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24 Março 2021 | Renata Vomero

Consumo individual de televisão em 2020 foi o maior dos últimos cinco anos

Brasileiro passou em média 7h diárias com o aparelho ligado

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(Foto: iStock)

O Kantar Ibope Media lançou o estudo Inside Video, o qual destrinchou os hábitos de consumo de vídeo online e televisão do brasileiro durante 2020, principalmente desde o início da quarentena e pandemia no país em março de 2020.

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Os números não surpreendem tanto, mas trazem insights para marcas e players do mercado de mídia. Por exemplo, em 2020 o consumo individual de televisão foi de 18,2%, sendo considerado o maior número dos últimos cinco anos. O brasileiro passou em média 7h9m diários com a televisão ligada, 37 minutos a mais do que 2019.

Inclusive, 2020 contou com 38 dos 50 dias de maior audiência dos últimos cinco anos. Sendo o dia 24 de março de 2020 o maior deles. Isto foi há exatamente um ano, quando diversas capitais decretaram quarentena no país e dia em que foi anunciado o adiamento das Olímpiadas do Japão, um feito histórico.

Com relação ao mundo, o Brasil se destaca como grande consumidor de vídeo online (neste caso programas de streaming, VoD ou aplicativos de vídeo). Nosso consumo de vídeos gratuitos foi de 80%, sendo a média global de 65% e em vídeos de serviços de assinatura consumimos 62%, com a média global registrada de 50%.

Nosso consumo deste tipo de conteúdo cresceu 84% nos últimos três anos, sendo de 61% em 2020 por domicílio e 50% em 2019. Entre os conteúdos de Vídeo sob Demanda (entrando até os streamings nessa conta), consumimos 62% de séries internacionais, 50% de comédia, 42% de notícias, 36% de documentários e 33% de programas de bebidas, comida e culinária. Em um dia típico, cada usuário de VoD passou 1h49min assistindo a serviços pagos.

Entre os entrevistados do estudo, o fator preço é o que mais impacta na hora de assinar ou cancelar um serviço de streaming. Sendo custo menor 49% da razão para assinarem um novo e aumento de preço 73% dos motivos para cancelarem. Tendo tudo isto em vista, os serviços de streaming fizeram 82% mais publicidade do que em 2019.

Sobre televisão, aumentou nosso tempo médio assistindo a conteúdos pelo aparelho acompanhados, justamente pelas pessoas estarem mais em casa durante a pandemia com suas famílias. Esse aumento foi de 12%.

A grade de programação mudou também, assim como o interesse do público por diferentes tipos de conteúdo. Jornalismo foi o grande destaque, representando 21% do consumo de televisão em abril de 2019 e 30% em abril de 2020, ficando em 28% em setembro de 2020. Consumo de filmes foi de 7% em abril do ano anterior à pesquisa, para 9% no início da pandemia, depois voltando para 7%. Novela se manteve em 20% em todo o período analisado. Estes foram os tipos de conteúdos mais consumidos, além dos programas de auditório, que representaram média de 9% nos meses analisados.

82% das pessoas entrevistadas disseram preferir ver notícias pela televisão e a maior parte delas argumentou que é o jeito mais fácil de entendê-las. 77% das pessoas disseram que o noticiário foi muito importante no início da pandemia e 41% afirmaram ter sido um fator que aumentou o estresse e a ansiedade.

Entre o que mais se comentou nas redes sociais, o Brasil também teve destaque. Os dois programas mais citados no Twitter no mundo todo foram brasileiros. São eles o Big Brother Brasil e A Fazenda. Com isso, jornalismo e realities show foram os assuntos mais falados nas redes sociais em 2020, representando um aumento de 119% e 373% respectivamente.

Apesar de o estudo ser direcionado aos players de mídia, também serve para o nosso mercado entender como o consumo de conteúdo audiovisual está acontecendo para traçar estratégias em todas as janelas, nos mais variados departamentos.

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