Especialista em análise de mercado, a Gower Street divulgou uma nova previsão para a arrecadação global de 2024, elevando um pouco a anterior: de US$ 31,5 bilhões para US$ 32,3 bilhões. O pequeno aumento de 2,5% é consequência das bilheterias do primeiro trimestre terem fechado 1% acima do esperado na América do Norte e China, mas principalmente pelo grande crescimento de 11% que os demais países obtiveram no período. As informações são dos portais Screen Daily e Box Office Pro. 

Mesmo com essa melhora, a bilheteria deve ficar abaixo do arrecadado globalmente em 2023, que foi US$ 33,9 bilhões. Dessa forma, a queda esperada diminuiu de 7% para 4,7%. Como sabemos, a diminuição da renda é em decorrência dos adiamentos dos blockbusters ocasionados pelas greves conjuntas dos atores e roteiristas de Hollywood - que buscavam condições mais justas de trabalho.

Além das melhoras nos mercados estadunidense, chinês e internacional (o mundo todo, menos América do Norte e China), a previsão foi alterada também pela adição de lançamentos no calendário. Um exemplo é Fúria Primitiva (Diamond Films), antes planejado para estrear na Netflix, foi posteriormente definido como lançamento de cinema.

A Gower Street entende que a melhora é pequena, mas ressaltou que é notável, pois, segundo seu levantamento, “o aumento teria sido maior se não fossem as alterações nas taxas de câmbio entre dezembro e agora, essencialmente eliminando mais de um terço dos ganhos observados colectivamente nos mercados internacionais”.

No geral, comparando com a projeção anterior, a nova estimativa considera ganhos de aproximadamente US$ 200 milhões no mercado norteamericano, de US$ 550 milhões no mercado internacional e permanece a mesma na China. Em uma comparação com o ano passado, entre esses três cenários, apenas para a China é previsto uma melhoria em 2024 na arrecadação total.

A estimativa global revisada para 2024 fica 18% atrás da média dos últimos três anos pré-pandêmicos, de 2017 a 2019. Apesar da baixa melhora, o anúncio ocorreu no momento em que a indústria global se reúne em Las Vegas para a CinemaCon, que começou ontem e vai até o dia 11 de abril. Assim, exibidores de todo o mundo conseguem ter uma visão mais otimista do ano de 2024. 

O que também auxilia nessa visão mais otimista - após um trimestre que estava previsto para ser fraco ter se saído melhor do que o esperado - é que a temporada de verão no hemisfério norte está se aproximando e, com ela, altas chances de obter ótimas arrecadações. Lembrando que é o momento em que os principais blockbusters de Hollywood entram em cartaz.

A Fandango, empresa estadunidense de vendas de ingressos online, divulgou seu estudo anual “Moviegoing Trends & Insights”, que investiga comportamentos dos espectadores no ano anterior, assim como as intenções de ir ao cinema em um futuro próximo. O estudo inclui três mil clientes em geral e mais de três mil clientes da Fandango, que compraram pelo menos um ingresso desde janeiro de 2023.

Mais da metade de todos os cinéfilos entrevistados planejam ver quatro ou mais filmes nos cinemas em 2024 e suas motivações são diversas: desde de sucessos de bilheteria até passar bons momentos com a família e amigos, além da mais significativa, que continua sendo aproveitar e vencer o calor do verão. 

Os dez filmes mais aguardados para a próxima temporada de verão, segundo a pesquisa, são: Deadpool & Wolverine (Disney), Bad Boys: Até o Fim (Sony), Meu Malvado Favorito 4 (Universal), Um Lugar SIlencioso: Dia Um (Paramount), Divertida Mente 2 (Disney), Planeta dos Macacos: O Reinado (Disney), Os Observadores (Warner), O Dublê (Universal), Garfield - Fora de Casa (Sony) e Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo (Paris Filmes). 

Apesar de não terem sido citados, é possível também destacar outros blockbusters, como: Back to Black (Universal), Furiosa: Uma Saga Mad Max (Warner), Twisters (Warner), Alien: Romulus (Disney), Kraven - O Caçador (Sony) e Os Fantasmas Ainda se Divertem (Warner).