de classe organizadas, sempre engajadas em contribuir com a formulação de políticas públicas, o que incluiu a criação da Spcine, que consideramos uma conquista do setor.

Seguimos comprometidos com o pleno desenvolvimento da nossa cidade a partir desta imprescindível atividade econômica e cultural, o audiovisual, e disponíveis para construir coletivamente propostas consistentes para uma melhor atuação da Spcine e da Prefeitura de São Paulo.

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