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25 Maio 2021 | Renata Vomero

Executivos da Disney e ViacomCBS expõem suas visões sobre momento da indústria

Profissionais falaram em uma conferência sobre mídia na segunda-feira (24)

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(Foto: Divulgação)

Nesta segunda-feira (24) aconteceu a Global Technology, Media and Communications Conference da J.P. Morgan, empresa de investimento e serviços financeiros. O evento acontece anualmente e reúne executivos do setor de mídia e comunicação. Embora em momentos separados, e virtuais, estiveram presentes nesta edição Naveen Chopra, VP e CFO da ViacomCBS, e Bob Chapek, CEO da Disney.

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Ambos os executivos falaram sobre o momento atual da indústria, que envolve a retomada dos cinemas, o fortalecimento do streaming e a incerteza de como o consumidor reagirá a tudo isso no pós-pandemia.

Questionado sobre como a Disney está desenvolvendo suas estratégias de entretenimento para este ano, Chapek deixou claro que há uma volta gradual ao modelo mais tradicional de lançamento de filmes, embora não totalmente igual ao de antes da pandemia.

No entanto, a Disney está utilizando a estratégia de testar suas possibilidades de lançamentos, disponibilizando filmes simultaneamente nos cinemas e no Disney+, colocando alguns apenas no streaming e planejando algumas estreias exclusivas nas telonas.

Entre alguns dos aguardados títulos para este ano, está Viúva Negra, que marcará a volta da Marvel para os cinemas. A Disney tomou a decisão de lançá-lo no Disney+ no mesmo dia com o Premier Access, o que para Bob Chapek foi uma estratégia de segurança.

“Não queríamos atrasar Viúva Negra novamente, mas não podíamos colocar todos os nossos ovos na cesta de distribuição exclusiva de cinema”, comentou Chapek, que reforçou a ideia de que os cinemas estavam precisando de títulos fortes, mesmo que estes chegassem também ao streaming ao mesmo tempo.

Já sobre a decisão de lançar Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis e Free Guy exclusivamente nos cinemas, com janela de 45 dias até o streaming, há uma esperança maior no verão norte-americano, quando os cinemas podem estar mais aquecidos.

“Isso é mais tarde no verão, quando esperamos - esperamos, não temos certeza - que o mercado se recuperará mais plenamente, e esse tipo de lançamento fará mais sentido. Em algum momento, você terá que sair da doca e entrar no barco ... vamos ver como vai”, ressaltou o executivo.

Sobre este mesmo tema, o executivo da ViacomCBS, Naveen Chopra, afirmou que o encurtamento da janela de exibição já é uma realidade e que estão trabalhando no desenvolvimento das estratégias para atender a isso.

A Paramount+ anunciou que os títulos do estúdio deverão chegar no streaming com cerca de 30 a 45 dias depois do lançamento nos cinemas. Ao lado desta decisão, a empresa está investindo em conteúdos próprios da plataforma.

“Nossa estratégia de continuar a direcionar nossos ativos e recursos para o streaming está funcionando e isso é evidenciado pelos primeiros retornos que vimos da Paramount+”, ressaltou.

Ambos os profissionais foram questionados sobre como o anúncio da fusão entre a WarnerMedia e o Discovery impactam em suas próprias estratégias. Com a movimentação, deve surgir um grande conglomerado do setor de entretenimento, o que não assusta a ViacomCBS, que deverá manter as decisões relacionadas à Paramount e ao Paramount+.

“Continuamos gostando muito de nossa posição competitiva. Tivemos um tremendo impulso. A transação em si não muda nada em nossa estratégia. Estamos focados no crescimento do streaming e muito focados na transição de nossos ativos para ajudar a impulsionar este serviço”, comentou Chopra.

É o mesmo posicionamento de Bob Chapek, que afirma que as estratégias adotadas pela Disney não devem mudar com esse novo player chegando ao mercado.

“Estamos muito felizes com o modelo que temos, as estratégias que temos, e achamos que isso, para nós, não muda nada”, finalizou.

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