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27 Junho 2024 | Renata Vomero

3º Fórum Spcine reforça interlocução com mercado e fomento do ecossistema do audiovisual

Evento acontece entre os dias 26 e 28 de junho na Cinemateca Brasileira, em São Paulo

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(Foto: Portal Exibidor)

 



Começou ontem (26) a 3ª edição do Fórum Spcine, que acontece até o dia 28 de junho na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Com o tema “Fomentando a Diversidade e a Excelência na Indústria Audiovisual Brasileira”, estão sendo promovidas mais de 20 atividades gratuitas entre sessões de debate, painéis, lançamentos e masterclasses que remetem à diversidade, à inclusão, à internacionalização e à memória do Audiovisual Brasileiro. 

Para coroar esta edição, foi realizada cerimônia de abertura no fim do primeiro dia com presença de autoridades públicas, representantes de associações, entidades e embaixadas. No encontro, foram relembrados os principais nortes da Spcine e do Fórum Spcine, bem como a conclusão dessa gestão municipal ao final do ano.

“Felizmente estamos podendo concluir essa gestão de forma próspera, com recursos, projetos, e entregas sendo concluídas, mas também já projetando novas ações e modificando e crescendo novas áreas. Estamos sempre pensando em inovação para políticas públicas na cidade de São Paulo e sempre tentando entender o que o nosso setor precisa e a cidade também. Ter a possibilidade de fazer essa interlocução entre o setor, a gestão pública e o munícipe da cidade de São Paulo é um desafio, mas é muito importante”, destacou Lyara Oliveira, presidente da Spcine.

Em sua fala, a gestora também enfatizou a recente ampliação do Circuito Spcine, que agora soma mais três salas, sendo elas nos CEUs São Miguel, Parque Novo Mundo e Pinheirinho, chegando a 21 salas de cinema espalhadas pela cidade, majoritariamente na periferia e com entrada gratuita ou mediante pagamento de valor simbólico.  

Com isso, foi reforçado o papel da Spcine no fomento de todo o ecossistema do audiovisual na cidade de São Paulo, bem como o quanto esse papel fica evidente na programação e realização do próprio Fórum Spcine.

Também foram convidados para subir ao palco Rodrigo Antônio, diretor de formação e inovação da Secretaria do Audiovisual do MinC e os diretores da Spcine Luiz Toledo (Investimento e Parcerias) e Emiliano Zapata (Inovação e Políticas do Audiovisual), que destacaram a atuação da Spcine nas áreas de fomento, inovação e difusão.

Alguns dos números salientados de impacto do setor audiovisual na cidade foram os trazidos por meio da Film Commission de São Paulo (SPFilm) que comemora oito anos de criação em 2024, fazendo em média 1000 filmagens por ano e tendo o valor total de investimentos gerado a partir de seus serviços de R$3,5 bilhões.

Para além disso, há articulação para a criação de uma Film Commission brasileira e a recente criação da Rede Latino-Americana e Caribenha de Film Commissions, com sede na Spcine em seus primeiros anos. Em valores de fomento, em 2015, a cada R$1 investido em produção pela Spcine na cidade, foram gerados R$20 para a economia local.

 

Mapeamento da Infraestrutura do Audiovisual na Cidade de São Paulo

Entre alguns destaques da programação do primeiro dia do Fórum Spcine, estava o lançamento do Mapeamento da Infraestrutura do Audiovisual na Cidade de São Paulo, pesquisa encomendada pelo Observatório Spcine e realizada pelo Iniciativa Cultural – Instituto das Indústrias Criativas, que tem o objetivo de obter dados qualitativos e quantitativos sobre esta área do setor audiovisual e propor uma análise sobre a relação da oferta e da demanda para identificar possíveis necessidades e entraves à expansão e atração de empresas de infraestrutura e equipamentos para a cidade de São Paulo.

 

A pesquisa foi apresentada por Alessandra Meleiro, presidente do Instituto das Indústrias Criativas e pesquisadora das Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Federal de São Carlos; e também por Paulo Cidade,  Professor da ECA-USP no curso de Especialização em Pesquisa de Marketing, Mídia e Opinião Pública e Membro da WAPOR - World Association for Public Opinion Research e AAPOR - American Association for Public Opinion Research.

 

O estudo foi dividido em Contexto Atual; Profissionais, equipamentos e estrutura; Inventário; e Expansão e Futuro. Tudo isso considerando tecnologias, políticas públicas e recursos humanos, para além de outras frentes. A metodologia contou com entrevistas quantitativas e qualitativas que chegaram a um universo de 70 mil empresas, depois segmentado para 191.

Entre as empresas entrevistadas, 93,6% representavam micro empresas, incluindo trabalhadores autônomos e 6% representavam pequenas, médias e grandes empresas.  No entanto, esses 6% representam a maior concentração de capital, recursos e poder de entrega, portanto, seus trabalhadores passam menos tempo ociosos, o que é uma realidade diferente para as micro empresas.

Outro dado interessante, é que a maior parte dos funcionários de empresas do audiovisual trabalham em formato presencial, o que demanda maior organização de estrutura para as empresas, além de considerarem logística e localidade de seus escritórios. Essa dado é totalmente diferente para os trabalhadores do segmento de games, que trabalham majoritariamente em formato remoto.

Com isso, deve-se considerar o impacto urbano causado nessas companhias, como zoneamento, transporte público, melhor ou pior entrega de serviços básicos e a possível criação de um ecossistema de empresas em uma mesma região, beneficiando as trocas entre pares, serviços e profissionais.

Outro ponto tocado foi a questão tributária. Nas conversas, houve a percepção de que há uma ineficácia na política tributária, tendo como possível solução uma desoneração para toda a cadeia do audiovisual.

O mapeamento completo poderá ser visto em breve no site do Observatório da Spcine.

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