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26 Outubro 2022 | Yuri Codogno

Warner escolhe James Gunn e Peter Safran como os novos chefes da DC

Antes, porém, a WBD anunciou despesas bilionárias que visam equilibrar as contas da empresa

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(Foto: Divulgação)

Depois de um bom tempo em busca do nome que será o grande responsável por comandar a DC nos cinemas e séries, a Warner anunciou o diretor James Gunn e o produtor Peter Safran como os líderes da divisão de heróis da companhia. As informações são da própria Warner, que ontem (25) soltou uma nota à imprensa.

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A dupla deverá responder diretamente a David Zaslav, CEO da Warner Bros. Discovery, e o anúncio ocorreu menos de uma semana após a saída de Walter Hamada, antigo presidente da DC Films. Segundo o portal IndieWire, as nomeações serão efetivadas no dia 1 de novembro.

Tanto James Gunn quanto Peter Safran possuem vasta experiência com a DC. Enquanto Gunn dirigiu e escreveu O Esquadrão Suicida (2021) e Pacificador (2022), série spin-off do filme lançada no HBO Max, Safran atuou como produtor nos dois títulos e em outros lançamentos que foram sucesso nas telonas: Aquaman (2018) e Shazam! (2019).

A divisão de tarefas está bem definida, com James Gunn sendo o responsável pelo lado criativo e Safran pela parte operacional dos negócios. Ambos trabalharão juntos a Michael De Luca e Pamela Abdy, presidentes da Warner Bros Pictures. 

“Não poderíamos estar mais animados por James Gunn e Peter Safran se juntarem à equipe e assumirem a liderança do Universo DC. James é um cineasta e contador de histórias brilhante e Peter é um produtor extremamente bem-sucedido e prolífico e tê-los comprometidos a trabalhar juntos para criar esta nova era para a DC é literalmente um sonho tornado realidade. Todos nós compartilhamos uma sensibilidade e paixão muito semelhantes por este universo e as estrelas não poderiam ter se alinhado melhor. Mal podemos esperar para começar, aprofundar e colaborar com essas mentes criativas incomparáveis”, ressaltaram De Luca e Abdy em comunicado.

É importante relembrar que a DC possui dois caminhos nos cinemas. O DCU (atual DCUE, sigla de Universo Estendido da DC) dará continuidade às histórias que começaram com O Homem de Aço (2013), passando por diversos títulos, como os da Mulher-Maravilha, Liga da Justiça, Shazam, Aquaman, O Esquadrão Suicida e, lançado semana passada, Adão Negro. Esse é o lado que será comandado por James Gunn e Peter Safran. A outra vertente é o núcleo de Batman, liderado por Matt Reeves, recentemente anunciado para dar sequência ao filme Batman (2022) e aos spin-offs do herói, como a continuação de Coringa.

Despesas

Na última segunda-feira (24), a WBD comunicou algumas despesas ao órgão regulador da bolsa de valores americana, indicando gastos bilionários para conseguir equilibrar as contas a médio e longo prazo. As informações são da Variety

Após a fusão entre Discovery e WarnerMedia, a nova empresa herdou uma dívida de US$ 53 bilhões, que após algumas medidas, como o cancelamento de produções, caiu para cerca de US$ 47 bilhões. Mas apesar do valor ainda ser alto, a companhia acredita estar indo na direção certa.

A prioridade, por enquanto, é diminuir o número de produções, com valores entre US$ 2 bilhões a US$ 2,5 bilhões reservados para esses cortes. A aposta é produzir menos filmes e séries e manter apenas as mais relevantes. A Casa do Dragão é um exemplo de como a estratégia pode funcionar, visto que a série está alcançando melhores números de audiência e engajamento. 

Além das despesas com cortes de produções, o documento prevê gastos de US$ 800 milhões a US$ 1,1 bilhão com reestruturação organizacional (incluindo rescisão, retenção, realocação e outros custos relacionados) e mais US$ 400 milhões a US$ 700 milhões com atividades de consolidação de instalações, que também incluem outras rescisão de contrato.

Ainda de acordo com o documento enviado à SEC, a WBD afirma que "enquanto os esforços de reestruturação da empresa estão em andamento, incluindo a análise estratégica da programação de conteúdo que pode resultar em deficiências adicionais… espera-se que as iniciativas de reestruturação sejam substancialmente concluídas até o final de 2024". Ou seja, os cortes devem durar por pelo menos mais dois anos. 

A WBD já gastou US$ 1 bilhão em despesas de reestruturação antes dos impostos no segundo trimestre fiscal de 2022. Naquele momento, a empresa registrou um prejuízo líquido de US$ 3,4 bilhões e receita de US$ 9,82 bilhões. 

A Warner prevê divulgar seus resultados do terceiro trimestre na quinta-feira, 3 de novembro, após o fechamento do mercado.

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