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06 Junho 2023 | Yuri Codogno

Disney prevê baixa contábil de US$ 1,5 bilhão após remover programas de seus streamings

Distribuidora retirou mais de 30 programas do Disney+ e Hulu/Star+ no final do mês passado

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(Foto: Divulgação)

A Disney deve ter uma baixa contábil de até US$ 1,5 bilhão em seu terceiro trimestre fiscal de 2023, após ter removido mais de 30 programas dos streamings Disney+ e do Hulu (Star+, no Brasil) no final do mês passado. O intuito é reduzir custos, segundo documento apresentado na última sexta-feira (2) à comissão da Securities and Exchange. As informações são do Hollywood Reporter e da Variety.

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Em 26 de maio, a Disney retirou programas como The World According to Jeff Goldblum, Y: The Last Man, The Mighty Ducks, Turner & Hooch, Willow, Maggie, Dollface e Cheaper By the Dozen de seus serviços de streaming. Como resultado, a empresa irá registrar o prejuízo nas demonstrações financeiras do terceiro trimestre fiscal “para ajustar o valor contábil desses ativos de conteúdo ao valor justo”, como está no documento.

Ao ter controle dos valores dos ativos de conteúdo, a Disney pode removê-los de seu balanço para evitar ter que pagar despesas contínuas e reduzir a conta de impostos. Assim, são esperados lucros a médio e longo prazo. 

Durante a teleconferência de resultados de maio da empresa, Bob Iger, CEO da Disney, disse estar “confiante de que estamos no caminho certo para a lucratividade de longo prazo do streaming”, além de que a empresa estaria “racionalizando o volume do conteúdo que fazemos e o que estamos gastando”. Já Christine McCarthy, CFO da Disney, afirmou que a companhia esperava assumir até US$ 1,8 bilhão em encargos como resultado da remoção do conteúdo.

O documento de sexta-feira ressaltou que a Disney está continuando sua revisão e espera remover mais conteúdo de seus serviços de streaming durante o terceiro trimestre e que, com essas remoções, pode ocorrer uma baixa contábil extra de mais US$ 400 milhões. Apesar disso, os prejuízos nos serviços DTC (direto para o consumidor, em tradução livre da sigla), como os streamings, diminuíram nos últimos meses, visto que a empresa registrou US$ 659 milhões de déficit durante o segundo trimestre fiscal, abaixo do US$ 1,1 bilhão relatado no trimestre anterior. 

Mesmo assim, porém, quando a Disney assumiu as baixas relacionadas à remoção de conteúdo, McCarthy observou durante a teleconferência que a Disney espera que as perdas de streaming aumentem em US$ 100 milhões durante o trimestre atual.

Em relação aos serviços de streamings, Bob Iger disse que a empresa espera aumentar o preço do Disney+ sem anúncios este ano, visando refletir melhor o valor dos conteúdos. E mais, apesar de ainda não ter sido confirmado oficialmente, o CEO afirmou que a Disney pretende lançar até o fim do ano, por enquanto apenas nos EUA, um aplicativo integrado entre Disney+ e Hulu para assinantes de ambas as plataformas.

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