28 Junho 2022 | Yuri Codogno
Renata Almeida Magalhães é a primeira mulher eleita à presidência da Academia Brasileira de Cinema
A produtora assume o cargo a partir do primeiro dia de julho
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A produtora carioca Renata Almeida Magalhães será a primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais. Eleita pelo Conselho Deliberativo para o biênio 2022-2024, ela assumirá o cargo a partir do dia 1º de julho, substituindo o então presidente Jorge Peregrino.
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Além de Renata, a nova diretoria será composta pelo vice-presidente Paulo Mendonça, pela diretora secretária Bárbara Paz e por três novos membros: Jefferson De (diretor de comunicação), Ariadne Mazzetti (diretora financeira) e Allan Deberton (diretor social).
Renata Almeida Magalhães é uma das produtoras mais atuantes do setor audiovisual brasileiro. Estreou no cinema aos 17 anos como diretora do curta-metragem Vitória, em 1979, e em 1981 foi assistente de direção no longa Menino do Rio. Passou a focar sua carreira na produção de longas-metragens após acompanhar as filmagens de Quilombo (1983), transformando a experiência no documentário Filme sobre filme.
Como produtora também trabalhou em Um Trem para as Estrelas, Dias Melhores Virão, Tieta do Agreste, O Melhor Amor do Mundo, Orfeu, O Grande Circo Místico e na série documental Favela Gay: Periferias LGBTQI+, além de ter colaborado no roteiro de Deus é Brasileiro. Renata também é graduada em Direito e especializada em legislação de incentivo fiscal para cultura.
Gestão anterior
Jorge Peregrino, que continuará no conselho, decidiu se afastar da presidência após quatro anos. Sua gestão teve início em 2018. Nesse período, promoveu grandes avanços, com destaque para a conquista da independência na escolha do filme que representa o Brasil no Oscar.
Foi em 2020 que a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais foi reconhecida oficialmente pela Academy of Motion Picture, Arts and Sciences (AMPAS) como a única entidade credenciada a indicar o filme representante do Brasil no Oscar na disputa por uma vaga na categoria Melhor Filme Internacional. Antes, a seleção era feita pelo governo federal, através do extinto Ministério da Cultura.
Importante conquista na gestão de Jorge Peregrino também foi o reconhecimento pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha, que agora designa à Academia Brasileira a responsabilidade de escolher o longa brasileiro na disputa por uma vaga nos Prêmios Goya, na categoria Melhor Filme Ibero-Americano.
Apesar das dificuldades impostas pela pandemia do Covid-19 nos últimos dois anos, a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais também conseguiu realizar ininterruptamente o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Em 2022 e já sob gestão de Renata Almeida Magalhães, a principal premiação do setor audiovisual estará de volta ao formato presencial, com cerimônia marcada para o dia 10 de agosto, na Cidade das Artes, Rio de Janeiro.
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