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25 Outubro 2021 | Renata Vomero

"Duna" tem melhor abertura da Warner na América do Norte durante a pandemia

Produção faturou US$40,1 milhões em seu primeiro fim de semana

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(Foto: Warner)

O aguardado Duna (Warner) finalmente estreou nos principais mercados do mundo e vem mostrando que está fazendo jus às expectativas, principalmente na América do Norte. Na região, o longa abriu com bilheteria de US$40,1 milhões, a melhor abertura da Warner durante a pandemia. Os dados são da Comscore.

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Embora os números possam parecer abaixo do esperado, tendo em vista a abertura recente de Venom: Tempo de Carnificina (Sony), por exemplo, que fez US$90 milhões na estreia; o resultado de Duna precisa ser levado em consideração com relação também à sua estreia simultânea na HBO Max na região.

A Warner já enfatizou em diversas ocasiões que esta estratégia só seguirá até o fim deste ano e essa é uma resolução bastante importante tanto para os exibidores, quanto para a empresa, embora a major já tenha se posicionado dizendo que não divulgará os números de seus lançamentos no streaming, sem dúvida, ela está perdendo dinheiro na bilheteria por conta do formato escolhido.

Duna foi um dos filmes que geraram polêmica logo quando a Warner anunciou que faria os lançamentos em formato híbrido na América do Norte, contando com críticas tanto da equipe, quanto da produtora do filme, a Legendary Films. Impactado pela onda de adiamentos da pandemia, o longa ficou com a data marcada agora para outubro, o que foi uma decisão bastante acertada, com o maior controle da pandemia.

No entanto, o diretor Denis Villeneuve deixou bem claro desde o início que este era um filme para ser visto na tela grande, na maior tela possível, inclusive. Somada a isso, a produção que adapta o romance épico de Frank Herbert, foi pensada para ter uma continuação e aí é que a expectativa cresce: o sinal verde para a parte 2 só virá dependendo do resultado desta primeira parte.

Pelo que os executivos da Warner disseram nesta semana, essa continuação está praticamente confirmada. Mas ainda será necessário um olhar cuidadoso quanto a isso, já que estima-se que o longa teve custo de cerca de US$165 milhões e acabou de ultrapassar US$220,7 milhões na bilheteria global.

No Brasil, um mercado onde a ficção científica não faz os olhos do público brilharem tanto, o filme não desbancou a liderança de Venom: Tempo de Carnificina (Sony). O longa da Warner abriu com público de 240,8 mil pessoas e renda de R$5 milhões. Diferente da América do Norte, esta não foi a maior abertura da Warner na pandemia, sendo que tanto O Esquadrão Suicida, quanto Invocação do Mal 3 – A Ordem do Demônio tiveram público acima dos 300 mil na estreia.

Na Ingresso.com, no entanto, isso se mostrou um tanto diferente, já que Duna liderou as compras na plataforma, representando 39% das transações entre 21 e 24 de outubro. O filme é seguido pelo simbionte alienígena da Sony.

Brasil

Mesmo com a aguardada estreia de Duna, os números de renda da bilheteria brasileira mostraram uma leve queda com relação à semana anterior. Os dez filmes de melhor performance somaram R$16,2 milhões e público de 855,8 mil. Os dados são da Comscore.

Venom, que segue na liderança, faturou R$6,3 milhões com a venda de 361,5 ingressos. O longa da Sony se aproxima do acumulado de R$50 milhões e 3 milhões de público.

Além da estreia de Duna, a bilheteria contou também com Ron Bugado entre as novidades. A animação da Disney fez abertura de R$1,5 milhão com 90,7 mil ingressos vendidos.

Já a sequência Halloween Kills: O Terror Continua (Universal) faturou R$1,3 milhão com público de 78,5 mil pessoas. O longa, uma ótima pedida para o fim de semana de Halloween, se aproxima dos 300 mil ingressos vendidos.

O agente secreto mais famoso dos cinemas segue com bons números no Brasil. 007 – Sem Tempo Para Morrer (Universal) arrecadou R$1,2 milhão com a venda de 50,1 mil ingressos. O 25º filme da saga está bem perto de ultrapassar a marca de um milhão de público.

América do Norte

Já citamos acima o desempenho de Duna em sua estreia na região. A ficção científica comandada por Denis Villeneuve foi seguida por Halloween Kills: O Terror Continua (Universal), o filme protagonizado por Jamie Lee Curtis faturou US$14,5 milhões e chega a um acumulado de US$73,1 milhões nesta segunda semana.

007 – Sem Tempo Para Morrer, também da Universal, fez US$11,8 milhões, uma queda de apenas 50% com relação à semana passada, esta foi a terceira semana do filme nos cinemas da região.

Tem uma informação curiosa sobre a bilheteria norte-americana. O longa A Crônica Francesa (Disney), novo título de Wes Anderson, estreou com US$1,3 milhão. Este é um recorde para um filme independente, já que está presente em apenas 52 cinemas da região, representando um faturamento de US$25 mil por cinema, muito acima da média dos blockbusters, inclusive.

Global

Não tem como não chamar a bilheteria global deste fim de semana de outra coisa senão saborosa. Duna liderou a arrecadação com US$87,5 milhões, chegando a um acumulado de US$220,7 milhões. Foram US$47,4 milhões conquistados no mercado internacional.

O sucesso é seguido por Venom: Tempo de Carnificina (Sony) que faturou US$47,4 milhões, sendo US$38,3 milhões dos territórios internacionais. O filme já conta com a soma de US$352,4 milhões.

E, claro, que James Bond não ficaria de fora. O novo filme da saga arrecadou US$44,9 milhões e já conta com a excelente soma de US$525,6 milhões. A produção estreia nesta semana na China, o que deve alavancar a performance do filme.

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