16 Fevereiro 2021 | Renata Vomero

Bilheteria alemã sofreu queda de 69% em 2020

"Bad Boys Para Sempre" foi filme de maior bilheteria do país

Nesta segunda-feira, o Conselho Federal de Cinema da Alemanha divulgou os dados de bilheteria e venda de ingressos de 2020 no país. Tendo em vista o ano desafiador, a receita de arrecadação dos filmes caiu 69%, ficando abaixo da média global de 72% de queda em bilheteria, segundo dados da Comscore.

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A receita total foi de US$386 milhões, uma boa diferença comparando com o resultado de 2019 que registrou US$857 milhões. Da mesma forma, o número de ingressos vendidos foi de 38,1 milhões e 80,5 milhões no ano anterior, uma queda de 67,9%. As informações são do The Hollywood Reporter.

A Alemanha esteve entre os países que rapidamente decretou o lockdown no início da pandemia, quando os cinemas fecharam logo em março para serem reabertos em julho, com capacidade limitada de 20% a 25%.  Em novembro o país decretou novo lockdown por conta da nova onda do coronavírus e os cinemas seguem fechados deste então.

Tendo em vista todos esses obstáculos, o filme de melhor performance na bilheteria alemã foi Bad Boys Para Sempre (Sony), lançado antes da pandemia, em janeiro de 2020. A produção arrecadou US$18 milhões com a venda de 1,8 milhão de ingressos, o que segundo o Conselho Alemão não seria o suficiente para entrar nem entre o top 10 de 2019.

Da mesma forma que aconteceu na França e no mercado asiático, o cinema local acabou se destacando nos cinemas do país, que não tiveram a concorrência de Hollywood. Filmes alemães tiveram 35% de participação entre os lançamentos do ano, o que marcou um recorde para o mercado.

O governo entrou com um pacote de auxílio aos cinemas e aos funcionários para que as redes não fechassem ou declarassem falência, o que tem sido uma grande salvação para o mercado de exibição do país, que aguarda ansiosamente pelo momento da retomada.

“As pessoas estão apenas esperando que os cinemas finalmente abram novamente. Após o reinício, as coisas realmente irão decolar”, ressaltou Peter Dinges, presidente do conselho.