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06 Junho 2023 | Renata Vomero

Tom Cruise estaria insatisfeito com proximidade de datas entre "Missão Impossível" e "Oppenheimer"

Preocupação do astro é com perda de exclusividade nas salas IMAX

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(Foto: Divulgação)

Segundo informações de portais de notícia como IndieWire e Puck, Tom Cruise estaria incomodado com a proximidade das datas de estreia entre Missão: Impossível – Acerto de Contas – Parte I (Paramount), em 12 de julho, e Oppenheimer (Universal), em 21 de julho, nos EUA.

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Na realidade, a insatisfação do astro, que também atua como produtor do longa, é com a possibilidade de perder salas IMAX após a estreia do filme de Cristopher Nolan, considerado um embaixador não-oficial do formato.

Segundo artigo do veículo Puck, Cruise estaria tentando convencer executivos da Paramount e exibidores locais – embora a exclusividade Imax se estenda a outros territórios – de buscarem manter maior presença nestes cinemas ou tentarem mudar a data do outro filme, usando argumentos de que o novo Missão Impossível tem grande apelo comercial, com boas chances de manter bom desempenho nas semanas seguintes à estreia.

Outro impacto é de que as salas IMAX – normalmente ligadas ao modelo PLF, mas não somente  - geralmente implicam em um ticket médio mais elevado, o que influencia nas arrecadações de bilheteria. Aliás, a preferência pelo PLF foi um comportamento do público já em Top Gun: Maverick, que fez bastante sucesso com as audiências mais adultas.

Na América do Norte, Oppenheimer ocupará todas as salas IMAX por três semanas, devendo afastar o novo longa da saga Missão Impossível destes espaços. Os dois filmes têm apelo forte frente ao público para serem vistos neste tipo de sala, tanto do Nolan, que foi filmado exclusivamente neste formato (ele já anunciou que o filme gerou uma película de 17km e mais de 250 kg); e Tom Cruise já mostrou em diversos materiais os níveis de suas manobras e acrobacias, para serem vistas na maior tela e melhor som possíveis.

Ao portal IndieWire, a Imax reforçou que Oppenheimer estará em cartaz durante três semanas em 1500 das 1700 salas da empresa espalhadas pelo mundo todo, o que seria uma das maiores aberturas do tipo para um filme de classificação mais restrita.

Ambos os distribuidores não comentaram o ocorrido aos portais de notícia internacionais e, tendo em vista que a Universal reservou a data já em 2021, antes da equipe de Cruise, talvez seja difícil mudar alguma coisa neste momento.

Por outro lado, o astro está com bons créditos frente à indústria, dado o sucesso de Top Gun: Maverick ano passado, que faturou mais de US$1,4 bilhão, e colocou Tom Cruise como o “salvador do setor”, em palavras endossadas por nomes como Steven Spielberg.

Mesmo ainda sem solução, é interessante notar que notícias como essa evidenciam a força deste verão do Hemisfério Norte, com grandes títulos chegando semanalmente nos cinemas, reforçando a as dificuldades e desafios dos times de marketing e vendas de ambos os lados.

E mais, na mesma data de Oppenheimer estreia outro grande lançamento, também apontado como um possível divisor de público por muitos: Barbie (Warner), dirigido por Greta Gerwig. Ou seja, temos aí, possivelmente, uma das janelas mais interessantes desde a crise da pandemia, e que traz o cenário mais próximo do que costumávamos ver até 2019.

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