12 Novembro 2024 | Redação
Celebrando 100 anos do Estúdio Mosfilm, Mostra Mosfilm de Cinema Soviético e Russo acontecerá em novembro
10ª edição do evento será realizada entre 13 e 24 de novembro na Cinemateca Brasileira
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O Estúdio Mosfilm, maior estúdio cinematográfico da Rússia, chega aos cem anos tendo produzido cerca de 2.500 longas metragens, muitos deles entre os mais importantes da história do cinema. Há pouco mais de 10 anos, a distribuidora CPC-UMES Filmes iniciou no Brasil o licenciamento e a distribuição de filmes do estúdio, e este ano realiza, entre os dias 13 e 24 de novembro, a 10ª Mostra Mosfilm de Cinema Soviético e Russo, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
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A abertura da Mostra ficará por conta de um dos filmes mais aguardados pelos frequentadores das edições anteriores e apreciadores da cinematografia soviética e russa: Asas (1966), da diretora Larisa Shepitko.
Restaurado este ano pelo Mosfilm, o longa conta a história de Nadezhda Petrukhina, ex-piloto de caça na Segunda Guerra Mundial, que luta para se adaptar à nova vida em tempos de paz. Agora diretora de uma escola técnica, Petrukhina tem que lidar com as questões comportamentais dos jovens estudantes e a desconexão com sua filha, além da vontade de voltar a voar.
Asas foi o primeiro filme de Shepitko após sua graduação no Instituto Estatal de Cinema (VGIK), e foi um grande sucesso de crítica e público na sua estreia. Os espectadores ficaram impressionados com a atuação de Maya Bulgakova, que interpretou a protagonista.
A programação deste ano traz 20 longas metragens, sendo oito nunca antes exibidos no evento e 12 apresentados nas nove edições anteriores.
Entre as novidades, além de Asas, estão Os Sinos da Noite (1973), drama de Vassily Shukshin que é o verdadeiro retrato da alma russa; Minin e Pozharsky (1939), de Vsevolod Pudovkin e Mikhail Doller, um dos raros filmes sobre a invasão da Polônia à Rússia em 1911-12; o fundamental A Greve (1924), de Serguey Eisenstein; a aventura Velas Escarlates (1961), do mago dos efeitos especiais Aleksandr Ptushko; a deliciosa comédia Romance de Escritório (1977), de Eldar Ryazanov; Noites Brancas (1959), adaptação de Ivan Pyriev para o romance de Dostoievski, e Não Pode Ser! (1975), do campeão de bilheterias Leonid Gayday.
A seleção do melhor das mostras anteriores traz Tigre Branco (2012), de Karen Shakhnazarov; Vá e Veja (1985), de Elem Klimov; Moscou Não Acredita em Lágrimas (1979), de Vladimir Menshov; Dersu Uzala (1975), de Akira Kurosawa; O Espelho (1975), de Andrei Tarkovsky; As Aventuras Extraordinárias de Mr. West no País dos Bolcheviques (1924), de Lev Kuleshov; Circus (1936), de Grigori Aleksandrov; Quando Voam as Cegonhas (1957), de Mikhail Kalatozov; O Comunista (1957), de Yuli Raizman; A Balada do Soldado (1959), de Grigori Chukhray; O Destino de um Homem (1959), de Serguei Bondarchuk, e o documentário O Fascismo de Todos os Dias (1956), de Mikhail Romm.
A Mostra é uma realização do Centro Popular de Cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (CPC-UMES), em parceria com a Cinemateca Brasileira e a Embaixada da Rússia no Brasil. Dos 20 filmes da programação deste ano, 12 foram recentemente restaurados, e todas as exibições serão no formato DCP.
Apoiam a mostra, Agência de Assuntos da Comunidade dos Estados Independentes da Federação da Rússia (Rossotrudnichestvo), Associação Cultural Grupo Volga de Folclore Russo e Instituto Soyuz.
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