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11 Janeiro 2023 | Renata Vomero

"Emocionante": Teline Carvalho fala sobre experiência na dublagem da cinebiografia de Whitney Houston

"I Wanna Dance With Somebody: A História de Whitney Houston" estreia em 12 de janeiro

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(Foto: Sony)

Abrindo o corredor do Oscar no Brasil, chega aos cinemas amanhã (12) a aguardada cinebiografia da cantora Whitney Houston, intitulada I Wanna Dance With Somebody: A História de Whitney Houston e distribuída pela Sony. Além dos sucessos da cantora, a produção promete trazer detalhes da trajetória de Whitney mostrando mais de sua vida pessoal ao público.

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Quem dá vida à artista, que faleceu em 11 de fevereiro de 2012, é Naomi Ackie, atriz premiada e que mergulhou de cabeça no processo para interpretar a dona da voz mais icônica do mundo, se deixando levar pelas emoções da trajetória de Whitney. No Brasil, quem dubla a atriz é Teline Carvalho, que tem mais de vinte anos de experiência em dublagem, mas que pela primeira vez encarou dar vida a uma história biográfica.

“A complexidade é que a personagem foi construída por uma atriz e o tom que a gente tem que chegar é o que ela deu àquela cena. Esse processo é minucioso e cuidadoso, porque a gente trabalha com detalhes, coisa de frame. Ainda mais que nesse filme passa desde o início da carreira até o final, sendo um filme biográfico, ele não aprofunda em cada fase, mas passa por todas elas. Realmente foi bem cuidadoso a gente conseguir dar essa diferença das fases da vida dela”, explicou a dubladora.

Todo esse processo, comandado pelo diretor de dublagem Manolo Rey, contou com um intensivo estudo sobre a vida de Whitney Houston. O que também evidenciou, para Teline, a maior diferença entre uma dublagem de cinebiografia e de ficção.

“Você não pode dar a sua interpretação, tem que ser o que já foi construído pela outra atriz. Isso é diferente de uma ficção. Mesmo sendo ficção o processo é parecido, claro, você tem que entender o que está passado ali, mas talvez aí você tenha uma abertura um pouco maior, embora sutil, mas de criação, de dar um pouco da sua ideia, no cinebiográfico não pode”, reforçou Teline.

A dubladora se sentiu totalmente animada e empolgada quando soube que trabalharia no filme e neste mergulho na vida da estrela, ela também se conectou com a história de Whitney, se emocionando e se aproximando dela durante o processo.

“Foi um processo emocionante, especialmente dentro do estúdio. Estudei a personagem, mas é diferente quando você está ali interpretando e entendendo que é a Whitney, um ícone, mas é um ser humano e que passou por coisas. Quando você dá voz e interpreta, você sente junto aquilo que está sendo passado. A cada fase do processo, especialmente nessa fase mostrando a relação com o pai. Nos emocionamos todos dentro do estúdio”, ressaltou.

Claro que seria impossível não falar sobre a responsabilidade de dar voz a alguém tão conhecida, bem, pela própria voz. O filme dirigido pela cineasta Kasi Lemmons e escrito pelo roteirista indicado ao Oscar® Anthony McCarten, contou com gravações originais da própria cantora, o que garante uma experiência ainda mais especial para os fãs. O longa foi produzido pelo lendário executivo da indústria fonográfica Clive Davis, que trabalhou com Whitney.  Embora Naomi Ackie também seja cantora, as gravações musicais ficaram na própria voz da estrela, ainda assim Ackie fez questão de cantar nas filmagens para trazer mais realismo à sua interpretação.

“Realmente senti o peso nas costas, tentamos fazer o match mais parecido, e tentamos chegar nessas mudanças de fase mesmo. A voz dela cantando é impressionante, atingiu o mundo inteiro, é uma das artistas da época dela que conseguiu atingir todo mundo, em um momento que ainda havia uma segregação, ela é gigante. Para quem é muito fã, ouvir as músicas ali no contexto do filme é de arrepiar, diferente de ouvir em casa ou no carro”, comentou Teline, que garantiu que além de se emocionarcom as músicas, o público com certeza vai sentir uma forte conexão com a Whitney Houston, por ser humanizada durante o filme.

Além de Clive Davis, aliás, interpretado por Stanley Tucci no filme, a equipe contou com ajuda de Gary e Pat Houston, o irmão e a cunhada de Whitney, para contar a história do ícone com autenticidade. Eles, inclusive, foram fundamentais na escolha de Naomi Ackie para dar vida à ela.

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