Quando Falta o Ar, filme vencedor do festival É Tudo Verdade, voltado para exibição de documentários, iniciou essa semana sua campanha nos EUA com sessões em Nova Iorque, Boston e Los Angeles. O objetivo é estar apto para disputar o Oscar 2023 na categoria de Melhor Documentário em Longa Metragem. 

O screening do filme, programado para o próximo dia 18, será em Los Angeles e terá apresentação do ator Wagner Moura no The Linwood Dunn Theater, da Academy of Motion Pictures. De acordo com a Academia, responsável pelo prêmio, o anúncio público deve ocorrer somente no começo de dezembro.

Com direção da médica Helena Petta e sua irmã, a cineasta Ana Petta, o filme acompanha os profissionais do SUS, em diferentes regiões do Brasil, enquanto lutavam para salvar vidas durante a pandemia. “Quando o ritual da morte não era mais possível e a solidão uma constante, nos pareceu fundamental abrir a câmera para os diferentes tempos e dimensões envolvidas no cuidado em saúde, nos aproximando destes profissionais que estavam resistindo em uma das maiores crises sanitárias da história, em um país abandonado por seu principal governante”, ressaltaram as diretoras. 

Quando Falta o Ar revela como as dimensões envolvidas nesses atos se misturam com as desigualdades do país e com o preconceito racial, ao mesmo tempo que são atravessadas pelas religiosidades tão presentes no povo brasileiro. O longa é uma aposta das diretoras na construção de imagens e narrativas que possam contribuir para uma nova estética audiovisual sobre o cuidado em saúde.

O filme foi rodado em São Paulo (Hospital das Clínicas), Recife (UBS do Morro da Conceição), Pará (Hospital Municipal de Castanhal e equipe de saúde de Igarapé Miri), Salvador (Complexo Penitenciário Lemos de Brito) e em Manaus (SOS Funeral). A previsão de estreia nos cinemas nacionais é fevereiro de 2023.