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15 Outubro 2024 | Yuri Codogno

Após dois meses de altas, setor de serviços registra recuo de 0,4% em agosto

Influenciado pelos cinemas, setor havia crescido respectivamente 1,7% e 1,2% em junho e julho

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(Foto: Divulgação)

O mês de agosto registrou uma leve queda no setor de serviços, que recuou 0,4% em agosto após conseguir, por dois meses seguidos, ótimos resultados. Enquanto em julho o crescimento foi de 1,2%, junho havia alcançado aumento de 1,7%, atingindo o recorde da série histórica. A realidade de agosto contrariou a expectativa de especialistas, que esperavam crescimento de 0,2%. As informações são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), enquanto as entrevistas foram retiradas do jornal O Globo.

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"Em agosto, os serviços mostraram uma pequena devolução do ganho de 1,6% registrado nos dois meses anteriores. Percebemos uma redução de receita nas empresas que atuam com exibição de cinema, correios, transporte aéreo, telecomunicações e atividades jurídicas", explicou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.

Mesmo com a queda, o setor acumula alta de 2,7% em 2024, em comparação com o mesmo período de 2023, enquanto nos últimos 12 meses a expansão é de 1,9%. E levando em consideração apenas agosto do ano passado, o avanço foi de 1,7%, quinto resultado positivo consecutivo. O setor, aliás, já vinha com um crescimento acelerado, quando chegou ao maior patamar da série histórica, em junho. 

Segundo Stéfano Pacini, economista do FGV Ibre, a variação negativa dos serviços em agosto não é uma grande surpresa: “O resultado tem uma característica de compensação, porque o setor estava crescendo muito, e agora vai ter uma calibragem estatística. E, apesar de estar entrando um cenário macroeconômico que coincide com um aumento da taxa de juros, inflação acima da meta, com a tentativa das autoridades macroeconômicas de conter um pouco a atividade, isso não quer dizer que a atividade vai parar”.

Entre as cinco atividades investigadas pela pesquisa, duas tiveram queda no volume, com destaque negativo para o segmento de informação e comunicação, que recuou 1%. O resultado foi diretamente influenciado pelo recuo dos serviços audiovisuais, que caiu 6.6%.

Nos cinemas, mais especificamente, junho e julho tiveram resultados excepcionais, acima do esperado previamente. Foram os meses em que estrearam alguns longas com ótimos desempenhos nos cinemas nacionais, como Bad Boys: Até o Fim (Sony), Divertida Mente 2 (Disney), Um Lugar SIlencioso: Dia Um (Paramount), Meu Malvado Favorito 4 (Universal), e Deadpool & Wolverine (Disney), entrando em cartaz na última semana de julho. Agosto, por sua vez, só teve um grande público: É Assim Que Acaba (Sony).

"A queda da receita dos cinemas está relacionada ao fato de julho ter sido um mês de recesso escolar e ir ao cinema é um programa bem comum nessa época do ano. Assim, tivemos uma queda nas receitas das salas de cinema em agosto frente a julho", concluiu Rodrigo Lobo.

 

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