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07 Maio 2021 | Renata Vomero

Cinemark fecha novos acordos com majors de Hollywood nos EUA

Contratos devem prever encurtamento das janelas de exibição

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(Foto: Cinemark)

Esta sexta-feira está sendo movimentada para a Cinemark. A rede exibidora divulgou o balanço financeiro do primeiro trimestre do ano pela manhã e movimentou o mercado ao anunciar mais tarde a negociação de acordos nos Estados Unidos com os cinco principais estúdios de Hollywood: Warner, Disney, Universal, Sony e Paramount.

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Segundo informações da imprensa internacional, embora os detalhes dos acordos não tenham sido divulgados, eles devem caminhar para um consenso entre a rede e os estúdios para um encurtamento das janelas, possivelmente de 45 dias.

“A Cinemark está entusiasmada por ter chegado a novos acordos com nossos principais estúdios parceiros e estamos ansiosos para continuar oferecendo aos fãs de cinema um ambiente cinematográfico imersivo e grandioso para ver os próximos filmes, desde os maiores sucessos de bilheteria, passando por ofertas especiais para a família. Em nossos esforços contínuos para maximizar as bilheterias durante a pandemia e além, nosso objetivo é fornecer a mais ampla gama de conteúdo com termos que atendam aos melhores interesses de longo prazo da Cinemark, de nossos estúdios parceiros e do público cinéfilo. Estamos satisfeitos com esses desenvolvimentos recentes e confiantes de que estamos dando passos positivos para reativar as exibições e desenvolver a indústria para um cenário pós-pandêmico”, ressaltou o CEO da Cinemark, Mark Zoradi.

Ao que tudo indica, os contratos estão sendo negociados individualmente com cada uma dessas majors, devendo atender aos interesses de ambos os lados. Em novembro de 2020, a Cinemark fechou contrato com a Universal, possibilitando que os filmes do estúdio ficassem disponíveis em VOD após 17 dias de seu lançamento exclusivo nos cinemas. Já os títulos da Universal que rendessem mais de US$50 milhões no primeiro fim de semana, só poderiam ser lançados no formato digital depois de 31 dias, ou cinco fins de semanas. No entanto, não se sabe qual é o acordo realizado com a Universal neste momento.

Quanto à Paramount, já foi divulgado que seus principais títulos dos cinemas chegarão ao Paramount+ 45 dias depois do lançamento nos cinemas. Então, especula-se que esta será a janela negociada com a Cinemark.

Com relação à Warner, há o impasse referente à estratégia adotada pelo conglomerado para os títulos de 2021, que devem chegar simultaneamente na HBO Max nos EUA. A Cinemark não mostrou resistência a isto até o momento, já que a Warner esclareceu que a estratégia se limita apenas a 2021, mostrando que para 2022 deverá estabelecer os 45 dias de janela, como já fez em contratos com a AMC e Cineworld.

Sobre a Disney, houve recentemente a polêmica envolvendo o lançamento de Raya e o Último Dragão, lançado também em formato simultâneo com o Disney+ mediante pagamento adicional, além da assinatura do serviço. A Cinemark se recusou a exibir o filme na estreia, incluindo aqui no Brasil, por não concordar com os termos propostos pelo contrato da Disney.

No entanto, ao que tudo indica, este problema está superado e a Cinemark e a Disney chegaram a um acordo de exibição. Porém, ainda não se sabe os detalhes deste acordo. O conglomerado de mídia já confirmou o lançamento simultâneo neste ano tanto de Cruella, quanto do aguardado retorno da Marvel aos cinemas, Viúva Negra.

A Sony é a única major que não lançou um serviço de streaming próprio e nem deve lançar. A empresa fechou acordo com a Netflix para que seus filmes cheguem ao streaming depois do lançamento exclusivo nos cinemas, o que deve ter sido acordado com a Cinemark agora.

Balanço financeiro

Além destas novidades, na manhã desta sexta-feira (6), a Cinemark divulgou o resultado financeiro do primeiro trimestre do ano. Apesar da melhora na situação nos Estados Unidos, com a reabertura dos cinemas, a empresa de exibição ainda foi duramente impactada pela pandemia, apresentando prejuízo de US$208 milhões no período.

Em 31 de março, data do fechamento do trimestre, a Cinemark reportou contar com 301 unidades nacionais abertas e 78 unidades internacionais. A receita do trimestre, portanto, foi de US$114,4 milhões, uma diferença significativa com relação ao mesmo período de 2020, que registrou US$543,6 milhões, no entanto, compreendendo meses que antecederam a pandemia.

A empresa está otimista e acreditando na recuperação dos números para os próximos meses. “Mais de um ano se passou desde que COVID-19 levou ao fechamento de nosso circuito global, e hoje tenho o prazer de informar que agora estamos ativamente no caminho da recuperação”, afirmou o CEO da rede.

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