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19 Abril 2023 | Renata Vomero

Netflix cresce em ritmo desacelerado no primeiro trimestre do ano

Gigante do streaming apresentou resultados do primeiro trimestre fiscal

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"O Agente Noturno" foi um dos grandes sucessos do período (Foto: Divulgação)

Nesta terça-feira (18), a Netflix apresentou os resultados de seu primeiro trimestre fiscal, que foi de janeiro a março deste ano. Após retomar seu crescimento e dar novo salto em número de assinantes no fim do ano, o trimestre apresentou crescimento mais tímido, somando, 1,75 milhão de novos assinantes no período.

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Com isso, a empresa chega ao total de 232,5 milhões de assinaturas globais. Ainda representando grandes números e se mantendo na liderança deste segmento. No entanto, a estimativa dos analistas de mercado era de que haveria uma soma de 2,3 milhões de clientes no período. As informações são da Variety, Indie Wire e The Hollywood Reporter.

Para destrinchar o número, 100 mil novos consumidores vieram da América do Norte, 640 mil da Europa, Oriente Médio e África (EMEA) e mais 1,5 milhão na região da Ásia-Pacífico. Houve uma queda de 450 mil assinantes na América Latina.

Diante dos números, a receita da empresa foi de US$8,1 bilhões no período, valor ainda próximo ao estimado geral, mantendo a companhia em uma boa sequência de resultados. A este valor se somam os números já consolidados da versão apoiada por anúncios do serviço, que fez sucesso no trimestre passado, quando lançado.

O plano agora é ampliar a funcionalidade que impossibilita que os usuários compartilhem senhas, lançada também no fim do ano passado na América do Norte. Esta solução ganhou alguns territórios neste primeiro trimestre e, no segundo, chegará na maioria dos locais que contam o serviço. Ou seja, podemos aguardar pela novidade em breve no Brasil.

Quanto aos títulos que melhor performaram no período, é justo dizer que não houve nenhum lançamento escandaloso neste início de ano, o que não deve se repetir nos próximos meses. Se destacam as séries O Agente Noturno,  Ginny e Georgia, You e Outer Banks, entre outras.

Nenhum filme figura na lista e este é um ponto de atenção, claro. A empresa anunciou que deve manter a base de investimentos em conteúdos originais na casa do US$17 bilhões até 2024, um valor impressionante para qualquer nível de player do mercado.

No entanto, os longas produzidos para a plataforma, mesmo que encontrem algum lançamento limitado nos cinemas, devem se manter tendo a Netflix como principal janela, indo na contramão do que a concorrência  - Amazon e Apple – vem desenvolvendo para este ano.

“A nossa divisão de filmes está indo muito bem. Levar as pessoas ao cinema simplesmente não é da nossa conta. O que é da nossa conta é sempre ter conteúdo novo e desejável no catálogo, é isso que aumenta o valor do nosso negócio", comentou Ted Sarandos, Co-CEO da Netflix, na apresentação aos acionistas.

No fim do ano passado, a plataforma fez um grande lançamento em tela grande de Glass Onion: Um Mistério Knives Out, chegando a um alto número de salas nos EUA e, segundo noticiado, fazendo bons números de bilheteria (a empresa não compartilha essas informações). Porém, se tratou de um caso isolado, e o foco para os filmes será realmente na plataforma.

Alguns fortes títulos estão programados para chegar aos assinantes este ano, como o próximo filme de David Fincher, The Killer, assim como a comédia romântica A Family Affair, estrelada por Nicole Kidman, Zac Efron, Joey King, Liza Koshy e Kathy Bates. Também entrarão no catálogo o thriller psicológico Leave the World Behind, com Julia Roberts and Mahershala Ali; e o próximo filme de Zack Snyder, uma ópera especial chamada Rebel Moon.

“Por causa de nosso grande alcance e tamanho conseguimos investir nestes grandes filmes para leva-los aos nossos assinantes”, concluiu Sarandos.

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