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22 Setembro 2021 | Renata Vomero

Disney prevê desaceleração neste trimestre e anuncia novidades para o fim do ano

CEO Bob Chapek participou de conferência nesta terça-feira (21)

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(Foto: Disney)

Em uma conferência realizada nesta terça-feira (21) voltada ao mercado de investimentos, Bob Chapek, CEO da Disney, falou sobre a expectativa de crescimento do Disney+ e se posicionou sobre a recente polêmica envolvendo o processo aberto pela atriz Scarlett Johansson.

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No evento, o executivo confessou que há expectativa de menor crescimento do streaming da major neste quarto trimestre, que se encerra em 30 de setembro. Segundo Chapek, o aumento no número de assinantes será em torno de um dígito de milhões, destacando que, embora com expectativa de crescimento anual, a empresa não acredita em crescimento linear.

“As previsões numéricas de analistas tendem a ser muito mais barulhentas do que uma linha reta trimestre a trimestre, e vimos parte disso neste trimestre”, acrescentou Chapek.

Ele diz isso porque no encontro anual com investidores que aconteceu no fim do ano passado, os analistas projetaram que a empresa poderia chegar a 260 milhões de assinantes em 2024.

Além disso, Chapek comentou o impacto do coronavírus no mercado, destacando o quanto ainda está incerto. Mais do que isso, o CEO da Disney ressaltou o quanto a ameaça da variante delta afetou as produções, muitas delas paralisadas, o que definitivamente causará adiamentos futuros, ainda não sabemos quais. Recentemente, a Disney divulgou o calendário da Marvel para os cinemas para os próximos anos, não se sabe se essa programação já leva em conta as paralisações recentes ou não.

Mesmo diante dessas expectativas, para o cinema, parece que as coisas estão melhorando para a major, tendo em vista os bons resultados de Shang-Chi, Jungle Cruise, Free Guy e Viúva Negra, este que vem rendendo polêmicas por conta do lançamento híbrido no Disney+, que faturou US$60 milhões na plataforma no fim de semana de estreia.

Com isso, a estrela do filme, Scarlet Johansson, abriu processo contra a empresa por quebra de contrato, já que além de seu cachê, o documento previa bonificação em cima do lucro de bilheteria, afetado pelo formato de estreia.

Coincidência ou não, depois da abertura do processo, a Disney passou a lançar seus filmes com exclusividade nos cinemas, e já anunciou que se manterá assim neste ano. Claro que o executivo, apesar de não citar nomes, se posicionou sobre o processo aberto.

“Lembre-se, esses filmes foram feitos três ou quatro anos atrás; esses negócios foram fechados há três ou quatro anos. Em seguida, eles são lançados no meio de uma pandemia global, onde a própria pandemia está acelerando uma segunda dinâmica, que é essa mudança no comportamento do consumidor. Então, estamos colocando um pino quadrado em um buraco redondo agora, onde temos um acordo concebido sob um determinado conjunto de condições, que na verdade resulta em um filme que está sendo lançado em um conjunto de condições completamente diferentes”, comentou.

Além disso, Bob Chapek revelou que esse tema da remuneração dos talentos é algo importante e está sendo levado em consideração nas negociações neste momento. Ele disse que os talentos da Disney são o maior ativo da empresa, portanto, devem ser valorizados propriamente. Um exemplo é a confirmação da sequência de Cruella, com Emma Stone no papel principal. A estrela havia dado indícios de que entraria com processo semelhante ao de Scarlet, já que o filme foi lançado no mesmo formato.

Para finalizar a conferência, a Disney anunciou a realização do Disney+ Day, em 12 de novembro, um evento online em que se celebra o aniversário da plataforma com estreias programadas e divulgação de prévias e novidades dos próximos lançamentos. Entre os conteúdos que ficarão disponíveis aos assinantes estão Shang-Chi e Jungle Cruise.

“O primeiro Disney+ Day será uma celebração em grande escala de toda a companhia, dedicada aos assinantes do serviço. Este dia de agradecimento dá vida à nossa missão de entreter, informar e inspirar fãs e famílias em todo o mundo através do poder de contar histórias inigualáveis, e se tornará um evento anual a ser ampliado em todos os nossos negócios globais”, reforçou Chapek.

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