29 Março 2022 | Renata Vomero
Rotatividade de assinaturas em streamings deve ser padrão no comportamento dos consumidores
Pesquisa da Deloitte analisou hábitos de consumo nas plataformas
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Segundo dados da pesquisa Digital Media Trends 2022 da Deloitte, empresa de consultoria, a rotatividade de assinaturas em streaming deve ser o comportamento padrão dos consumidores neste momento e futuro próximo.
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Quando falamos em rotatividade de assinaturas, se trata da prática de assinar um serviço e cancelar a assinatura depois de consumir determinado conteúdo que foi atraente ao consumidor.
De acordo com os dados do relatório da análise, essa taxa de rotatividade se mostrou constante no patamar de 37% nos EUA e de cerca de 30% em países como Reino Unido, Alemanha e Japão.
Uma parte interessante do estudo destaca o recorte de idade deste comportamento, muito mais comum entre os jovens, principalmente entre os milenniuns e geração Z, mais de 50% dos entrevistados dessas faixas etárias afirmaram terem assinado e depois cancelado um serviço de streaming nos últimos seis meses.
E isso, claro, é um dado preocupante para as plataformas, que vão precisar analisar e rever seu modelo de negócios para conseguir manter esses clientes fidelizados em seus serviços de streaming.
Na análise do The Hollywood Reporter, na qual os números foram reportados, a empresa destacou que este comportamento é natural entre os jovens, por estes serem nativos digitais, portanto, não terem dificuldade nestas etapas de assinar e cancelar, muito menos terem certo tipo de apego com suas assinaturas.
Este fenômeno veio acompanhado ao boom dos streamings, com uma infinidade de plataformas oferecendo os mais variados tipos de conteúdos audiovisuais em seus catálogos. Algo que era diferente quando o segmento era dominado por alguns dos principais players do mercado.
Com essa consolidação do comportamento, a bola volta às mãos dos serviços que vão precisar encarar o desafio de compreender exatamente o comportamento desses clientes para conseguir fideliza-los.
Para a consultoria, a principal estratégia para manter as assinaturas é oferecer conteúdo atrativo com frequência, já que é por determinado conteúdo que estas pessoas assinam os serviços, e é pelo preço que elas cancelam a assinatura.
Uma outra alternativa, inclusive, destacada na pesquisa, é trabalhar com as opções de assinaturas mais baratas quando apoiadas por publicidade. Uma parte dos entrevistados disse não se importar tanto com anúncios, desde que façam sentido. Ainda, mais de 40% dos entrevistados disseram preferir pagar mais para manter o serviço sem publicidade.
Outras alternativas que podem ser viáveis neste caso, talvez seja um estudo de precificação e a oferta mais atrativa de promoções envolvendo combos com outros serviços ou planos diversificados, incluindo, uma boa oferta para a assinatura anual.
De qualquer forma, as frequentes notícias de plataformas adquirindo diretos de grandes obras, contratando os maiores astros e talentos da indústria, ou comprando alguns dos maiores estúdios de Hollywood, caso da aquisição do MGM pela Amazon, mostra o quanto estão atentas para essa questão.
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