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26 Fevereiro 2021 | Renata Vomero

Ancine divulga dados do parque exibidor brasileiro deste início de ano

Número de salas abertas é 40% menor com relação ao mesmo período de 2020

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(Foto: iStock)

A Ancine divulgou os dados do parque exibidor brasileiro e de performance de bilheteria referentes ao período da pandemia, principalmente nas primeiras seis semanas de 2021, comparando com o mesmo período de 2020.

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Segundo as informações, entre 7 de janeiro e 17 de fevereiro, o público total ficou abaixo de 2 de milhões, levando a uma renda acumulada de R$30 milhões. No mesmo período de 2020, antes do início da pandemia, os cinemas registraram 27 milhões de espectadores e receita de mas de R$400 milhões.

É, no entanto, assimétrico fazer essa comparação, tendo em vista que antes da pandemia, o cenário era totalmente diferente, com grandes lançamentos nos cinemas, sem qualquer restrição de ocupação de sala, sendo que todas estavam em atividade. Enfim, era um mundo sem o coronavírus.

A agência também analisou a performance dos filmes brasileiros no período, já que costumam ter fortes títulos nacionais nesta época, como foi o caso de Minha Mãe É Uma Peça 3 no ano passado. Entre 2017 e 2020, os títulos brasileiros contaram com público que oscilou entre 2 e 8 milhões de espectadores nas primeiras seis semanas do ano. Em 2021, esse número não passou os 100 mil.

No entanto, parte mais interessante do relatório apresentado pela Ancine é sobre o parque exibidor brasileiro, que, obviamente foi impactado pela pandemia. Depois de todo o circuito ser fechado até meados de agosto de 2020, foi em novembro que o mercado viu um pico no número de salas em atividade, com 2087 delas. Em 2021, o número voltou a cair, apresentando novo crescimento na sexta semana do ano, quando houve registro de 2034 salas em atividade. Na mesma semana, o Sistema de Controle de Bilheteria da ANCINE (SCB) registrou 3373 salas abertas. No total, o número de salas em funcionamento na sexta semana cinematográfica de 2021 foi de 40% a menos com relação a mesma semana em 2020.

Como o controle da pandemia está sendo efetuado de formada regionalizada, as reaberturas das salas não acontecem de forma homogênea nas diferentes regiões do país. Na sexta semana, o Rio de Janeiro e São Paulo registraram 70% de salas abertas com relação ao ano anterior, já em outras regiões como Nordeste e Centro-Oeste esse percentual é pouco superior a 60%, e no conjunto de estados da região Sul, Minas Gerais e Espírito Santo, chega próximo de 50%. O Norte, que começou o ano enfrentando o pior momento da pandemia, apresentou 40% de salas em funcionamento.

O ano começou com tendência de queda na bilheteria, com um leve aumento nas duas últimas semanas, que ainda não indica, precisamente, uma recuperação. A receita de bilheteria do período representa 10% da arrecadação entre 2017 e 2019 no início do ano.

Os dados deixam em evidência o que vem sendo apontado pelos players do setor: a retomada do setor depende diretamente de como a pandemia está sendo controlada no país e deve ter um horizonte mais promissor com o decorrer da vacinação.

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