29 Junho 2021 | Renata Vomero
Investimento em produção global e licenciamento de novos conteúdos cresceu 16,4% em 2020
Estudo registrou gasto de US$220 bilhões impulsionado pelos streamings
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Um estudo realizado pela Purely, do setor de entretenimento e tecnologia, analisou o investimento dos players do mercado em produções globais e licenciamento de novos conteúdos em 2020. A pesquisa registrou um aumento de 16,4% nestes gastos, indo de US$189,1 bilhões para US$220,2 bilhões.
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Embora o estudo faça uma análise que envolve também o investimento de estúdios e produtoras independentes, este crescimento foi impulsionado pelos serviços de streamings, que expandiram seu alcance no ano.
O estudo, intitulado “An Industry Transformed” (Uma indústria transformada, em tradução livre) estimou, com base nos dados apresentados, que os gastos em 2021 devem ser de US$250 bilhões, o que representaria um novo aumento de 13,5% com relação a 2020.
Os dados apontam a Disney como a maior investidora, com gasto de US$28,6 bilhões no ano passado, ela vem seguida pela Warner Bros Discovery, com US$20,8 bilhões, pela Netflix, que investiu US$15,1 bilhões e pela Amazon, com US$11,8 bilhões - esta última neste ano já teve investimento de mais de US$8 bilhões apenas na compra da MGM, o que deve causar um aumento considerável em 2021.
A região que contou com o maior número de investimento foi a América do Norte, com US$149,3 bilhões, incluindo nesse valor os principais estúdios e conglomerados de mídia do mundo. Houve aumento de 16,1% na região, na Europa este crescimento foi de 11,8%.
Os pesquisadores também apontaram para as tendências de crescimento em outras regiões, maior do que na América do Norte, inclusive. Na África e no Oriente Médio, os investimentos cresceram 46,3%, chegando a US$2,8 bilhões. Na América Latina, o aumento foi de 32,9%, com gastos de US$5,2 bilhões. A Ásia teve força também, como de costume, crescendo 19% e tendo gastos de US$27 bilhões em conteúdos e produções locais. Importante notar que todos estes valores, com exceção da Ásia, nem se aproximam do que foi gasto exclusivamente pela Disney, por exemplo.
Outro dando interessante observado no estudo, foi o orçamento médio em séries televisivas nos Estados Unidos. Os números mostram um crescimento de 16,5% entre 2019 e 2020, indo de US$51,2 milhões para US$59,6 milhões por episódio. A análise aponta o aumento nos custos dos cachês dos talentos na pandemia e nos gastos para seguir os protocolos de segurança durante a pandemia como alguns dos principais fatores que levaram a este crescimento.
Os episódios da primeira temporada de The Mandalorian, do Disney+, custaram US$13,8 cada, já os da segunda, US$16,3 milhões. WandaVision e Falcão e o Soldado Invernal contaram com investimento de cerca de US$25 milhões por episódio. As duas primeiras temporadas de O Senhor dos Anéis estão custando US$23,3 milhões por episódio, em média. Ao que se sabe, a série está sendo a mais cara da história até o momento, com a primeira temporada tendo custo de mais de US$400 milhões. A série está sendo produzida pela Amazon.
Com relação ao número de assinantes dos serviços de streaming, o estudo apontou para crescimento até 2025, quando o mercado deve chegar ao número de 1,6 bilhão de assinantes globais. No momento, o valor é de 1,1 bilhão. As informações são do ScreenDaily.
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