10 Novembro 2022 | Renata Vomero
Nova edição do AmazôniaFIDOC acontece em Balém com abertura de "Noites Alienígenas"
Único festival com recorte pan-amazônico do mundo acontece até 20 de novembro
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Realizado há 15 anos, o AmazôniaFIDOC é o único Festival de Cinema com recorte pan-amazônico no mundo e mais do que nunca reforça seu compromisso com a produção audiovisual amazônica e com a pauta socioambiental, com o tema "O cinema de todas as Amazônias na luta pela floresta em pé". Em 2022 o evento contará com 35 produções nas mostras competitivas e será realizado gratuitamente de 10 a 20 de novembro, em Belém.
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A Mostra Pan-Amazônia terá 12 curtas e oito longas, com produções dos nove países que compõem a região na América Latina, e a Mostra Amazônia Legal apresenta oito curtas e sete longas-metragens de realizadores brasileiros do território amazônico. Ao todo foram inscritos 848 filmes, entre curtas e longas-metragens de documentários e ficção do Brasil e do exterior. Também, de forma inédita, o Festival abriu espaço também para a categoria de videoclipes, com a inserção de uma mostra competitiva dedicada a este gênero que reúne música e audiovisual, com obras de 14 artistas.
A abertura acontece hoje, 10 de novembro, com a exibição do filme Noites Alienígenas, de Sérgio Carvalho (AC), vencedor do Festival de Gramado este ano. No mesmo dia, o bairro da Terra Firme recebe ações formativas e exibição de filmes no Cine Solar. As mostras competitivas serão realizadas de 11 a 18 de novembro, das 17h30 às 22h30, e todas as sessões serão no Cinema Líbero Luxardo, com entrada gratuita. Em parceria com o Festival Se Rasgum, de forma inédita o Festival abre espaço também para a categoria de videoclipes, com a inserção de uma mostra competitiva com obras de 14 artistas exibidas no Pier das 11 Janelas.
Dias 19 e 20 será realizada a Ocupação Cinema da Amazônia, na Fundação Cultural do Pará, em parceria com o Circuito Jambu - Portal Jambu, com shows de artistas paraenses e ainda o Cine Curumim, com uma programação dedicada ao público infantil.
De acordo com Zienhe Castro, diretora do evento, para esta oitava edição há uma diversidade também nos olhares, com a seleção de realizadores distintos. "Há filmes com olhares femininos, dirigidos por mulheres, inclusive mulher trans; outros com a sensibilidade da autoria indígena, o que mostra o protagonismo dos povos tradicionais em narrarem as suas próprias histórias", destaca. "Além disso, num momento de retomada da produção, o cinema amazônico mostra sua força e sua maturidade, um senso de compromisso com a floresta em pé - uma bandeira internacional e nosso tema neste ano", apontou
As produções concorrem, em cada categoria, ao melhor filme pelo critério do júri, melhor filme pelo voto popular e um prêmio de Honra ao Mérito para ambas as categorias, de acordo com o Júri Oficial, que será divulgado em breve.
O corpo de curadores para escolha dos filmes é composto por profissionais com ampla atuação na área de cinema e audiovisual no Brasil. Para análise dos curtas-metragens, o festival contou com Carol Abreu, Manoel Leite, Lorenna Montenegro e Felipe Pamplona; já para os longas-metragens, os curadores foram Zienhe Castro (idealizadora e diretora geral do Festival), Flavia Guerra, Letícia Simões e Marco Antônio Moreira.
"Recebemos inscrições de realizadores de todos os estados da Amazônia e de todos os demais estados brasileiros, com exceção de Sergipe e Alagoas, no âmbito nacional. Já a nível internacional, contemplamos apenas os países da Pan-Amazônia e tivemos inscrições do Peru, Colômbia, Equador, Bolívia e Venezuela e só não tivemos inscrições de Guiana, Suriname e Guiana Francesa (França)", analisou Manoel Leite, curador e produtor executivo.
Ele explica que excepcionalmente este ano foram aceitas inscrições da Espanha, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos, pois nesses casos todos se tratavam de cineastas amazônicos radicados naqueles países. Os vencedores serão conhecidos no dia 20 de novembro, em cerimônia de encerramento, no Cinema Líbero Luxardo.
A realização é do Ministério do Turismo, com patrocínio do Instituto Cultural Vale via Lei Rouanet - Secretaria Especial de Cultura, em parceria com a Fundação Cultural do Pará - Cine Líbero Luxardo; deputado federal Airton Faleiro; e Projeto Paradiso. Apoio cultural: Instituto Goethe, Casa de Estudos Germânicos (CEG), Se Rasgum Produções, Cine Solar, Circuito Jambu Multicultural e distribuidora Estrela do Norte. Apoio institucional: Secretaria de Estado de Cultura do Pará (SECULT-PA) e Curso de Cinema da Universidade Federal do Pará (UFPA). Produção: ZFilmes Produções e Instituto Culta da Amazônia.
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