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07 Março 2023 | Renata Vomero

Apenas 33% dos grandes lançamentos de 2022 foram protagonizados por mulheres

Protagonismo feminino cresce, mas em ritmo de desaceleração

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(Foto: Divulgação)

A Universidade de San Diego divulgou relatório atualizado sobre a participação feminina no protagonismo das 100 maiores bilheterias de Hollywood em 2022. A análise é fruto de um estudo constante do Centro de Estudos de Mulheres na Televisão e no Cinema e, desta vez, apontou uma desaceleração da presença de mulheres no papel principal dos filmes, revelando um cenário ainda muito discrepante com relação aos personagens masculinos. As informações são da Variety.

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Segundo o relatório, as mulheres representarem apenas 33% das protagonistas no ano e quanto a personagens com falas, apenas 37% delas tinham algo a dizer no decorrer das histórias contadas. Estes valores significam um crescimento de 2% e 3% com relação ao ano passado, respectivamente. Personagens transgêneros com fala foram 0,1% e apenas um era não-binário. Os homens abocanham 63% do total.

Quanto ao equilíbrio do elenco, 80% das produções tinham mais personagens masculinos do que femininos, enquanto 11% eram o contrário e 9% iguais. Dessas personagens femininas retratadas, 64% eram brancas, 18% negras, 8% asiáticas e 7% latinas.

O relatório fez outros recortes interessantes, um deles era a forma de retratar tais personagens no mercado de trabalho, ou seja, com profissões e carreiras. 84% dos personagens masculinos tinham um trabalho identificável, diferente dos 68% das mulheres. Isso muda de cenário quanto ao estado civil, este dado vinha ao conhecimento do espectador em 46% das personagens femininas e 36% dos homens.

Dentro do que já havia sido apontado nos últimos relatórios, além do machismo, fica evidente o etarismo em Hollywood, ou seja, a restrição à personagens mais maduras. De acordo com o relatório, na média, as mulheres são mais jovens do que os homens nas produções. 36% das personagens femininas estavam na faixa dos 30 anos, 14% estavam na faixa dos 40 anos (abaixo do que em 2015, quando eram 20%) e apenas 7% delas tinham mais de 60 anos.

Também não é de hoje que as análises apontam para uma correlação entre quem está na tela e quem está por trás dela. Entre os filmes com ao menos uma mulher na direção ou roteiro, 56% das protagonistas eram femininas, já quando eram homens ocupando esses cargos, o protagonismo feminino ficou em 23%.

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