23 Setembro 2021 | Renata Vomero
Estudo analisou impacto de representação de assuntos de saúde mental no público jovem
Análise mostrou que abordagem responsável do tema é bem vista pela faixa etária
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Uma pesquisa encomendada pela British Board of Film Classification (BBFC) analisou o impacto da uma representação de temas ligados à saúde mental na televisão e cinema para o público jovem do Reino Unido. 68% deles disseram que ver retratos positivos sobre o tema ajuda a acabar com o estigma em torno de doenças mentais. As informações são da Variety.
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A pesquisa concluiu que estas representações ajudam os espectadores a entenderem melhor essas questões, podendo servir de estímulo para buscarem ajuda ou ao menos se abrirem com amigos ou colegas. 48% dos entrevistados relataram isso aos pesquisadores. O estudo foi conduzido com jovens entre 13 e 18 anos.
Entre as maiores preocupações deste público com relação a doenças relacionadas à saúde mental são ansiedade, estresse e depressão, outros assuntos também citados foram imagem corporal, suicídio e automutilação. 64% dos participantes disseram julgar apropriado que sejam acrescentados avisos de gatilhos para as pessoas que estiverem assistindo.
78% dos jovens acreditam que a mídia tem papel fundamental em desmistificar o assunto e também de representá-lo de maneira responsável.
“Filmes e programas de TV têm um papel muito importante a desempenhar, com o conteúdo muitas vezes atuando como uma ponte para os adolescentes explorarem sua própria saúde mental. É por isso que o papel do BBFC é mais importante do que nunca. Estamos aqui para dar aos adolescentes o que eles dizem que querem e precisam - classificações etárias e avisos de conteúdo fáceis de entender, baseados em uma extensa pesquisa sobre os sentimentos e reações do público do Reino Unido, e refletem o que as pessoas realmente pensam - então eles podem navegar por suas próprias experiências e começar a falar sobre elas com seus amigos e irmãos mais novos”, comentou David Austin, presidente-executivo do BBFC.
Esse tema dos alertas de gatilho ganhou força quando a Netflix lançou a série 13 Reasons Why, em 2017, que trata do suicídio de uma jovem e o impacto em sua comunidade de amigos. Na época, o streaming foi muito criticado por não trazer estes avisos, o que o fez acrescentá-lo depois em todos os episódios e passar a adotar a prática desde então.
Em paralelo à análise, o BBFC lançou também um material educativo para jovens entre 14 e 16 anos explicando a importância dessas representações na mídia, mas também reforçando o seu impacto em quem está assistindo.
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