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09 Maio 2014 | Redação

Segundo dia da Semana ABC conta com mesa redonda sobre digitalização

Palestrantes criticam falta de preparo de projecionistas na exibição em festivais

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(Foto: Arquivo Exibidor)

Durante o segundo dia da Semana ABC, mesas redondas discutiram o processo de digitalização e a evolução na qualidade das imagens dentro dos cinemas, além de uma discussão sobre o diretor de fotografia e os efeitos.

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Às 16h, Adrian Tejido, diretor de fotografia, Simonetta Persichetti, fotógrafa e doutora em psicologia social, e José Francisco Neto, supervisor de finalização, comentaram a evolução na qualidade da imagem no cinema e falaram sobre as vantagens das telas grandes e como elas influenciam no espetáculo dentro da sala de exibição.

“Mais resolução vai ser bom, dará mais opções para o espectador. Hoje a criança cresce com muita informação na tela, consegue acompanhar diversas coisas ao mesmo tempo. Na tela vai caber bastante coisa, pessoas mais antigas, como eu, não vão conseguir acompanhar, mas a molecada vai assistir e vai ser um passo importante para o cinema”, afirmou Francisco Neto.

Em seguida, para fechar a noite, Renata de Almeida, Diretora da Mostra Internacional de Cinema de SP, Kiko Ferraz, mixador e editor de som e Rodrigo Monte, diretor de fotografia, falaram sobre a exibição digital em salas comerciais de cinema e criticaram o atual despreparo de projecionistas, especialmente em festivais, que muitas vezes regulam a projeção do longa de maneira errada, prejudicando a imagem e o som.

“Em 2012, exibimos um filme chamado Da Lua no festival de Gramado e ele é um filme de skate. E ele é um filme de velocidade, colocamos inclusive som de jato. E de repente tinha uma cena onde ele passava pra esquerda, e o som passava pra direita. Tudo isso porque alguém trocou um cabo”, afirmou Ferraz.

Renata de Almeida afirmou que a digitalização ainda está em fase de amadurecimento no Brasil e muitos festivais ainda estão se adaptando a nova situação: “O cinema virou um produto perecível. Você tinha 100 anos de película, você tinha um projetor pronto, tinha manutenção de lâmpada. E de repente inventaram isso como algo mais barato, que não é. Não é mais barato pra filmar, não é mais barato para o exibidor e é um mal negócio para os filmes pequenos”, explicou. “Com o digital, mesmo que você assista antes, pode dar problema. Testa antes e, na hora, não abre. O cinema digital é isso, as vezes não abre. Um técnico pode te falar uma coisa e como leiga, não abre”.

Contudo, Renata afirmou que a situação está melhorando e ano passado no Festival de São Paulo, por exemplo, foram apenas 10 filmes com problema em DCP, 15 por problemas em projetores, em mais de 1000 filmes, o que foi considerado uma vitória.

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