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30 Novembro 2022 | Redação

Dolby promove encontro com o mercado para discutir o cinema do amanhã

"Dolby Summit – O cinema do amanhã e o seu novo paradigma" foi realizado em 23 de novembro no Cine Marquise

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(Foto: Neto Nunes)

Intitulado “Dolby Summit – O cinema do amanhã e o seu novo paradigma” e com apresentação de seus executivos, a Dolby realizou evento que reuniu profissionais do setor de ponta a ponta. O encontro aconteceu na quarta-feira (23) no Cine Marquise, em São Paulo, na sala equipada com o sistema Dolby Atmos.

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O cinema passa por um momento de transformação muito particular, sendo que a indústria está experimentando mudanças, exigindo reformulações e melhorias. Foi baseada nesse contexto que a Dolby realizou o encontro para apresentar suas soluções que buscam aprimorar a experiência do público dentro da sala e otimizar a operação e rentabilidade dos cinemas.

Por mais de 100 anos, a indústria cinematográfica não parou até a crise de 2020 e, embora o setor tenha mostrado sinais claros de recuperação, ainda há um longo caminho a percorrer para atingir os números auspiciosos de 2019 ou seus antecessores, e na transição novos são apresentados, desafios que devem ser analisados.

“O público pós-pandemia é outro, algumas pessoas não voltaram aos cinemas, por diversas razões, agora temos que procurar essas antigas audiências, mas também buscar por novas, que não cresceram vivenciando o cinema, uma geração de público jovem. Nesse ponto é ideal delinear e pensar o cinema do amanhã, hoje. As mudanças precisam ser feitas agora para não ficarem de fora”, comentou Luciano Taffetani, gerente de vendas sênior e parcerias e para cinema da Dolby, América Latina.

O objetivo deste primeiro Dolby Summit foi justamente abordar esta questão, apoiando-se em dois eixos-chave que nos ajudam a compreender e delinear o futuro do cinema: a concepção do cinema como um espaço renovado de entretenimento, bem como a economia e rentabilidade dos cinemas como gerador de receita unitária.

Para o primeiro, tudo indica que a oferta de experiências premium por meio de novas tecnologias de convocação é algo celebrado pelos espectadores. E por outro lado, a oferta de conteúdos alternativos como concertos, eventos ao vivo e jogos online, e não menos importante, a acessibilidade, pode abrir o cinema ao público que dele necessita.

Para o segundo, a reflexão é sobre como ajustar ao máximo a operação, onde eficiência e economia de energia, operação remota, fornecimento de consumíveis, tornam-se fundamentais para garantir a rentabilidade da sala, do complexo e do circuito.

Há quase 60 anos, a Dolby historicamente oferece novas tecnologias e produtos para melhorar as experiências de entretenimento para criadores e artistas bem como para o público desfrutar. A Dolby hoje é considerada uma aliada tecnológica fundamental em toda a indústria do entretenimento. Essa procura constante faz parte do DNA da empresa, e neste momento, por exemplo, está trabalhando em criar pontes que permitam trazer públicos de outras espaços de entretenimento ao cinema.

Em 2022, a experiência sonora imersiva Dolby Atmos completa dez anos, atingindo 7 mil cinemas atualmente em operação no mundo inteiro, e agora que a revolução do formato Atmos chegou à música, a empresa está ansiosa para facilitar essa nova experiência renovando as salas de cinema como auditório premium.

E para isso, a Dolby pensa neste futuro vendo o cinema como um centro de entretenimento, capaz de oferecer pluralidade e qualidade de conteúdos que vão além dos filmes e com experiências de shows, concertos, eventos, esportes, videogames, entre outras opções.

“O futuro do cinema tem a ver com as mudanças e conceitos do que está aí desde o início, precisamos pensar o cinema como o centro do entretenimento. Toda essa evolução é natural, e a Dolby compreende que todas as experiências vão continuar, mas precisam ser renovadas, ser cativantes para fazer a diferença e fazer a pessoa sair de casa”, ressaltou o executivo.

Hoje o sistema Dolby Atmos está presente em 48 salas no Brasil e é visto pela indústria como um dos grandes diferenciais para atrair novas audiências, que estão cada vez mais seletivas. Desde o início, a empresa vem investindo para que mais títulos cheguem dentro do formato, e mesmo incentivando a produção doméstica no Brasil.

“Para que o cinema nacional também seja competitivo, que não seja só o de Hollywood, tudo isso é possível, há dois estúdios de mixagem no Brasil e pretendemos avançar com várias outras parcerias”, comentou Taffetani.

Em março 2023, estreia nos cinemas Coração de Neon, de Lucas Estevan Soares, primeiro filme brasileiro mixado em Dolby Atmos. E, no final de 2023, será lançado Saudade fez morada aqui dentro, de Haroldo Borges, também com som Dolby Atmos.

Além disso, o sistema tem sido um facilitador para apresentações musicais dentro da sala escura, com um boom de mixagem de músicas sendo realizadas nestes últimos anos. O que aumenta a possibilidade de trazer o público jovem aos cinemas.

No evento, os presentes puderam conferir diferentes músicas folclóricas da cantora argentina Mercedes Sosa e eletrônicas da brasileira baiana DJ Cady, todas elas dentro do formato, demostrando o grande potencial de experimentar um show musical dentro de uma sala de cinema premium, e da grata sensação que gera no espectador.

“É crucial pensar nas despesas de Opex e de Capex, que é quando o exibidor precisa de determinadas coisas para operar, cobrir buracos, mas também precisa de determinadas coisas para melhorar e rentabilizar o cinema. O motivo desse encontro hoje é um pouco sobre como delinear esse cinema do futuro, que deve ter melhorias para otimizar e rentabilizar a operação, mas sempre focado em cativar novas audiências para o cinema”.

Acessibilidade nos cinemas

Com o prazo final se aproximando para os cinemas oferecerem recursos de acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência auditiva e visual, parte da apresentação da Dolby foi dedicada em detalhar o produto Cine Assista, a solução desenvolvida em parceria com Assista Tecnologia na Universidade Federal da Paraíba em 2017.

O receptor conta com a facilidade de oferecer os recursos de LIBRAS, áudio-descrição e legenda descritiva em um só aparelho integrado sem fio que pode ser utilizado em qualquer lugar da sala. Para tal, a instalação conta, além do aparelho, com a necessidade de um servidor conectado ao sistema do cinema que capta o DCP do filme e transmite, via wi-fi, para os receptores dos aparelhos.

“A lei é fundamental, são milhões de pessoas com deficiência auditiva e visual no Brasil. Surdos e cegos podem ir aos cinemas com os amigos para assistirem ao que quiserem, isso é inclusão”, explicou Pedro Maldonado, responsável por soluções e serviços de cinema para Dolby em América Latina.

Seu comentário foi complementado por Luciano Taffetani: “O futuro do cinema é acessível. Lançamos essa tecnologia, que foi aprovada pela câmara técnica da ANCINE em 2017. Nós baseamos nossa solução conforme o padrão, que é aberto, com uma tecnologia que atendesse a todos os requerimentos da lei e foram muitos, foi uma lei muito radical e ambiciosa. E que a gente correu para conseguir dar um jeito para atender a todos os pontos e para que todas as partes envolvidas concordassem para que fosse aprovado e validado conforme as circunstâncias”,

Tanto o Cine Assista, como o Pro-Access da empresa Riole, atendem as demandas dos estúdios e ambas as tecnologias foram avaliadas pela câmera técnica, mantendo o DCP como fonte dos recursos e garantindo a segurança dos conteúdos.

Atualmente são 924 salas com o Cine Assista, distribuídas em 119 complexos. As expectativas são de chegar em breve a 1000 salas contando com a tecnologia Dolby no Brasil. A mesma solução –sempre em parceria com  Assista Tecnologia – foi lançada em junho internacionalmente, nos EUA, Europa e em breve será implementada na Austrália.  São aproximadamente 50 mil salas acessíveis no mundo inteiro.

Para reforçar a importância e a urgência de acessibilidade, que também abre a possibilidade de trazer um novo público ao cinema, foram convidadas representantes do CineSesc, premiado pela acessibilidade de conteúdo em seu cinema, e da Secretaria da Pessoa Com Deficiência de São Caetano. Ambas enfatizaram a importância desta inclusão e do quanto as pessoas surdas e cegas almejam serem recebidas nesses espaços, aos quais passam a frequentar com maior regularidade. “Acessibilidade não é privilégio, é direito”, elas reforçaram.

Pergunta Exibidor:

Qual a sua opinião sobre os recentes anúncios da ANCINE sobre uma nova instrução normativa para democratizar e universalizar as soluções de acessibilidade?

“Soa bem aos ouvidos, mas não parece muito realista e gera confusão, pois os estudos têm que suportar e avaliar eventuais novas soluções. É assim que o cinema funciona no mundo inteiro, uma parceria entre os donos do conteúdo e os exibidores. Nossa solução foi baseada no padrão e especificação de segurança que os estúdios solicitaram na câmera técnica, mas se houvesse uma mudança na modalidade, sem dúvida a Dolby a consideraria para outros empreendimentos de acessibilidade”, respondeu Taffetani.

 

Portfólio de produtos

Eduardo Stefanini foi responsável por apresentar aos convidados a cartela de soluções e equipamentos de destaque para a operação dos cinemas:

“Queremos atualizar vocês sobre tecnologias que a Dolby tem e terá com o objetivo de que a oferta cinematográfica seja cada vez mais qualificada”, explicou o coordenador de vendas da Dolby Brasil.

Processador CP950 e CP950 A

Processador para salas 5.1, 7.1 ou Atmos, um produto de última geração, escalável, com monitor e crossovers incorporados e uma interface muito intuitiva.

Dolby IMS3000

O servidor de conteúdo integrado mais versátil do mercado com possibilidade de reproduzir Atmos, realizar streaming dos eventos ao vivo, reproduzir HFR 3D em 4K e um custo de probidade bem accessível. 

Dolby DMA 16301|24302|32301

O amplificador multicanal lançado em 2017 pela companhia está revolucionando atualmente o mercado da amplificação, tanto pela eficiência e melhora significativa na qualidade do som, como pela economia energética, de espaço e de operação. O Dolby DMA pode substituir até 16 amplificadores analógicos estéreo.

A Dolby apresentou oficialmente uma nova linha de alto-falantes com desenhos, caraterísticas e funcionalidades exclusivas para salas de cinema, engrandecendo seu compromisso com a indústria cinematográfica.

Os principais diferenciais das caixas são maior cobertura do espectro, menor distorção e baixos mais profundos.

Caixas de Palco: Dolby System 128 ~ 131 ~ 133 ~136

Caixas Surround: Dolby DSR 1260 | DSR 1280

Eduardo ainda reforça sobre o Atmos, anteriormente mencionado: “O conceito de sala Atmos não deveria ser percebido só para salas de grande porte, é perfeitamente possível e acessível fazer em salas menores.”

 

Consideração final

“A fórmula não é ficar esperando que o negócio se recupere, todos os fatores precisam mudar para que o cinema se adapte ao cenário atual. O cinema de amanhã começa hoje. Dizer que o cinema nunca morreu e é por isso que nunca vai morrer pode ser o erro mais caro neste momento. Os cinemas precisam fazer uma reconversão tanto em sua infraestrutura quanto em seu conceito, e Dolby está 100% focada em contribuir com as bases desses pilares”, finalizou Luciano Taffetani.

 

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