22 Novembro 2023 | Renata Vomero
Cinema do Palácio da Alvorada é reinaugurado em defesa do cinema e indústria nacional
Cine Alvorada foi oficialmente reaberto em cerimônia realizada na última sexta-feira (17) e exibição de "Saudosa Maloca"
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Nesta sexta-feira (17) foi reinaugurado o Cine Alvorada, sala de cinema privativa no Palácio da Alvorada e que será voltado à produção nacional. A iniciativa é da Presidência da República com apoio do Ministério da Cultura e Secretaria do Audiovisual, com suporte técnico, tecnológico e curatorial.
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A inauguração contou com a presença do presidente Lula, a primeira-dama Janja, a Ministra da Cultura Margareth Menezes , Marcos Barros, presidente da Abraplex, além da equipe do filme Saudosa Maloca, de Pedro Serrano, escolhido para abrir os trabalhos nessa retomada do espaço.
“Nós reinauguramos hoje um processo de passar filmes brasileiros aqui no Palácio do Alvorada, esse é o primeiro de uma série de muitos que terão daqui para frente. A gente espera contribuir para ser a casa da divulgação do cinema brasileiro, para voltar a convencer a sociedade brasileira a gostar do cinema, a admirar o cinema e a ir ao cinema”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a reinauguração do Cine Alvorada, na noite desta sexta-feira (17), em Brasília.
Os novos sistemas de som e imagem foram doados pela Abraplex (Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex), sem custo para o governo.
“A ABRAPLEX, assim como as demais entidades do setor, tem trabalhado para desenvolver e fortalecer uma indústria de alta relevância econômica e que emprega centenas de milhares de pessoas. Somos apenas um dos três pilares dessa indústria, que conta também com produtores e distribuidores. E entendemos que, juntos, promovendo uma discussão técnica sobre os temas que são de relevância para o segmento, podemos levar o cinema brasileiro para patamares muito mais altos do que a média histórica”, comentou Marcos Barros, reforçando a importância desta aproximação entre os diversos players da indústria.
A reinauguração acontece em um ano em que longas nacionais ainda enfrentem grandes desafios para reconquistar o público, embora seja registrada uma gradual recuperação. E também no momento em que os projetos sobre o estabelecimento obrigatório de Cota de Tela para filmes nacionais nas salas de cinema, que tramitam no Senado e na Câmara dos Deputados, levantam debates sobre quais os critérios para a escolha das produções que serão exibidas nas telonas e o período em que ficam disponíveis na programação.
Por isso, acredita Barros, a solenidade se torna ainda mais importante. “O cinema brasileiro ganha muito com a união dos três pilares da indústria. Produtores e distribuidores são remunerados ao longo de toda a carreira do filme (cinema, PVOD, streaming, TV paga, TV aberta etc…), e os exibidores rentabilizam ao longo das semanas em que o filme fica em cartaz. Ou seja, é do total interesse de todos nós que o filme nacional performe bem e atraia cada vez mais público. E, para isso, é preciso que políticas sejam desenvolvidas com base em critérios técnicos, que contemplem todos os elos dessa cadeia. Que bom que temos a chance, com a reabertura do cinema do Palácio da Alvorada, de falar com a população sobre isso”, concluiu.
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