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24 Fevereiro 2021 | Renata Vomero

"Destruição Final" está entre melhores lançamentos da retomada dos cinemas brasileiros

Longa acumula bilheteria de R$5,7 milhões e 369,2 mil ingressos vendidos

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(Foto: Diamond)

Em 19 de novembro entrou em cartaz Destruição Final: O Último Refúgio, distribuído pela Diamond Films (que uniu sua operação com a Galeria Distribuidora no Brasil), e com uma forte campanha evidenciando a retomada segura aos cinemas. Com Gerard Butler e a brasileira Morena Baccarin no elenco, o filme de ação se mantém entre as maiores bilheterias do país desde sua estreia e se tornou o terceiro filme de melhor performance em renda e público entre os lançamentos da retomada dos cinemas no Brasil.

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“Para começar, entendemos que o filme sempre teve aderência ao público a que se destinava. Destruição Final: O Último Refúgio é uma produção de grande orçamento e com qualidade superior, um filme cheio de ação, efeitos especiais, com uma mensagem de otimismo ao final e ainda estrelado por um ator com forte apelo ao público brasileiro (Gerard Butler). Além disso, o gênero de filmes-catástrofe funciona muito bem no Brasil. Então, foi a soma de oferecer o filme certo para o público que estava disposto a voltar para as salas de cinema e procurava um conteúdo que justificasse a sua ida. Os resultados comprovam que nossa aposta estava correta”, comentou Ivan Boeing, diretor geral da Diamond Films Brasil.

Neste fim de semana, a produção arrecadou R$51,7 mil e levou 2,7 mil pessoas aos cinemas. Nestes três meses em cartaz, o filme acumulou R$5,8 milhões com a venda de 369,2 mil ingressos, segundo dados da Comscore. Desta forma, Destruição Final fica atrás apenas de Trolls 2 (Universal) e Mulher-Maravilha 1984 (Warner) em público e de Tenet (Warner) e Mulher-Maravilha 1984 (Warner) em renda.

Os três filmes destacados são de grandes estúdios de Hollywood e Destruição Final está nas mãos de uma distribuidora independente do Brasil, e isso é algo que vem se sobressaindo diante da crise do mercado causada pela pandemia, já que muitos estúdios estão segurando seus filmes para serem lançados em um momento de maior estabilidade. Inclusive, essa foi uma questão destacada pelos players do mercado durante a American Film Market, em que a produtora francesa do filme ressaltou a importância do cinema independente neste cenário e como isso foi crucial para o sucesso do longa também no exterior, onde arrecadou US$47,8 milhões, com destaque para o mercado europeu e asiático, que teve bom momento nas salas de cinema no ano passado.

Neste sentido, para os exibidores, a produção chegou em excelente hora para o circuito, que, como já falamos, conta com a escassez de fortes títulos. Desta forma uma ação protagonizada por dois nomes fortes de Hollywood é mais do que um excelente chamariz para o público e os exibidores aproveitaram isso.

“Em relação aos exibidores, nós recebemos um grande apoio e essa é mais uma oportunidade de agradecer. Tivemos um circuito até maior do que planejado de início e principalmente uma dobra muito forte nas semanas seguintes. Gostaria de destacar que na 12ª semana nos cinemas, nós crescemos 102% o circuito de salas (em comparação à semana anterior) com o apoio de todos os exibidores, incluindo um amplo relançamento na Cinemark, e junto com o lançamento no streaming a bilheteria respondeu muito bem”, afirmou Gabriel Gurman,  codiretor geral da Diamond Films Brasil e CEO da Galeria Distribuidora.

O executivo também destacou a importância do boca a boca para o crescimento do filme, que cresceu de maneira inédita nas semanas seguintes ao lançamento, período que geralmente é responsável por cerca de 80% da arrecadação total de um título. Neste caso, foi responsável pela metade da arrecadação, evidenciando sua evolução.

A questão do streaming também é um ponto importante a ser levantado e inevitável, Destruição Final: O Último Refúgio está disponível no Amazon Prime Video desde 29 de janeiro e, mesmo assim, continua tendo excelente desempenho na bilheteria. Algo para tranquilizar todo o mercado e ser lembrado quando esquentarem mais as discussões sobre encurtamento de janelas e lançamentos simultâneos entre cinemas e streamings ou VOD.

“O cinema, mais do que nunca, é uma experiência que vai além do conteúdo por si só e os resultados do mercado mostram isso. Os moviegoers vão aos cinemas por acreditarem no conjunto desta parte importante da cultura de consumo audiovisual como um todo. É importante pontuar que além de Destruição Final: O Último Refúgio, outros títulos que estavam disponíveis nos cinemas simultaneamente ao SVOD ou ao TVOD continuam dando excelentes retornos nas salas de cinema”, ressaltou Gurman, que foi complementado por Boeing: “Um bom filme, um momento com poucos longas do mesmo porte concorrendo pelo espaço e, finalmente, a vontade do público de voltar aos cinemas são a resposta para o sucesso diante do streaming. O encurtamento das janelas não é o fim dos cinemas”.

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