16 Novembro 2023 | Redação
"Jogos Vorazes" é a principal estreia em semana com quatro produções nacionais
Enquanto novo filme da saga Jogos Vorazes mostra a história 70 anos antes dos conhecidos filmes que já foram lançados, cinema nacional mergulha no gênero documental com quatro estreias
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A semana está repleta de estreias e são oito no total, mas o grande destaque é Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes (Paris Filmes), que entrou em cartaz ontem (15). Além disso, a cine-semana também reserva espaço para a estreia de quatro produções nacionais, todas do gênero documental.
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Jogos Vorazes é um fenômeno de bilheteria no Brasil, e em seus filmes anteriores já conseguiu um público total de mais de 14 milhões de pessoas e uma renda de mais de R$ 179 milhões. A nova produção conta com um elenco de peso e traz nomes como Viola Davis, Tom Blyth, Hunter Schafer e Rachel Zegler. Em uma sessão especial para exibidores, Jorge Assumpção, diretor da divisão de cinema da Paris Filmes, classificou Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes como um "filme quente e forte".
A nova produção da série traz uma ambientação quase 70 anos antes da saga estrelada por Jennifer Lawrence e, no novo filme, Coriolanus Snow (que se tornará o vilão Presidente Snow), ainda é um jovem estudante de 18 anos que é cooptado pela Capital para participar de uma das primeiras edições dos Jogos Vorazes. Ele vê uma chance de mudança de sorte quando é escolhido para ser mentor de Lucy Gray Baird, a garota tributo do empobrecido Distrito 12.
How To Have Sex (O2 Play) é um drama do Reino Unido que também chega às telonas cercado de expectativas. Mia McKenna-Bruce, Lara Peake, Enva Lewis e Laura Ambler integram o elenco da trama que conta a história de três adolescentes britânicas que passam um feriado juntas bebendo, indo a boates e namorando, naquele que deveria ser o melhor verão de suas vidas. Enquanto dançam pelas ruas ensolaradas de Mália, na Grécia, Elas se veem navegando pelas complexidades do sexo, do consentimento e da autodescoberta. O filme consegue pintar um retrato dolorosamente familiar da idade adulta jovem e de como as primeiras experiências sexuais deveriam - ou não - acontecer.
Ainda para os amantes do drama, O Pequeno Corpo (Pandora Filmes) é uma coprodução da Itália, França e Eslovênia que se passa em 1900 na Itália. No filme, Agata é uma jovem que embarca em uma jornada desesperada para chegar a um misterioso santuário para salvar a alma de sua filha da condenação eterna do Limbo.
E, os amantes do drama realmente terão um deleite. Samsara, a Jornada da Alma (Pandora Filmes) é uma produção espanhola que se passa no Laos, onde dezenas de adolescentes vivem e estudam juntos em templos budistas. Um jovem atravessa o rio todos os dias para ler um texto para uma senhora idosa que serve de guia para encontrar o caminho da vida após a morte. Quando a mulher morre, seu espírito inicia uma jornada sensorial rumo à reencarnação em seu próximo corpo. Para completar a viagem, é preciso confiar em se deixar levar pelo som e pela luz.
O cinema nacional também traz uma cine-semana recheada de novidades e documentários. Cafi (Arthouse) é um documentário que retrata a obra do fotógrafo recifense Carlos Filho, o Cafi, que durante mais de 40 anos se dedicou a registrar grande parte dos acontecimentos da dança, teatro e da música popular brasileira. Na produção, gravações, shows, turnês e ensaios de importantes artistas que passaram pelas lentes de Cafi são mostradas de maneira intimista e poética.
Vai e Vem (Vitrine Filmes/Boulevard Filmes) também segue a linha documental e se apresenta como contraponto ao mundo virtual e (des)conectado, onde duas amigas criam uma provocação fílmica seguindo suas normas. O filme é um verdadeiro vai e vem que em tempos turbulentos se torna uma verdadeira dança de resistência.
Nelson Pereira dos Santos - Uma Vida de Cinema (Bretz Filmes) é um documentário narrado na primeira pessoa que mostra Nelson na intimidade, contando suas histórias e as realizações de seus filmes. Com linguagem simples, o filme retrata um diretor multifacetado que construiu uma filmografia diversa, com assuntos variados e instigantes, além de um artista sempre à frente de seu tempo.
Por fim, Ato Final (Elo Studios) é um documentário onde as personagens principais estão mortas. Para contar suas histórias, três atrizes experimentam, no palco, as emoções de mulheres que vivem intimamente o risco do feminicídio. Enquanto isso, um grupo de sobreviventes luta para amparar vítimas de relacionamentos abusivos. Juntas, elas gritam, porque o silêncio mata mulheres todos os dias.
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