27 Junho 2024 | Redação

Uma das grandes apostas de terror do ano, "Um Lugar Silencioso - Dia Um" é destaque da cine-semana

Duas produções brasileiras também chegam às telonas nesta semana, com destaque para "Tô de Graça", uma típica comédia brasileira

Após uma abertura arrebatadora de Divertida Mente 2 (Disney) na última semana, a nova cine-semana chega trazendo sete novidades para as telonas, mas sem a mesma força da animação que fez a segunda maior estreia do cinema brasileiro. Desta vez, os olhares estarão voltados para uma das grandes apostas do gênero de terror deste ano, Um Lugar Silencioso - Dia Um (Paramount).

A produção que conta com a vencedora do Oscar Lupita Nyong’o no elenco tenta repetir o sucesso de seus antecessores Um Lugar Silencioso (2018) e Um Lugar Silencioso - Parte II (2021) para se tornar a primeira grande bilheteria do gênero no ano. O filme mostra uma trama em um momento anterior às primeiras produções e nos leva de volta ao ponto onde tudo começou, acompanhando uma nova personagem, interpretada por Lupita Nyong’o, enquanto navega pelos horríveis primeiros momentos na cidade mais barulhenta do mundo: Nova York.

Um Lugar Silencioso - Dia Um fará sua abertura em 59 diferentes mercados e a expectativa é que se torne a maior bilheteria de terror do ano na América do Norte, superando Os Estranhos - Capítulo I (Paris Filmes), que conseguiu uma arrecadação de US$ 34,8 milhões.

O cinema nacional também trará duas novidades ao público e a principal delas é uma clássica comédia brasileira: Tô de Graça (Downtown/Paris). No filme, a protagonista Graça ganha uma indenização inesperada e decide torrar todo o dinheiro levando toda a família para um feriadão em Búzios, no Rio de Janeiro. No local, o público poderá conferir várias confusões causadas pela família de Graça, agora distante da comunidade onde se passaram as seis temporadas do humorístico que fez sucesso na TV.

Além dessa comédia, Casa Izabel (Moro Filmes) também representará o cinema brasileiro. O filme que mescla suspense e drama se passa em meio aos recantos isolados do interior do Brasil dos anos 1970, onde existe a imponente Casa Izabel, que um dia já foi uma casa da elite escravocrata, agora é um santuário para um retiro único: travestis se reúnem para escapar das sombras da ditadura militar, vestindo os mantos da extravagância e da liberdade.

A Grande Fuga (Diamond) também chega aos cinemas com uma história que se passa no verão de 2024 e acompanha a história real de Bernard Jordan (Michael Caine). O veterano da Segunda Guerra Mundial foi manchete nos jornais do mundo todo após fugir da casa de repouso onde vivia para se juntar a outros veteranos na França, durante o 70º aniversário dos desembarques do Dia D. A aventura de Bernie, que durou apenas dois dias, marcou sua vida e também seu casamento de 60 anos com Rene (Glenda Jackson).

Outras duas produções de Hollywood que entram em cartaz são a comédia Aquela Sensação Que o Tempo de Fazer Algo Passou (Synapse Distribution), que fez sucesso no Festival de Cannes, e o drama Testamento (Imovision). Enquanto o primeiro filme mostra a protagonista da história enfrentando a estagnação em um relacionamento casual de BDSM, um emprego medíocre e uma família judaica conflituosa enquanto busca encontrar seu próprio caminho, o segundo mostra a história de um solteirão de 73 anos que reside em uma casa de repouso e, em meio a conflitos e protestos pela remoção de uma antiga obra que foi considerada um insulto às Primeiras Nações, se apaixona por Suzanne, a administradora da casa de repouso.

Por fim, o cinema francês nos brinda com Orlando, Minha Biografia Política (Britz Filmes), um documentário dirigido por Paul B. Preciado. Em 1928, Virginia Woolf escreveu "Orlando", o primeiro romance em que o personagem principal muda de sexo no meio da história. Um século depois, o escritor e ativista trans Paul B. Preciado decide enviar uma carta cinematográfica à autora: seu Orlando saiu da ficção e vive como ela jamais poderia ter imaginado. Preciado organiza um teste de elenco e reúne 26 pessoas trans e não binárias, de oito a 70 anos de idade, que encarnam o protagonista.