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08 Julho 2024 | Yuri Codogno

Setor cultural impulsiona geração de empregos no Brasil: foram quase 600 mil vagas para a economia criativa

Pesquisas do Observatório da Fundação Itaú e FGV revelam expansão recorde e impacto econômico significativo das políticas de fomento

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(Foto: Divulgação/Filipe Araújo/MinC)

Uma pesquisa do Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural apontou que a economia criativa no Brasil registrou um importante crescimento em 2023. Enquanto nas demais áreas o aumento foi de 2%, o setor criativo experimentou uma expansão de 4% na oferta de empregos. Os segmentos que mais contribuíram foram moda, atividades artesanais, indústria editorial, produção audiovisual, música, desenvolvimento de software, jogos digitais e serviços de tecnologia.

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Segundo o levantamento, de abril a dezembro de 2023, foram gerados 577 mil novas vagas, um salto significativo em relação aos 287 mil registrados no ano anterior. No total, considerando toda a economia, foram 7,8 milhões de novos trabalhadores, o maior número de cargos gerados desde 2012.

A taxa de formalidade no setor criativo também aumentou em 3%, totalizando 4,9 milhões de profissionais que representam 63% do total no segmento. Esses profissionais obtiveram uma remuneração média de cerca de R$ 4,5 mil, acima da média nacional de R$ 3 mil.

Ao incentivar a produção cultural, o governo não só enriquece o patrimônio imaterial da nação, mas também impulsiona a economia criativa, gerando empregos, como explicou Henilton Menezes, secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic) do Ministério da Cultura: "O resultado é muito promissor e comprova que investir em cultura movimenta a economia, promovendo o desenvolvimento do país e gerando emprego e renda”.

Simultaneamente, outra pesquisa, agora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre a Lei Paulo Gustavo (LPG), revelou o impacto significativo desta medida política no setor cultural. Para cada R$ 1 investido, foi observado um retorno de R$ 6,51, demonstrando a capacidade do setor cultural e de economia criativa de impulsionar a atividade econômica local. A LPG viabilizou o maior investimento direto no setor cultural da história do Brasil, com R$ 3,9 bilhões destinados a ações e projetos em todo o território nacional.

"Temos dados que não deixam dúvidas de como projetos culturais aquecem a economia, geram empregos e aumentam a arrecadação de tributos. Portanto, dinheiro para cultura não é gasto, é investimento. Os números impressionantes atestam também a relevância social das iniciativas culturais apoiadas, o que destaca a importância de termos políticas públicas cada vez mais robustas. O MinC está comprometido em potencializar o poder transformador da cultura, assegurando que cada centavo investido fortaleça o crescimento econômico e enriqueça a vida cultural de nossa comunidade”, disse Roberta Martins, secretária dos Comitês de Cultura do MinC.

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