12 Novembro 2021 | Renata Vomero
Professores detalham conteúdo de capacitação oferecida no FAAP Day na Expocine
Aulas serão ministradas na Sala SPcine no primeiro dia do evento
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Confirmando uma parceria consolidada de atuação na formação e capacitação do setor audiovisual, a Expocine receberá mais uma vez o apoio da FAAP (Faculdade Armando Alvares Penteado) para apresentação do curso que marca o primeiro dia do evento, sendo uma das atrações mais procuradas da convenção anualmente.
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A FAAP com toda sua tradição na formação para o mercado audiovisual, através de Humberto Neiva e Luciana Rodrigues, Coordenadores da Graduação e da Pós-Graduação em Cinema da instituição, apresentam as atividades do primeiro dia da Expocine, em 16 de novembro. O chamado “FAAP DAY” contará com um curso sobre “Cadeia de Direitos na Produção, Distribuição e Difusão de obras”, com um conteúdo riquíssimo que vai elucidar vários aspectos jurídicos, riscos e estratégias para todas as etapas da produção audiovisual, desde a contratação dos talentos até a assinatura dos contratos de distribuição.
Para isso, a FAAP vai trazer dois especialistas no assunto. No período da manhã, das 9h30 às 12h30, Rodrigo Chacon apresenta “Clearance na Cadeia de Direitos - Cuidados e riscos para os diferentes agentes do mercado audiovisual”. À tarde, das 14h às 17h, Raquel Lemos apresenta “O consumismo audiovisual e a análise de riscos jurídicos ou criativo”.
O curso será ministrado em formato online e estará disponível tanto na versão de credenciamento In loco, como no credenciamento virtual.
Ao Portal Exibidor, Rodrigo Chacon e Raquel Lemos contaram o que os interessados poderão conferir durante o curso, bem como o mercado pode se beneficiar da capacitação:
O que prepararam para o curso da Expocine?
Raquel Lemos: Mais do que um curso, o que temos é um percurso. Ou seja, num momento de ágeis mudanças de consumo do público ou usuário, investimentos das plataformas de streaming, assimetria regulatória, migração expressiva dos investimentos da publicidade para o ambiente digital, fortalecimento da arquitetura narrativa, algoritmos, retomada das salas de cinema e sua gentil ocupação, a narrativa contínua e de final aberto, a franquias seriadas, o refinamento da distribuição, as transformações do ritmo e impacto de produção, tudo isso nos leva ao atual de impermanência do audiovisual. Por isso, acredito num percurso, datado, dedicado ao presente.
Rodrigo Chacon: Preparei um material que irá tratar desde os conceitos principais sobre direitos autorais e da personalidade, chegando a explicação do fluxo de uma produção audiovisual, e da importância da cadeia de direitos que vai da ideia até a exibição da obra. Em especial, trataremos sobre os cuidados e riscos apresentados em cada momento da cadeia.
Quais são os destaques da capacitação?
RQ: Creio que um dos destaques é avaliarmos sobre a ótica jurídica o desafio da proliferação de conteúdos para o desenvolvimento e em especial, o planejamento executivo - cinema, tv aberta, tv paga e streaming ou produtora - a cadeia toda impactada por um voraz apetite audiovisual. Um dos propósitos é refletirmos sobre o quanto, de fato, estamos dispostos a avaliar, incrementar ou rever os processos de criação e produção. A capacitação é o lugar para exercitarmos os riscos da produção e o que podemos extrair destes custosos aprendizados. Um empreendimento audiovisual é gerenciar riscos, e o que esta capacitação se propõe é a provocar entendimento sobre o apetite de risco gerenciável em cada etapa da cadeia audiovisual.
RC: Destaco a explicação dos diferentes tipos de riscos que irão variar se o projeto audiovisual for baseado em uma obra literária, em uma ficção original ou em um documentário ou uma ficção baseada na vida de uma personalidade famosa.
Para quem ele é voltado?
RQ: Executivos ou profissionais dispostos a revisitar sua percepção para análise de risco e gerenciamento do fazer audiovisual, sob a ótica jurídica.
RC: Ele é voltado para todos do segmento audiovisual, uma vez que iremos falar de riscos e cuidados desde o começo da criação de um projeto audiovisual até a sua exploração. Como o produtor fica na principal linha de frente na aquisição desses direitos, vai haver um foco especial para ele, mas também lidaremos com os riscos voltados aos distribuidores e exibidores.
Como o mercado pode se beneficiar desta capacitação?
RQ: Acredito que do manacial ou repertório sobre riscos e gerenciamento no audiovisual que como advogada usufruo. Nesta ponte entre academia e mercado. O franco acesso aos distintos modelos de negócio no audiovisual que usufruo, acaba por me apresentar distintos ´modos de fazer´ (ways of work) das produtoras audiovisuais brasileiras. Ali, no campo jurídico é que as competências se mostram, é no encontro técnico entre sócios, executivos e jurídico que os riscos se tornam administráveis. Capacitar é a pausa necessária à indústria audiovisual - precisamos deste espaço de aprendizagem para equilibrar uma cultura de produção e de negócios que é baseada na transmissão da experiência.
RC: Quanto mais os agentes do mercado estiverem cientes dos potenciais riscos durante a produção e exploração de uma obra audiovisual, maior será a chance de mitigar tais riscos e saber o melhor caminho a ser tomado. Cada projeto é único, mas conseguimos mapear os principais pontos de atenção que sempre devem ser observados.
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