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11 Setembro 2024 | Yuri Codogno

Paris Filmes celebra sua importância na exibição nacional e promete: "A safra que vem em 2025-26 será a melhor da história"

Portal Exibidor conversou com Marcio Fraccaroli, CEO da Paris Filmes, uma das distribuidoras homenageadas na Expocine 2024

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(Foto: Divulgação)

Com mais de seis décadas de atuação no mercado cinematográfico nacional, a Paris Filmes será uma das distribuidoras homenageadas na Expocine 2024, em celebração por sua enorme contribuição com a indústria de cinema no Brasil. Fundada em 1960, hoje a empresa é liderada por Marcio Fraccaroli, que conversou com o Portal Exibidor e falou sobre a importância da Paris Filmes.

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Lembrando que a Expocine deste ano acontecerá entre os dias 8 e 11 de outubro, em São Paulo, no Cine Marquise e no Hotel Renaissance. A entrevista com Fraccaroli, por sua vez, pode ser lida na íntegra no final da matéria. 

“A Paris Filmes é uma empresa que tem um olhar independente, então, com a independência dela, procura negócios e filmes que possam monetizar na sala de cinema na audiência brasileira. Pensando na distribuidora, nos tornamos parceiros e sócios de alguns produtores. Hoje a Paris Entretenimento é uma produtora a serviço de uma distribuidora, então o nosso principal ofício sempre foi ter material para sala de cinema, que se torna a primeira janela”, explicou Fraccaroli.

A companhia conta com 84 funcionários que trabalham em prol de lançar os longas nos cinemas. Um dos grandes feitos da Paris Filmes é sua duradoura parceria com a Lionsgate (estúdio que distribui boa parte de seus filmes no Brasil através da Paris Filmes), responsável por levar aos cinemas nacionais grandes franquias como Crepúsculo, Jogos Vorazes e John Wick. Além disso, semana passada a empresa anunciou uma parceria com a Angel Studios - dona de Som da Liberdade, que ano passado vendeu quase 3 milhões de ingressos no país -, para distribuir todos seus títulos no território brasileiro.

A importância da Paris Filmes dentro da distribuição nacional é tanta que os três filmes brasileiros com mais ingressos vendidos são de distribuição da empresa (em parceria com a Downtown Filmes): Nada a Perder (11,9 milhões de ingressos vendidos, em 2018), Minha Mãe é Uma Peça 3 (11,3 milhões, em 2019-20) e Os Dez Mandamentos (11,2 milhões, em 2016). Inclusive, todos esses estão entre os 11 filmes, entre nacionais e gringos, com mais ingressos vendidos na história do Brasil.

“Competimos sempre ano a ano com as empresas americanas, somos a única empresa independente a quebrar recordes de 5, 10, 12 milhões, nenhuma empresa independente brasileira jogou o jogo que joga os americanos, só a Paris Filmes. Desde o polêmico filme do Edir Macedo até a saga Crepúsculo, a saga Jogos Vorazes, John Wick, filmes da Mônica Martelli e da Ingrid Guimarães, entre outros, nós jogamos um jogo grande. Nós fomos a única empresa que desafiou o mercado a lançar um filme brasileiro no mês de janeiro, peitando os estúdios americanos, peitando os estúdios americanos [também] no mês de julho e, melhor ainda, entregando o resultado”, comemorou Fraccaroli.

Em 2024, aliás, a Paris Filmes fez história novamente, com Minha Irmã e Eu chegando a 2,3 milhões de espectadores. Foi o primeiro filme brasileiro a quebrar a marca de um milhão de ingressos vendidos após a pandemia e, não satisfeita, a distribuidora repetiu a dose com Os Farofeiros 2, que chegou a 1,8 milhão de vendas. 

“Para nós foi muito importante, porque naquele momento as pessoas achavam que o cinema já estava num lugar ruim e o cinema brasileiro estava pior ainda. Isso mostra que o mercado está muito preparado para trabalhar projetos. Esses dois projetos nos deram coragem, nós motivamos a política pública, que foi a Margareth Menezes, muito generosa, e o próprio Alex Braga da Ancine, a continuar dando suprimento para que produtores brasileiros encontrem projetos para a sala de cinema”, ressaltou.

Mas não é apenas de passado e presente que vive a Paris Filmes, pois a empresa prepara grandes títulos para o próximo biênio. E não só com grandes franquias, como John Wick, Truque de Mestre e Jogos Vorazes, inclusive prometendo os melhores anos da indústria do cinema. 

“Porque definitivamente, principalmente a partir do final de 2025, teremos um alinhamento dos materiais que estavam suspensos pela greve. E no cinema nacional também estamos felizes. Acabamos de entregar ‘Homem com H’ (cinebiografia de Ney Matogrosso). Temos ‘Minha Irmã e Eu 2’, temos um filme chamado ‘As Cinquentonas’, com Mônica Martelli e Ingrid Guimarães, temos a continuação de ‘Farofeiros’, estamos com slate bastante eficiente com o cinema nacional. Tem mais uma propriedade do Maurício de Sousa, ‘Chico Bento 2’ saindo. Tudo isso está sendo desenvolvido e filmado. A Paris vai fazer dois filmes cristãos. Faremos um remake americano, logo logo vocês vão receber”.

Apesar do sucesso da Paris Filmes ser resultado da soma das competências de toda sua equipe, é necessário também destacar a longa experiência que Marcio Fraccaroli tem no setor, possibilitando a constante evolução da empresa. Desde os 13 anos trabalhando com cinema, o atual CEO da Paris Filmes começou como office boy na Companhia Cinematográfica Serrador e hoje, aos 58 anos, já soma 45 anos de experiência em distribuir, produzir e exibir filmes. 

Fraccaroli também é membro do Conselho Nacional de Cinema, membro no Comitê Gestor, membro da Câmara dos Deputados na área da cultura e vice-presidente do Sindicato dos Produtores Paulista (SIAESP). 

O executivo também ressaltou que vê um futuro promissor para o segmento: “Somos uma indústria relativamente jovem, de pessoas jovens. Se eu não sei nada de produção, imagina quem está chegando agora com 40 anos a menos [de experiência] do que eu. O que é legal da nossa indústria é que, a cada dia, você vê gente jovem entrando e inserindo pessoas, é uma indústria legal, moderna, todo mundo quer estar nesse lugar, então temos uma boa possibilidade de colocar essa geração que vem pela frente, talentosa, a trabalhar por nós”.

Quando se trata do mercado audiovisual visto de uma maneira mais ampla, o executivo tem diferentes pareceres sobre cada assunto. Enquanto comemora a renovação da cota de tela para o cinema nacional e elogia a atuação do Governo Federal, MinC e Ancine, também cobra uma melhor organização entre o Estado e as federações estaduais: “As políticas deveriam ser todas direcionadas nacionalmente. Sinto uma desorganização - no sentido não pejorativo -, pois cada lugar quer fazer a sua política. Como somos um país plural e cada lugar tem a sua própria ideia, às vezes tem um descompasso”. Além disso, revelou também que já teve diálogos com o Governo visando crescer o parque exibidor que, na visão dele, está muito em falta em determinadas partes do Brasil.

Sobre os streamings, Fraccaroli possui uma posição um pouco mais ofensiva, se mostrando sempre favorável à janela de cinema e reforçou que a Paris Filmes, mesmo na pandemia, priorizou segurar seus lançamentos para depois lançar nas salas escuras. 

“O streaming, que é muito deselegante com a sala de cinema, colocou em dúvida a janela cinema, não só no Brasil, mas no mundo. Acho que o maior erro dos streamings - e aqui uma crítica que os streamings deviam ter pensado como pensaram as rádios, a televisão aberta, a televisão a cabo, VHS, o DVD - é que o cinema é um parceiro, cinema não é um inimigo”, explicou.

Por fim, Fraccaroli passou uma mensagem aos exibidores de todo o Brasil, pedindo para que façam seus investimentos, cuidem de suas salas, melhorem os seus equipamentos e procurem oportunidades. Isso porque tanto para uma empresa independente quanto para uma major, os próximos anos serão os lançamentos da entressafra da greve e dos problemas enfrentados nos últimos anos: “A safra que vem em 2025-26 é a melhor da história”.

CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA

Como você avalia a trajetória da Paris Filmes na contribuição, como distribuidora, ao longo dos anos com a indústria nacional?

Somos uma empresa de quase 65 anos de tradição, talvez sejamos a empresa independente brasileira mais velha em CNPJ do mercado, acho que só perdemos para os estúdios que devem estar aqui um pouco antes. Ao longo dessa trajetória nossa, tivemos vários ciclos, já vivemos ciclos de filmes franceses, espaguetes italianos, entre outros.

A Paris Filmes é uma empresa que tem um olhar independente, então, com a independência dela, procura negócios e filmes que possam monetizar na sala de cinema na audiência brasileira. Pensando na distribuidora, nos tornamos parceiros e sócios de alguns produtores. Hoje a Paris Produções é uma produtora a serviço de uma distribuidora, então o nosso principal ofício sempre foi ter material para sala de cinema, que se torna a primeira janela. 

Eu fui o executivo que criou o primeiro negócio baseado em performance em salas de cinema. Há 15, 20 anos atrás os meus filmes - e até hoje - performam em vendas futuras quando eles vão bem na sala de cinema. Tenho 84 funcionários, que é a estrutura da Paris filmes, em pró de lançar um longa nos cinemas. 

Somos a primeira empresa independente que tem um deal com a Lionsgate, estúdio americano independente que, nos últimos anos, tem distribuído bons materiais. Acabamos de assinar um acordo com a Angel Studios, estúdio grande evangélico lá fora e já já vamos anunciar um outro output de um importante produtor americano. Então é uma empresa muito conectada com a sala de cinema porque, nesse histórico de 65 anos, chegamos a ser até proprietários de sala de cinema, a Paris chegou a ser a terceira maior exibidora na década de 1990. Chegamos a ter quase 200 salas de cinema, quando a Cinemark ainda estava começando a vir ao Brasil.

E me torno também, acho, um dos executivos mais velhos do mercado e, embora tenha essa cara de jovem, tenho 58 anos. O meu primeiro trabalho foi como office boy na Companhia Cinematográfica Serrador aos 13 anos de idade, então tenho 45 anos de idade de ofício no trabalho de distribuir, produzir e exibir filmes. Então a Paris Filmes é uma empresa importante, competimos sempre ano a ano com as empresas americanas, somos a única empresa independente a quebrar recordes de 5, 10, 12 milhões, nenhuma empresa independente brasileira jogou o jogo que joga os americanos, só a Paris Filmes. Desde o polêmico filme do Edir Macedo até a saga Crepúsculo, a saga Hunger Games, John Wick, filmes da Mônica Martelli, e da Ingrid Guimarães, entre outros, nós jogamos um jogo grande. Nós fomos a única empresa que desafiou o mercado a lançar um filme brasileiro no mês de janeiro, peitando os estúdios americanos, peitando os estúdios americanos no mês de julho e, melhor ainda, entregando o resultado. Então somos uma empresa muito vocacionada, somos uma equipe gigantesca, hoje cada um no seu departamento. Temos um líder chamado Jorge Assumpção que toma conta da área de distribuição, muito ativo. 

Nós também somos uma empresa conectada com as políticas públicas que o Brasil tem, sou membro do Conselho Nacional de Cinema, sou membro no Comitê Gestor, sou membro da Câmara dos Deputados na área da cultura, sou vice-presidente do Sindicato dos Produtores Paulista, do SIAESP. Então tenho uma vocação e todo esse esforço que tenho é para procurar materiais que vão na primeira janela de cinema. 

Fomos uma empresa que não aceitamos a violação dos streamings. Nenhum material meu durante a pandemia foi para o streaming direto, mantive a empresa colocando filmes no cinema, retardei lançamento e mantive os filmes no cinema. Hoje mesmo o cinema ainda estando abaixo do que esperamos no mercado brasileiro - e estamos tentando entender porque e vamos agora com o painel com vocês para também entender o porquê - não deixei ninguém violar o que acredito. Sou um prestador de serviço para sala de cinema, procuro o material para sala de cinema e não aceito e nunca vou aceitar a violação de nenhuma janela futura e sempre nos meus materiais pequenos, grandes, bons, bem realizados ou mal realizados estarão disponíveis na janela de cinema. Todos os filmes americanos sempre com a métrica de estreia no cinema americano e então estreio aqui e no cinema brasileiro sou eu mesmo que decido qual slate que tenho por ano. 

A Paris Filmes é uma empresa expoente, os brasileiros copiam muito a gente. Somos admirados pelo governo, admirado por outros empresários e respeitado pelos estudos americanos e isso me dá a certeza que estou no caminho certo do trabalho.

Você comentou sobre quebrar recordes, bater de frente com as majors e esse ano a Paris Filmes conseguiu um feito interessante de não apenas um filme nacional, como dois que voltaram a bater 1 milhão de ingressos vendidos desde o começo da pandemia. Qual é a sensação de, certa forma, ter encabeçado essa recuperação do cinema nacional? 

Tanto “Farofeiro 2”, como “Minha Irmã e Eu” foram momentos importantes onde o streaming, que é muito deselegante com a sala de cinema, colocou em dúvida a janela cinema, não só no Brasil, mas no mundo. Acho que o maior erro dos streamings - e aqui uma crítica que os streamings deviam ter pensado como pensou as rádios, a televisão aberta, a televisão a cabo, VHS, o DVD - é que o cinema é um parceiro, cinema não é um inimigo. 

O streaming aproveitou a oportunidade da pandemia, das pessoas estando reclusas em casa, para liquidar a experiência coletiva das pessoas irem numa caixa preta assistir um filme, de ir num show de um artista que se gosta, de assistir uma interpretação no palco de teatro. Eles queriam que as pessoas ficassem trancadas olhando para a tela deles e consumindo o material que eles acham que é o certo. 

Então o cinema tornou, com “Minha Irmã e Eu” e “Farofeiros 2”, o cinema brasileiro possível, viável e interessante. Então para nós foi muito importante, porque naquele momento as pessoas achavam que o cinema já estava num lugar ruim e o cinema brasileiro eu estava pior ainda. Vejo que o cinema mostra sinais de bastante musculatura, também tivemos esse ano “Divertida Mente 2”, “Deadpool & Wolverine”, esses excelente trabalho da Disney, ou o próprio “Meu Malvado Favorito 4”, excelente trabalho da Universal, além de projetos medianos de comédia, como o excelente trabalho da Sony com essas comédias românticas que fazem dois, três milhões espectadores. Isso mostra que o mercado está muito preparado para trabalhar projetos. 

Claro que o Brasil é um país atípico, somos muito grandes. Então às vezes tem dificuldade de andar perto de outros mercados, como México, Colômbia, Peru, porque o Brasil que vive em São Paulo não é o mesmo Brasil que está no Acre. Então tem uma certa dificuldade de encontrar projetos que sejam wide. 

Esses dois projetos nos deu coragem, nós motivamos a política pública, que foi a Margareth Menezes, que foi muito generosa, e o próprio Alex Braga da Ancine, a continuar dando suprimento para que produtores brasileiro encontrem projetos para a sala de cinema. Mantiveram as políticas públicas, que é a primeira janela de um fomento público que tem que ser a sala de cinema, contra uma guerra que foi monstruosa e covarde dos streamings querendo acabar com a janela cinema de obrigatoriedade do filme brasileiro.

Tivemos a renovação da cota de tela em regras pactuadas, uma coisa bastante importante, nada foi imposto. A cota de tela que foi aprovada recentemente foi a cota de tela que havia sido aprovada antes da pandemia, então não houve nenhum abuso de nenhuma parte, foi uma coisa que já estava pactuada, então só foi assinada pelo presidente, válida por 10 anos, mas não tem nenhuma novidade que não tinha antes, nenhuma surpresa. 

Então estamos felizes e acreditamos que o caminho que mostra pra frente é favorável. O cinema brasileiro está produzindo, estou produzindo. O Brasil tem materiais eficientes como, “A Auto da Compadecida 2”, “Chico Bento” agora em janeiro, e estamos achando que o cinema brasileiro também vai repetir nessas férias de janeiro e fevereiro uma boa contribuição para a sala de cinema.

Como somos uma indústria que produz muito, a gente produz 180 filmes, a sensação é que tem mais fracasso do que sucesso… é verdade. Mas isso faz parte do ciclo, do aprendizado. Não temos a eficiência dos americanos que estão cem anos fabricando filme, né? Somos uma indústria relativamente jovem, de pessoas jovens. Se eu não sei nada de produção, imagina quem está chegando agora com 40 anos a menos [de experiência] do que eu. 

O que é legal da nossa indústria é que, a cada dia, você vê gente jovem entrando e inserindo pessoas, é uma indústria legal, moderna, todo mundo quer estar nesse lugar, então temos uma boa possibilidade de colocar essa geração que vem pela frente, talentosa, a trabalhar por nós.

É nessa toada, o que o Brasil poderia fazer? 

Na minha opinião, o Brasil deveria, em primeiro lugar, pactuar todos os incentivos fiscais em um só caminho. Acho que o Brasil tem a generosidade do governo Lula e da Margareth Menezes, e do Alex Braga, em pró ao cinema, como eu disse agora há pouco. Mas também tem a desorganização de um país federativo, onde as políticas audiovisuais de São Paulo ou de Belo Horizonte ou do Acre não conversam com as políticas nacionais. As políticas deveriam ser todas nacionais, direcionadas nacionais, para que possamos cumprir todas as expectativas do mercado, fazer filmes para mercado, fazer filmes para festivais, fazer filmes vocacionado, fazer filmes que a sociedade brasileira quer ver e que é importante, corrigir erros e barbaridades que foram cometidas no passado, fazer com que a indústria sirva à sociedade. Então o que nós devemos fazer é coordenar nacionalmente o mesmo caminho. 

Sinto hoje uma desorganização - no sentido não pejorativo -, pois cada lugar quer fazer a sua política. Como somos um país plural e cada lugar tem a sua própria ideia, às vezes tem um descompasso, coisas que não acontecem em políticas de países, como Índia, Rússia e Coreia do Sul, para não falar França e Estados Unidos. 

Por último, queria saber quais são as perspectivas futuras da Paris filmes e o que podemos esperar para os próximos anos? 

Eu estou muito feliz. A Paris Filmes vai ter nos anos de 2025-26 o melhor ano da marca Lionsgate. Temos “John Wick” 5 e 6, temos dois spin-off do mundo John Wick, temos “Truque de Mestre 3”, temos um novo “Jogos Vorazes”. Temos os melhores anos porque a Liongsate sofreu no ano de 2024 com a greve que houve e, em geral, 2025 e 2026 será o melhor ano da indústria do cinema. 

Não será só da Lionsgate, será dos estudos também. Porque definitivamente, principalmente a partir do final de 2025, teremos um alinhamento dos materiais que estavam suspensos pela greve. Logo também vai ser anunciado um grande projeto da Lionsgate, que não posso ainda anunciar, que acabei de ver a apresentação em Toronto, e não posso ainda publicar. 

E no cinema nacional também estamos felizes. Acabamos de entregar “Homem com H” (cinebiografia de Ney Matogrosso). Temos “Minha Irmã e Eu 2”, temos um filme chamado “As Cinquentonas", com Mônica Martelli e Ingrid Guimarães, temos a continuação de “Farofeiros”, “Sorte 4”, estamos com slate bastante eficiente com o cinema nacional. Tem mais uma propriedade do Maurício de Sousa, “Chico Bento 2” saindo. Tudo isso está sendo desenvolvido e filmado. A Paris vai fazer dois filmes cristãos. Faremos um remake americano, logo logo vocês vão receber. Vamos anunciar dois projetos Cristão com essa benção desses grupos cristãos, que foram super bem com “The Chosen”. 

Conseguimos com “The Chosen” quatro shows de um milhão de espectadores. Então, a Paris Filmes é uma empresa muito moderna. Trouxemos um filme evangélico chamado “Som Da LIberdade”, fizemos quase 3 milhões de espectadores. Então é uma empresa muito eficiente para encontrar e identificar as oportunidades, tanto no cinema nichado, que vamos chamar esses filmes evangélicos, até os filmes brasileiros de oportunidade.

Somos uma empresa vocacionada para o cinema, acho que essa é a palavra que, resumindo, a Paris Filmes é uma empresa vocacionada para a experiência na sala de cinema. E estou com bastante ânimo, acho que os anos de 2025-26 serão anos bastante grandes, duros e importantes. 

Tenho falado ao Governo que precisamos crescer o parque exibidor, ainda é um parque exibidor pequeno em relação aos mercados maiores. Há um problema de investimentos em shopping centers, mas precisamos voltar a investir em sala de cinema. E aí é uma política nacional de crédito, de incentivo, mas falta a sala de cinema no Brasil… o exibidor diz que não porque, como qualquer comerciante, quer administrar a demanda e é legítimo que queira isso e não tem problema de ele querer isso.

Mas, na minha modestíssima opinião de quem trabalha há 45 anos no setor, falta cinema… não em todos os lugares, mas tem muito lugar que falta cinema. Então essa mensagem aqui para quem está lendo, que é o trade, que é proprietário de sala de cinema é: faça os seus investimentos, cuide de suas salas, melhore os seus equipamentos, procure oportunidade porque a safra que vem em 2025-26 é a melhor da história, tanto para uma empresa independente como nós, para uma empresa internacional desses estúdios, porque a entressafra da greve e dos problemas que eles tiveram no ano passado e retrasado vai ser entregue nos anos de 2025 e 2026.

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