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24 Janeiro 2024 | Yuri Codogno

Netflix fecha 2023 somando mais 13 milhões de assinantes, o segundo maior ganho trimestral de sua história

Plataforma agora totaliza 260,3 milhões de clientes globais

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(Foto: Divulgação)

A Netflix declarou em seu último trimestre fiscal de 2023 que ganhou 13 milhões de novos assinantes, alcançando um total de 260,3 milhões de clientes no mundo todo. Com isso, o último trimestre do ano passado se tornou o segundo período que a Netflix mais ganhou assinantes, perdendo apenas para os 16 milhões do primeiro trimestre de 2020, quando a pandemia fechou as salas de cinema. As informações são dos portais Hollywood Reporter e Deadline.

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Em divisão por regiões, EUA e Canadá obtiveram 2,81 milhões de clientes, EMEA (Europa, Oriente Médio e África) adicionou 5,05 milhões, América Latina teve um acréscimo de 2,35 milhões, enquanto Ásia-Pacífico ganhou 2,91 milhões. Somados, são 13,12 milhões, muito acima dos 8 milhões a 9 milhões esperados por Wall Street.

Entre outubro e dezembro do ano passado, a receita da empresa foi de US$ 8,8 bilhões, enquanto o lucro operacional ficou em US$ 1,5 bilhão. O fluxo de caixa livre no trimestre anterior, por sua vez, atingiu US$ 1,6 bilhão, um aumento acentuado em relação aos US$ 300 milhões do mesmo período de 2022.

Apesar da Netflix ter sido prejudicada pelas greves de Hollywood - nem tanto na distribuição, mas bastante na parte de produção -, as paralisações impediram que grandes blockbusters chegassem aos cinemas, favorecendo os streamings nesse período. 

Em carta destinada ao mercado e imprensa, a Netflix ressaltou: “acreditamos ter abordado com sucesso o compartilhamento de contas, garantindo que, quando as pessoas desfrutam da Netflix, também pagam pelo serviço. Reflete os benefícios deste compartilhamento, as nossas recentes alterações de preços”. O co-CEO Greg Peters, em teleconferência da empresa, completou: “Chegamos ao ponto em que o compartilhamento pago é apenas algo que fazemos”.

As declarações vão de encontro à decisão de cobrar um valor extra de assinantes que compartilham senha com moradores de outras residências. O resultado, como foi nitidamente observado durante o ano passado, foi um grande aumento no número de clientes, algo que apôs as expectativas que o mercado e clientela tinham na época do anúncio. 

Na mesma carta citada antes, a Netflix também comentou sobre a opção de se manter como uma empresa sólida no mercado, sem depender de fusões, e deixou claro que não espera ser compradora de outras companhias. “À medida que nossos concorrentes se ajustam a essas mudanças [no streaming], é lógico esperar uma maior consolidação, especialmente entre empresas com redes lineares grandes e em declínio. Não acreditamos que novas fusões e aquisições entre empresas de entretenimento tradicionais irão alterar materialmente o ambiente competitivo, dada toda a consolidação que já aconteceu ao longo da última década”, se referenciando as fusões Viacom/CBS, AT&T/Time Warner, Disney/Fox, Time Warner/Discovery, entre outras. 

Para a Netflix, a solução, na verdade, tem vindo “de fora da empresa”, com o licenciamento de conteúdos de terceiros. A Disney, por exemplo, disse no final do ano passado que licenciará parte de seu conteúdo de entretenimento para a Netflix, se juntando aos grupos NBCUniversal, Warner Bros. Discovery e Paramount. “Estou emocionado que os estúdios estejam mais abertos ao licenciamento novamente e emocionado em dizer a eles que estamos abertos para negócios”, disse o CEO Ted Sarandos na teleconferência.

Para o futuro, a empresa destacou três focos para 2024: no conteúdo, melhorar a qualidade de séries e filmes e aumentar a oferta de programação ao vivo; fazer crescer os seus negócios de publicidade; e aprofundar a conexão com os fãs através do marketing, produtos de consumo e novas experiências. Uma dessas medidas, aliás, já começou, visto que ontem (23) a Netflix anunciou um acordo de 10 anos e US$ 5 bilhões com o WWE Raw, possibilitando a exibição de luta livre ao vivo. Sarandos reforçou que, apesar do alto valor, está dentro do orçamento anual de conteúdo da empresa que é de US$ 17 bilhões.

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