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09 Novembro 2022 | Renata Vomero

Disney+ atinge 164,2 milhões de assinantes e tem projeção de lucro a partir do ano fiscal de 2024

Mesmo com crescimento, segmento ainda registra prejuízos para a empresa

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(Foto: Divulgação)

A Disney apresentou os resultados de seu quarto trimestre fiscal, finalizado em setembro, na tarde desta terça-feira (8). Com enfoque nos números de streaming, a empresa anunciou o acréscimo de 12,1 milhões de clientes no Disney+, chegando, então, a 164,2 milhões de assinantes. As informações são do The Hollywood Reporter e Variety.

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Na soma de todos os serviços de streaming, incluindo Hulu, ESPN, Star+, entre outros, o conglomerado chega ao número de 235 milhões de assinaturas. Ainda assim, apesar dos bons resultados em clientes, esses valores não se refletem na receita do segmento (chamado de direct to consumor, ou direto ao consumidor em tradução livre). A empresa relatou perda de US$1,47 bilhão no período para esse setor apenas, um crescimento com relação ao último trimestre, inclusive.

No entanto, para os executivos da Disney esse é um pico de perda no segmento, que deve diminuir na medida em que os serviços e modelo de negócios se estabelecem. Com isso, a expectativa do próprio Bob Chapek, CEO da Disney, é de que haja lucratividade a partir do ano fiscal de 2024.

“O rápido crescimento do Disney+ em apenas três anos desde o lançamento é um resultado direto de nossa decisão estratégica de investir fortemente na criação de conteúdo incrível e lançar o serviço internacionalmente, e esperamos que nossas perdas operacionais DTC [direct to consumer] diminuam no futuro e que o Disney+ ainda alcance lucratividade no ano fiscal de 2024, supondo que não vejamos uma mudança significativa no clima econômico”, disse Chapek. “Ao realinhar nossos custos e perceber os benefícios dos aumentos de preços, além de nossa versão com anúncios do Disney+, que chega em 8 de dezembro, acreditamos que estaremos no caminho para alcançar um negócio de streaming lucrativo que impulsionará o crescimento contínuo e gerará valor para os acionistas no futuro”.

Neste sentido, a Disney desenhou uma estratégia baseada em três pilares para alcançar essa lucratividade: aumento do preço do Disney+, criação da versão baseada em anúncios do serviço e maior racionalização nos gastos com marketing e conteúdo.  Inclusive, são três pilares semelhantes aos anunciados pela Netflix quando registrou sua primeira perda significativa de assinantes no início do ano, o que parece já ter dado resultado de recuperação.

Em termos de receita total, a Disney registrou US$20,1 bilhões no trimestre, abaixo da projeção de Wall Street. O lucro operacional foi de US$1,6 bilhão.

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