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25 Maio 2022 | Renata Vomero

Cinemark segue estudo sobre preços dinâmicos e busca abrir espaço para Netflix

Sean Gamble falou sobre futuro da rede em conferência realizada ontem (24)

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(Foto: Cinemark )

Nesta terça-feira (24), Sean Gamble, CEO da Cinemark, participou da Conferência Global de Tecnologia, Mídia e Comunicações da J. P. Morgan, nos EUA, ocasião em que falou sobre os números recentes da rede, bem como seu futuro.

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Com bom otimismo acerca do cenário atual, que evidencia retomada dos públicos ao cinema, mesmo que gradual, além de interesse por diversos tipos de filmes e assuntos, Gamble ressaltou que a Cinemark deve manter sua política de experimentação acerca de preços dinâmicos.

Embora a empresa não abra valores, nem resultados, por enquanto, a rede afirma que sua estratégia de mudança de preço de acordo com o tipo de conteúdo, horário ou outras variáveis está trazendo excelentes resultados.

Outra experimentação foi a abertura de espaço para lançamentos mais amplos de filmes da Netflix, algo que a rede sempre pensou em fazer, mas encontrava dificuldades na negociação com a plataforma.

No entanto, depois de algumas tentativas de sucesso na pandemia, Gamble acredita que esse seja um bom momento para explorar isso, tanto porque a Netflix vem investindo mais em longas de maior qualidade cinematográfica, trazendo talentos de Hollywood para trabalharem exclusivamente para o streaming, tanto pela concorrência que ela vem enfrentando, o que recentemente, inclusive, resultou em uma queda de assinantes na plataforma.

Ou seja, o cinema, de acordo com Gamble, pode sim ser o diferencial para a Netflix reconfigurar seu modelo de trabalho e atrair novos e mais clientes, se não isso, ao menos é uma fonte diferenciada de receita para a plataforma.

Mas falando em streaming, o executivo também destacou o quanto a janela de 45 dias tem se mostrado acertada para os filmes entre o cinema e o streaming.

“Estamos vendo pelo menos a maioria das bilheterias acontecer nos primeiros 45 dias. Então, aqueles filmes que tiveram essa janela, como mencionei, os vimos atuando em níveis pré-pandêmicos ou melhores”, ressaltou.

Outros títulos que estão tendo bons desempenhos são filmes independentes e menor orçamento, caso recente de Dog e de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, ambos se destacaram nas bilheterias. Aliás, alguns destes títulos são justamente o perfil que poderíamos encontrar no streaming, no entanto, estão sendo apostas de distribuidoras para os cinemas.

Agora, segundo Gamble, o desafio está em convencer o público mais sênior a voltar para a sala escura. Algo que foi visto nesta semana na América do Norte com Downton Abbey 2 (Universal) e que deve ser muito reforçado com a chegada de Top Gun: Maverick (Paramount).

Recentemente, a rede apresentou os números do primeiro trimestre do ano, o que denotou boa recuperação. Na divulgação, a Cinemark apenas ressaltou que essa recuperação está sendo mais lenta por conta da quantidade abaixo da média de conteúdos nos cinemas, isso porque muitas paralisações foram feitas nas produções, o que causou adiamentos para 2023.

 

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