16 Junho 2021 | Renata Vomero
Executivo responsável pelo Cining fala sobre lançamento da iniciativa no Brasil
Solução é novidade para o mercado exibidor brasileiro
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No mês passado a Paris Filmes anunciou o lançamento no Brasil do Cining, um serviço voltado ao mercado exibidor que oferece a opção de criação de salas virtuais para filmes que estão nos cinemas, ampliando o alcance destes títulos. O serviço fará sua estreia oficial amanhã (17), já em parceria com as principais redes do país.
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Sucesso no mercado argentino e chileno, o Cining é uma criação de Carlos Hansen, presidente e CEO da distribuidora de cinema chilena BF Distribution, responsável pelo serviço. Hansen se juntou com importantes nomes do mercado para levar a experiência do Cining para importantes territórios da América Latina. Entre eles está, Marcio Fraccaroli, CEO da Paris Filmes, responsável pela iniciativa no Brasil.
“A Paris Filmes é nossa parceira há anos, já nos conhecemos há muito tempo e temos vários projetos juntos. Este é mais um. Mas como a Paris também é do meu ponto de vista a melhor distribuidora do Brasil, é a parceira ideal pois uma das principais necessidades do projeto é fazer o grande público conhecer esses novos lançamentos. E não há melhor distribuidora para isso do que a Paris Filmes”, elogiou Hansen em entrevista exclusiva ao Portal Exibidor.
De fato, entre os lançamentos já programados com os cinemas do Brasil, todos eles, por enquanto, são títulos da distribuidora brasileira, alguns deles já lançados nos cinemas físicos e outros com estreia exclusiva no Cining, caso de Além das Montanhas, primeiro filme da parceria e que entrará em cartaz nas salas virtuais a partir de amanhã (17). Assim como ele, os títulos A Mão do Demônio, Sobreviva ou Morra Tentando e Astronauta – Um Sonho Extraordinário também serão lançados exclusivamente no Cining.
Com já grandes redes brasileiras abertas a este novo modelo de exibição, como Cinemark, Kinoplex, Cineflix, Cineart, Centerplex, Cinemais, Cinemaxx Cinemas, Circuito Cinemas, Grupo Cine, Topázio Cinemas, Moviemax Cinemas, Multicine Cinemas, CineA, Cinemagic, entre outros, e pelos sites de venda de tickets Ingresso.com e Velox Tickets, os executivos responsáveis pelo Cining parecem não ter encontrado dificuldade em negociar com estes grandes players do mercado brasileiro.
“Os cinemas enxergaram exatamente a mesma oportunidade de negócio que nós vimos. O Brasil é um território com poucas salas e, por isso, vários filmes não podem ser lançados em cinemas físicos, ou então a duração em cartaz é cada vez mais curta. Por isso o Cining vem para ajudar mais filmes a serem lançados em cinemas, só que agora em salas virtuais. Em resumo, todos nós vemos um grande potencial para o setor no Brasil”, comentou o executivo chileno, que ainda ressaltou que o maior desafio não foi de convencer os exibidores, já que as negociações partem do mesmo princípio dos lançamentos nas salas físicas, mas sim os produtores, que enxergam ainda este modelo como uma novidade desconhecida: “O grande desafio aqui é convencer os produtores do valor dessa nova janela e da oportunidade de negócio. Dados os bons números do Chile e da Argentina temos convicção de que no Brasil o Cinema Online também será um sucesso porque para todos é uma renda extra que antes não estava contemplada”, reforçou.
O acesso funciona por meio de ingressos adquiridos diretamente no site dos exibidores parceiros ou de vendas de tickets, e é feito digitalmente por meio de um código de acesso único e intransferível que garante até três reproduções em um período de 72 horas. Os lançamentos exclusivos são oferecidos por R$ 24,90, e os filmes que entram na sala de cinema online depois de passarem pelas telonas tem o valor especial de R$ 9,90. O conteúdo pode ser assistido através do aplicativo Cining disponível para Apple TV, Fire Stick, Roku e Chromecast, e pela web em www.cining.com.br/play.
Com a iniciativa, facilitada, claro, pela pandemia, que obrigou os cinemas a fecharem e o público a ficar em casa, haverá a possibilidade no futuro de muitos filmes terem um alcance mais amplo, além de conseguirem mais tempo dentro desse ambiente de cinema, antes que fiquem disponíveis em VOD ou streaming, algo que serve, e muito, como um complemento importante para os exibidores e um meio termo entre as janelas de exibição.
“Acredito que o mercado de exibição, quando a pandemia passar, continuará o mesmo de antes. Viver a experiência de ir ao cinema nunca vai ser substituído por assistir um filme em casa. Mas acreditamos que, graças ao Cining, a oferta em cartaz nos cinemas será mais ampla, uma vez que haverá lançamentos em cinemas físicos e digitais”, finalizou.
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