26 Março 2021 | Renata Vomero

Primeiros resultados de "Godzilla vs. Kong" sinalizam para volta da normalidade

Filme dos gigantes abriu na China com bilheteria de quase US$20 milhões

Uma das estreias mais aguardadas do ano e uma grande aposta da Warner para os cinemas, Godzilla vs. Kong estreou em diversos mercados internacionais nesta semana e já está alcançando números elevados, comparados, inclusive, ao período de pré-pandemia.

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Ao menos é o que a bilheteria chinesa vem mostrando. Por lá, o filme estreou nesta sexta-feira e já registrou bilheteria até às 20h locais de US$18,2 milhões, número que deve crescer até o fim do dia. O resultado coloca o filme muito próximo ao seu antecessor, Godzilla II: Rei dos Monstros, de 2019, que fez US$20,9 milhões nos cinemas chineses no primeiro dia e US$66 milhões no fim de semana de estreia. As projeções chinesas para o lançamento de 2021 apontam para a possibilidade de arrecadação de US$166 milhões acumulados durante toda sua carreira nos cinemas do país.

Mas se engana quem acha que o sucesso se restringe à China, com abertura também no México, Coréia do Sul, Índia e Rússia, só para dizer alguns dos mercados com o filme em cartaz, as primeiras informações dão conta que a produção vendeu 350 mil ingressos em seu primeiro dia no México. O número também se aproxima dos valores de antes da pandemia e está animando o mercado.

Já na Índia, segundo a imprensa local, o filme faturou em torno de US$1,6 milhão nos dois primeiros dias, devendo crescer no fim de semana. Importante ressaltar que o mercado de cinema indiano é totalmente dominado por Bollywood, indústria local. Portanto, os filmes de Hollywood tendem a brigar por espaço no país. Godzilla II: Rei dos Monstros fez US$2,6 milhões em seu fim de semana de estreia na Índia.

No Brasil, Godzilla vs. Kong entra em cartaz em 29 abril e possivelmente será o grande chamariz para o público na retomada aos cinemas. Afinal, é um filme grandioso para se assistir na grande tela.

Nos EUA, a produção estreará em 31 de março, mesmo dia que ficará disponível na HBO Max. Ainda assim, espera-se grande movimentação nos cinemas, já que esta será a primeira superprodução a estrear nos principais circuitos recentemente reabertos do país. Com a gradual reabertura na região, e entre abril e maio, também da Europa, realmente o filme tem de tudo para ser a força para o setor de exibição e dar os vislumbres da normalidade após a crise.

Aqui vale ressaltar que a Warner recebeu proposta de vender o filme para a Netflix pelo valor de US$200 milhões e recusou a oferta. Quando saiu a notícia do lançamento simultâneo com a HBO Max, houve um burburinho a respeito da recusa, que significaria a aposta do estúdio em seu streaming.

No entanto, agora com os primeiros números de bilheteria, fica evidente que a decisão conseguiu acertar os dois alvos da Warner, deixando os exibidores satisfeitos dada a necessidade de grandes títulos na programação, além da possibilidade de fortalecer sua plataforma.

Pelo visto, a briga desses gigantes ficou restrita à telona. Do lado de fora, esses monstrões devem se mostrar bem dóceis ao mercado.