08 Setembro 2021 | Renata Vomero
Com homenagem a Helena Ignez, Festival Cinefantasy acontecerá em formato híbrido
Evento será realizado entre os dias 9 e 19 de setembro
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Considerado o mais importante festival de cinema fantástico do Brasil e entre os maiores da América Latina, o Cinefantasy chega à sua 12ª edição com um total de 119 filmes de 34 países. O evento acontece de 09 a 19 de setembro, de forma híbrida, na plataforma Innsaei.TV (https://innsaei.tv/) e sessões presenciais em Fortaleza, no Ceará (Cineteatro São Luiz), com toda programação gratuita.
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A grande homenageada desta edição é a atriz e diretora Helena Ignez, ícone total do cinema nacional, que recebeu o prêmio de público na 9ª edição do Cinefantasy, com a obra Fakir. O festival celebra a carreira da atriz, protagonista de obras icônicas, como O Bandido da Luz Vermelha, Copacabana mon Amour, entre outros, além de diretora de filmes premiados como Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha, A Moça do Calendário, Fakir, etc. O festival vai exibir os filmes A Miss e o Dinossauro, Canção de Baal, Feio, Eu?, Luz nas Trevas, Ossos, Poder dos Afetos, Reinvenção das Ruas, e o documentário A Mulher de Luz Própria de Sinai Sganzerla, na plataforma SPCine Play.
A Mostra de longas de ficção conta com um total de 16 títulos, de países como Alemanha, Argentina, Áustria, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Costa Rica, El Salvador, Espanha, Etiópia, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Reino Unido, Rússia e Tailândia, sendo 15 produções e coproduções inéditas no Brasil e na América Latina.
Com curadoria de Monica Trigo, presidente da FANTLATAM – Alianza Latinoamericana de Festivaldes de Cine Fantastico, a América Latina ganha força nesta edição com oito obras de longas-metragens. Entre os destaques, a Première Mundial do filme As Almas que Dançam no Escuro, do premiado diretor Marcos DeBrito; Jim Button e os 13 Selvagens, grande vencedor da Bavarin Film Awards na categoria filme para jovens, dirigida por Dennis Gansel; Cadaver Exquisito, de Lucía Vassallo; Días de Luz, uma coprodução dos países da América Central com diretores do Panamá, Nicarágua, Costa Rica, Honduras, El Salvador, Guatemala; o filme boliviano Anomalia, de Sergio Vargas Paz - eleito como melhor roteiro na cerimônia do Grand Prêmio FANTLATAM (2021); Rendez-Vous, de Pablo Olmos Arrayales, vencedor dos principais festivais do México e de melhor filme e atriz no Grand Prêmio FANTLATAM (2021), e o premiado Carro Rei, da pernambucana Renata Pinheiro, protagonizado pelo ator Matheus Nachtergaele.
A Mostra Documentários traz nove longas de países como Canadá, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, França, Brasil e Índia, a maioria inéditos no Brasil. Entre eles: Kalpavigyan: Uma Jornada Especulativa, de Arunava Gangopadhyay, primeiro documentário sobre a história de Bangla Kalpavigyan e sobre a ficção científica indiana; o francês Nós Somos as novas Quimeras, de Mathias Averty; o espanhol Arcadeologia, de Mario-Paul Martínez Fabre, segue os passos da associação Arcade Vintage que se encarrega de preservar o legado do videogame; o canadense Paraíso Perverso, de Naddine Madell com uma exclusiva visão do mundo de uma dominatrix de elite, a Deusa Alexandra Snow. A curadoria é da jornalista e documentarista Flávia Guerra.
Já a Mostra de Curtas conta com um total de 86 títulos, de 22 países como Alemanha, Argentina, Austrália, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Coréia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Hungria, Indonésia, Itália, México, Noruega, Peru, Reino Unido, Taiwan e Turquia, selecionados para as 13 mostras competitivas, divididas pelos temas: Horror, Ficção Científica, Fantasteen, Fantasia, Estudante, Brasil Fantástico, Amador, Pequenos Fantásticos, Espanha Fantástica e Animação, além do pioneirismo mundial do gênero fantástico nas mostras Mulheres Fantásticas, Fantástica Diversidade e Fantastic Black Power. A América Latina também ganha grande destaque entre os curtas selecionados, com um total de 44 títulos, entre eles, 36 são curtas nacionais.
Pela primeira vez, a curadoria de um festival fantástico é composto somente por mulheres. A lista conta com quinze nomes, entre eles Flávia Guerra (Longas de Documentário), Graciela Guarani (Brasil Fantástico), Julia Katharine (Espanha Fantástica),e Monica Trigo (Longas de Ficção).
Segundo Monica Trigo, diretora do festival, "O cinema fantástico é um gênero com potencial criativo que permite viagens por territórios desconhecidos e inéditos, exercícios de imaginação, mas que também apresenta pautas atuais e necessárias, por isso, iniciamos a produção do festival trazendo o tema espinhoso do "Assédio no Cinema" para o centro dos nossos debates. Mas no meio do caminho, o grupo Talibã voltou ao poder no Afeganistão e lançamos nosso olhar para as meninas e mulheres que podem perder seus direitos à educação, ao trabalho, à liberdade de circulação e à vida. Deixamos aqui o nosso grito pela segurança e contra todas as formas de discriminação e abuso. Nós não vamos nos silenciar sobre as violências. É também o nosso papel", explica.
O corpo do júri também é formado somente por mulheres, no total, 45 juradas, entre elas, Cíntia Domit Bittar, Claudia Ruiz (Argentina), Cristiane Arenas, Daina Giannecchini, Danny Barbosa, Kátia Coelho, Kátia Nascimento, Malu Andrade, Minom Pinho, Sandra Becerril (México), Sabrina Greve e Simone Matos,
Os premiados receberão o troféu José Mojica Marins e o troféu João Acaiabe para a categoria Fantastic Black Power, e as produções brasileiras concorrem a vários prêmios de parceiros institucionais do festival. Além disso, os melhores filmes brasileiros de curta e longa-metragem serão indicados para o disputado Prêmio FANTLATAM, premiação internacional da Alianza Latinoamericana de Festivales de Cine Fantástico.
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