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08 Junho 2021 | Renata Vomero

"Missão Cupido" traz proposta pop ao gênero de comédia romântica nacional

"A gente vai voltar a se amar, porque faz parte da construção humana", comenta diretor do filme

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(Foto: Divulgação)

Programado para chegar aos cinemas em abril de 2020, com forte presença no circuito exibidor, a comédia romântica Missão Cupido (H2O Films) chegará nos cinemas nesta semana, às vésperas do Dia dos Namorados, ainda em um cenário de pandemia e bastante desafiador, mas com alta expectativa ao redor.

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O filme é dirigido e roteirizado por Rodrigo Bittencourt, com coprodução da Paramount e Raccord e distribuição da H2O Films, que programou o filme nesta data já no início do ano, apostando no apelo romântico da comemoração de Dia dos Namorados. Claro, com as expectativas alinhadas com o momento atual, que conta com importantes praças fechadas, horários reduzidos e limite de ocupação das salas. Atualmente, cerca de mil salas estão em funcionamento no país.

“É difícil, mas também eu tento ver o lado positivo das coisas, não sendo ingênuo, mas como os filmes americanos não estão vindo com tanta força, acaba ganhando mais espaço esse tipo de filme, que tem bastante o meu estilo, mais clipado, mais hollywoodiano, mais pop. O cinema brasileiro ganha com isso, porque está com menos competição”, explicou Rodrigo Bittencourt em entrevista ao Portal Exibidor.

Essa assinatura dele fica bastante impressa no filme, que deve atingir o público mais jovem. Inclusive pelo próprio elenco, que tem como protagonistas Isabella Santoni, Ágatha Moreira e Lucas Salles, além de Victor Lamoglia, Thais Belchior e  Rafael Infante.

O filme mostra a jovem Rita, interpretada por Isabella, sendo orientada por seu anjo da guarda, vivido por Lucas Salles, que tenta ajudá-la a encontrar um grande amor, enquanto ela é disputada pela Morte (Ágatha Moreira). Com essa mistura celestial, o diretor dá a protagonista bastante autonomia e independência, algo que não é tanto visto nas comédias românticas clássicas dos anos 1990.

“Eu sempre tive esse olhar sobre as mulheres, eu que escrevi o roteiro, então, a produtora Clélia Bessa teve a ideia de me colocar em uma sala só de mulheres e elas não acreditaram que era um homem que tinha escrito. A Rita, ela é super forte, não tem essa coisa pejorativa do olhar do homem, objetificado”, ressaltou o diretor.

O gênero de comédia de romântica fez um grande sucesso nos cinemas entre os anos 1990 e início dos 2000, mas perderam um pouco do espaço para as grandes franquias da cultura pop, principalmente de super-heróis.

No entanto, nos últimos anos, o gênero voltou a ganhar força, principalmente impulsionado pela Netflix, que investiu na repaginação do gênero para conquistar o público carente dessas produções.

“Sempre amei comédia romântica, um dos meus sonhos era filmar comédia romântica em Hollywood. Com essa questão que a gente tem de Tinder, desses aplicativos, que as relações ficam meio floco de neve, já não é mais nem líquido como dizia o Bauman, é gasoso, está etéreo, a gente não dá chance para se apaixonar, viver um grande amor e isso ficou um vazio, para mim que amo o gênero me sinto realizado de fazer uma comédia romântica, embora tenha mais comédia que romantismo. Em breve, a gente vai voltar a se amar, porque faz parte da construção humana esse amor. Os CEOs dessas grandes empresas estão sempre um passo à frente das tendências, o caso da Netflix produzir mais comédias românticas é de uma necessidade que a gente sente que precisa”, finalizou o cineasta.

Depois de fazer sua estreia nas telonas, o longa deve, inclusive, seguir carreira no streaming, primeiro no Telecine, que investiu na produção, depois devendo chegar no Globoplay.

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