03 Novembro 2023 | Redação
Estudo mostra que Geração Z prefere relacionamentos platônicos a cenas de sexo nas telonas
Pesquisa realizada com 1.500 jovens com idades entre 10 e 24 anos mostrou que eles preferem ver temas que fazem parte de seu dia a dia serem representados nas telonas
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Um estudo conduzido pelo Center for Scholars & Storytellers (CSS) da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) e chamado "Teens and Screens" mostrou que a chamada Geração Z prefere ver relacionamentos platônicos retratados em "montanhas russas românticas" a conteúdo sexual nas telas de cinema, ou seja, os jovens desejam um conteúdo mais compreensível para eles. A pesquisa foi realizada com 1.500 jovens com idades entre 10 e 24 anos, mas apenas os entrevistados a partir de 13 anos foram questionados sobre conteúdo íntimo. As informações são do Indie Wire.
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Os resultados mostraram que os adolescentes querem ver "vidas como as suas" na tela, o que incluía menos cenas de romance. 48% dos entrevistados sentem que "sexo e conteúdo sexual não são necessários para o enredo da maioria dos programas de TV e filmes", enquanto 51,5% dos adolescentes querem ver mais conteúdo focado em amizades e relacionamentos platônicos.
Para a Dra. Yalda T. Uhls, fundadora e diretora do CSS e coautora do estudo, apesar de os adolescentes quererem ver menos sexo na TV e no cinema, eles na verdade estão em busca de diferentes tipos de relacionamentos que sejam refletidos nessas mídias. "Sabemos que os jovens sofrem uma epidemia de solidão e procuram modelar a arte que consomem. Embora alguns contadores de histórias usem o sexo e o romance como um atalho para a conexão entre os personagens, é importante para Hollywood reconhecer que os adolescentes querem histórias que reflitam todo o espectro dos relacionamentos", afirmou.
Além disso, a pesquisadora também destacou um fato comprovado cientificamente de que os jovens da Geração Z fazem menos sexo do que os seus pais quando tinham suas idades e muitos deles preferem permanecer solteiros hoje.
Stephanie Rivas-Lara, que é gerente de engajamento juvenil do CSS e uma das autoras do estudo, além de pertencer à Geração Z, também destacou que a pandemia de Covid-19 despertou nos jovens uma necessidade de pertencimento e, por isso, o sentimento de comunidade que está ligado a temas que pautam o dia a dia das pessoas acabam ganhando uma maior relevância entre os jovens e atraindo seu interesse.
"Como membra da Geração Z, não fiquei surpresa com o que estamos vendo este ano. Tem havido um amplo discurso entre os jovens sobre o significado da comunidade após a Covid-19 e o isolamento que a acompanha. Os adolescentes olham para os meios de comunicação social como um 'terceiro lugar', onde podem ligar-se e ter um sentimento de pertencimento – e com manchetes assustadoras sobre alterações climáticas, pandemias e desestabilização global, faz sentido que queiram gravitar em torno do que é mais familiar nesses espaços", finalizou Rivas-Lara.
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