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09 Fevereiro 2023 | Renata Vomero

Disney faz balanço trimestral, anuncia cortes e reestruturação da empresa

Bob Iger apresentou os resultados do primeiro trimestre fiscal de 2023

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(Foto: Disney)

Nesta quarta-feira (8), a Disney apresentou aos acionistas e investidores os resultados de seu primeiro trimestre fiscal de 2023 (de outubro a dezembro). Esta foi a primeira apresentação de balanço financeiro de Bob Iger desde sua volta ao comando da empresa como CEO, após ter se afastado no início de 2020.

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Já de cara algumas novidades foram apresentadas, a primeira delas é um processo de reestruturação que a Disney colocará em prática, mantendo os produtos sob três grandes segmentos: entretenimento, ESPN e parques.

O segmento de entretenimento retornará a ter maior enfoque nas mentes criativas do conglomerado e protagonismo para as “poderosas marcas e franquias” da empresa, segundo o próprio executivo destacou.

Dana Walden e Alan Bergman serão os chefes deste segmento, que também terá como foco reestruturar a estratégia de negócios em torno dos streamings da casa (com exceção do ESPN+), tendo em vista as mudanças de panorama neste tipo de serviço em específico.

Parte da reestruturação também envolverá um movimento de caráter global de demissão em massa, para buscar cortar gastos cerca de 7 mil funcionários deverão ser dispensados de suas ocupações, o que representa cerca de 3% do número total de empregados.

Essa movimentação faz parte de um plano para economizar US$5,5 bilhões neste primeiro momento da reestruturação, o planejamento anual é de redução de US$3 bilhões, especialmente em conteúdos que não sejam esportivos.

“Acreditamos que o trabalho que estamos fazendo para reformular nossa empresa em torno da criatividade, ao mesmo tempo em que reduzimos as despesas, levará a um crescimento sustentado e à lucratividade de nossos negócios de streaming, nos posicionará melhor para enfrentar disrupções futuras e desafios econômicos globais e agregar valor aos nossos acionistas”, disse Iger.

Ainda segundo Iger, todas essas transformações representam uma nova era nestas duas últimas décadas de posicionamento da Disney. Que primeiramente contou com rápido crescimento com as aquisições de fortes marcas, como Pixar e LucasFilm, tendo sequência anos depois com a aquisição da 20th Century Fox e o desenvolvimento dos serviços de streaming.

E falando neles, parte da apresentação foi voltada para apresentar seus números, especialmente do Disney+. A plataforma perdeu 2,4 milhões de assinantes no último trimestre de 2022, sendo esta a primeira vez que o serviço de streaming contabilizou um resultado negativo desde seu lançamento em 2019.

Mas no geral, isso não representou forte impacto na receita do período, que ficou em US$23,5 bilhões, aumento de 8% com relação ao mesmo período do ano anterior. Com isso, os valores ficaram acima das expectativas dos analistas.

Com tudo isso, Iger reforça seu posicionamento em focar especialmente nos lançamentos de cinema em detrimento do streaming, pois entende que os antigos modelos de negócio ainda superam a lucratividade dos novos.

Desta forma, o formato mais tradicional de distribuição e lançamento parece estar garantido, especialmente para os filmes voltados para as famílias, as animações, que perderam lugar na tela grande dentro da empresa nos últimos anos.

Para enfatizar seu posicionamento quanto a isso, o executivo anunciou o desenvolvimento de Toy Story 5, Frozen 3 e Zootopia 2. Todos grandes acertos e sucessos garantidos entre os espectadores do mundo inteiro.

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