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10 Outubro 2023 | Yuri Codogno

Conselho Superior de Cinema do Ministério da Cultura terá paridade de gênero e representantes de todas as regiões

Anúncio oficial deve acontecer ainda essa semana

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(Foto: Divulgação)

O Conselho Superior de Cinema do Ministério da Cultura (CSC), apesar de ainda não ter anunciado oficialmente, já tem os nomes confirmados. Entre eles, 12 pessoas irão compor a ala da sociedade civil do CSC e outras 12 serão indicadas pelos ministérios da Fazenda, Planejamento e Direitos Humanos e MinC. No final, a seleção ficou igualmente composta por homens e mulheres. As informações são dos portais Tela Viva e Folha de São Paulo.

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Os titulares do Conselho serão: Vânia Lima, sócia da Têm Dendê Produções; o produtor acreano Clemilson Farias; Rodolfo Salema, diretor de assuntos legais e regulatórios da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão); Cíntia Domit Bittar, sócia da produtora Novelo Filmes; Tatiana Carvalho Costa, a presidente da APAN (Associação de Profissionais do Audiovisual Negro); Aletéia Selonk, presidente do Forcine (Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual); Leonardo Edde, produtor e sócio da Urca Filmes; Fernando Magalhães, diretor de programação da Claro; Marcio Fraccaroli, diretor-geral da Paris Filmes; Debora Ivanov e Rosana Alcântara, ex-diretoras da Ancine; e Marcos Barros, presidente da Abraplex (Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex).

Os suplentes, por sua vez, serão: Jussara Locateli, coordenadora do FAMES (Fórum Audiovisual de Minas Gerais, Espírito Santo e estados do Sul do Brasil); Gabriel Pires, coordenador do Nordeste Lab; Mauro Garcia, presidente-executivo da Bravi (Brasil Audiovisual Independente); a cineasta Joyce Prado; a produtora Mariza Leão; a roteirista Jaqueline Souza; Luiza Lins, diretora-geral da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis; Gustavo Steinberg, presidente do BIG Festival; o professor Alfredo Manevy; Paula Gomes, diretora-geral da distribuidora Olhar; Cícero Aragon, diretor-presidente do grupo Box Brazil; e Jack Silva, diretor da AEXIB (Associação dos Exibidores de Pequeno e Médio Porte).  

O presidente da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), Marcelo Freixo, foi um dos convidados a integrar o conselho de forma permanente, ainda que sem poder de voto. O convite faz parte do projeto da pasta de internacionalizar o CSC.

No último mês, aliás, a Secretária do Audiovisual Joelma Gonzaga havia adiantado que, pela primeira vez na história, a composição teria o mesmo número de homens e mulheres, além de representantes de todas as regiões do Brasil. A gestora também ressaltou que estaria ouvindo as considerações de diferentes entidades do setor, algo que justificaria o atraso para a escolha dos nomes. 

Ao Tela Viva, Debora Ivanov ressaltou: "Foram muitos os avanços do setor com os marcos legais construídos ao longo dos últimos 30 anos. A Lei do Audiovisual, a Ancine, o Fundo Setorial e a Lei do SeAC foram conquistas estruturantes, que permitiram o crescimento continuado para o audiovisual brasileiro independente. Nos últimos anos, porém, passamos por grandes dificuldades e grandes mudanças no mercado. Esse novo CSC, com toda sua diversidade, nos traz a oportunidade de renovar o olhar e desenhar novas estratégias para que possamos adentrar num novo ciclo de crescimento, que seja virtuoso e traga ao Brasil ainda mais desenvolvimento econômico, impacto social e identidade nacional". 

Quem também comentou sobre a diversidade foi Tatiana Carvalho Costa: "Não estamos falando só de proposições de narrativas negras, mas sim de um pensamento sobre um país, que é plural e diverso, e que historicamente apagou ou estigmatizou as narrativas negras. Então a participação da APAN se dá muito em função do que a gente já tem feito fora dele, que é essa disposição para promover a presença e a permanência de pessoas negras no mercado e nos imaginários de maneira mais ampla, diversa, complexa e próxima do que somos como sociedade. Precisamos de pessoas negras nas narrativas e também na dinâmica econômica – porque não adianta só sairmos nas fotos se o dinheiro não chegar na gente também. E para isso precisamos não só de ações afirmativas, mas também de metodologias não excludentes". 

Além da paridade de gênero, é a primeira vez também que a composição terá duas mulheres negras e um representante da região amazônica. O esforço na questão igualitária foi encabeçado pela própria Joelma Gonzaga.

Prestes a ser anunciado, o Conselho Superior de Cinema do Ministério da Cultura foi deixado de lado pelo governo Bolsonaro (2019-2022) e também pela Secretaria Especial de Cultura que atuou durante o período.

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