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26 Junho 2023 | Redação

Centauro Comunicaciones inaugura sala de mixagem Dolby Atmos para entretenimento

Espaço oferece tecnologia de última geração para finalização e mixagem em Dolby Atmos

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(Foto: Divulgação)

A Centauro Comunicaciones –  empresa especializada em dublagem, legendagem e com importante braço nas etapas de produção audiovisual, incluindo audiobooks – está inaugurando sua Sala Dolby Atmos para entretenimento no Brasil em que oferece espaço e equipamentos de última geração para que cineastas e produtores possam mixar e finalizar seus projetos no formato de som mais imersivo e inovador da Dolby,

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A sala, localizada em São Paulo, é equipada com mesa de mixagem com a mais alta tecnologia, tela grande de ponta a ponta e 36 caixas de som espalhadas na vertical e horizontal para garantir a melhor simulação do que será a experiência do consumidor na sala grande equipada com o sistema Dolby Atmos.

O projeto vem se desenhando antes mesmo da pandemia de Covid-19 começar e partiu de uma necessidade interna da empresa, fundada e dirigida pelo cineasta colombiano Gustavo Nieto Roa, que criou a Centauro Comunicaciones no fim dos anos 1970, na Colômbia.

Dono de uma vontade de seguir produzindo cinema, Gustavo percebeu a necessidade de ter um estúdio de mixagem Dolby Atmos in-house para poder atender à empresa, que cresce como produtora cinematográfica, mas também aos realizadores brasileiros  - diretores, produtores, editores, mixadores e distribuidores – que queiram dar ainda maior qualidade para as suas produções – sejam elas voltadas para os cinemas ou para o home entertainment (Dolby Atmos HE), ou ambas, claro, bem como os formatos tradicionais de 7.1 e 5.1, que também podem ser finalizados na nova sala.  

“Como produtores, temos a necessidade de ter a última tecnologia. Antes, para fazer uma mixagem final, precisávamos sair do Brasil. Agora não precisamos sair, essa sala não é só para a Centauro, é para toda comunidade produtora. Esperamos que ela seja referência para todos os produtores de cinema”, contou Gustavo Nieto Roa, em entrevista ao Portal Exibidor.

Aliás, o projeto também vem justamente de duas importantes percepções do executivo. A primeira é de que o cinema brasileiro tem tudo para entrar em uma fase frutífera de produção, com maiores investimentos e demanda do público e da indústria. A segunda é de que o público, ainda um tanto resistente em voltar para a sala escura, terá como atrativo a qualidade dessas produções quando mixadas em Dolby Atmos, especialmente quando falamos da produção brasileira, ainda carente de uma boa audiência.

“Precisamos seduzir o público, temos que ter uma grande indústria para o Brasil e o mundo. Precisamos estudar mais as audiências e conhecê-las. Não tem que formar o público, temos que nos formar como produtores para entregar o que os espectadores querem”, declarou.

E a ideia é de que o estúdio recém-inaugurado sirva também para produtores de todo o mundo, também da América Latina, já que a sala segue padrões rígidos de qualidade – A Centauro opera com o certificado global TPN (certificação de segurança para parcerias entre players de cinema e que reúne os principais produtores e companhias do mundo) e tem estúdios também na Colômbia e nos Estados Unidos.

E para garantir essa padronização em nível alto e com assinatura também confiável da Dolby, quem ficou responsável pelo desenvolvimento do projeto foi o engenheiro tecnológico e especializado em áudio, Carlos Klachquin, da DBM Cinema, sendo o supervisor responsável pela implementação de salas de cinema e estúdios Dolby Atmos no Brasil e o principal consultor da empresa no país.

Ele contou um pouco sobre as particularidades deste projeto e deu panorama sobre as tecnologias e filosofia por trás deste sistema tão inovador e imersivo para a experiência cinematográfica.

“O estúdio precisa ter a mesma regra de construção de cinema, ele emula uma sala de cinema, e uma questão essencial é a geometria da sala, tudo isso conta. Esse projeto parte da necessidade de ter uma geometria adequada para essa tecnologia, há limites máximos e mínimos”, explicou o engenheiro, ressaltando que o estúdio, do jeito que foi construído, consegue simular o ambiente da sala de cinema, fazendo com que os profissionais envolvidos possam fazer ali o trabalho mais redondo para chegar na melhor qualidade imersiva possível ao espectador.

Para tal, são envolvidos uma série de profissionais das mais diversas áreas –  construção civil, arquitetônica, tecnológica e de cinema –, tudo isso para garantir a disposição exata da mesa de mixagem, caixas de som e tela para trazer essa emulação perfeita.

E para compreender melhor o nível de preciosismo disso, é preciso olhar para trás para entender ainda qual é a filosofia por trás do Dolby Atmos, que faz toda a diferença na hora de ver um filme.

“A ideia do Atmos é trabalhar em uma atmosfera de som, uma cúpula de som, que te envolve. O Atmos se baseia no conceito de adicionar ao formato clássico (5.1 ou 7.1) os objetos, que são sons individuais que você pode posicionar no espaço, conseguimos posicionar até 114 objetos simultâneos. Para fazer isso, é preciso ampliar o espaço, ir além do horizontal”, explicou Carlos.

Por conta disso é necessário um número maior de caixas distribuídas uniformemente pelo espaço das salas, cada uma delas, na hora da mixagem, deve ser responsável por dar para o espectador a noção de onde está o objeto e por onde ele se movimenta.

Para isso, as caixas são como âncoras e que trabalham balanceadas para trazer essa sensação. O mais interessante é que o objeto pode ser balanceado entre elas, a depender da vontade de quem está fazendo a mixagem, pois elas criam essa sensação de espaço total, de cúpula, o que é fundamental para a imersão na história contada na grande tela, como disse o engenheiro.

Neste sentido, são usados metadados de cada fotograma do objeto, tais dados são processados pelo sistema Dolby Atmos dos cinemas e traduzidos para aquela sala em específico, respeitando a proporção do tamanho.

É isso o que Carlos Klachquin chama de consistência, o que permite que tudo o que é mixado dentro de uma sala como a recém-inaugurada pela Centauro seja perfeitamente reproduzido em cada cinema.

“A filosofia de Atmos é poder trabalhar nesse ambiente, para poder aplicar isso é preciso ter uma tecnologia que permite transportar toda essa criação de espaço de uma forma consistente para cada sala, para que não se perca a qualidade. Para chegar o mais próximo possível do que pensou o criador do conteúdo”, contou.

Como padrão Atmos, há dois elementos importantes de caixas de som, as beds, que criam a ambientação geral do som, e os objetos, que justamente dão essa localização de movimento e dinamismo. Há também os subwoofers, voltados aos graves, que ficam próximos à tela.

Desafios e praticidade

Com uma sala Dolby Atmos localizada no prédio da empresa, no bairro do Sumaré, em São Paulo, se abre uma nova gama de possibilidades aos produtores brasileiros, que agora não precisam aumentar tanto os orçamentos dos projetos para fazer esse tipo de mixagem, incluindo custos de viagens e gastos em dólar.

A equipe envolvida na inauguração desta sala garante que os valores não representam um aumento significativo considerando a finalização no estúdio da Centauro Comunicaciones. O desafio, portanto, agora é o de comunicar para a comunidade produtora de que há essa via mais acessível e que isso pode trazer bom retorno para eles no futuro.

“Estamos muito felizes em fechar esta parceria com a Centauro Comunicaciones para mixar em Dolby Atmos os nossos próximos lançamentos. Sabemos que esta tecnologia é sensacional e torna cada produção mais grandiosa,  somando a isso, a competência e a qualidade dos serviços da Centauro em pós produção de áudio, dublagem , acessibilidade, etc. Nós realmente vamos entregar grandes produções com um som de primeiríssima qualidade ao público”, contou Walkyria Barbosa, diretora da Total Filmes, que já fechou parceria com a Centauro Comunicaciones para mixar os próximos filmes da produtora.

Desta forma, a empresa está participando de festivais e eventos voltados para o segmento de produção justamente para criar essa ponte de comunicação com os realizadores para apresentar a novidade.

“Menor custo, mais qualidade e sem precisar viajar para mixar. Trabalhamos com um alto padrão de excelência, com o certificado TPN. Temos tudo para nos tornar uma casa produtora de cinema”, finalizou Gustavo.

Os detalhes da sala podem ser conferidos no site da Centauro.

 

 

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